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Cinema

10ª Mostra Ecofalante de Cinema traz filmes inéditos de Costa-Gravas e Silvio Tendler

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Chico Rei entre nós na Ecofalante

De 11 de agosto a 14 de setembro, a Mostra Ecofalante de Cinema celebra sua 10ª edição (online, gratuita e acessível para todo o país). A programação do mais importante evento audiovisual sul-americano dedicado às temáticas socioambientais traz 101 títulos de 40 países, 30 deles inéditos no Brasil.

Atrações internacionais e nacionais inéditas no Brasil compõem a programação da Mostra Ecofalante. Entre os brasileiros, um dos destaques é a pré-estreia mundial de “A Bolsa ou a Vida”, mais recente trabalho do consagrado diretor Silvio Tendler. O longa propõe refletir sobre o tema ‘o que virá depois da pandemia?’. A obra traz entrevistas com Ailton Krenak, o padre Júlio Lancelotti, o cineasta Ken Loach, a drag queen e professora Rita von Hunty, entre outros.

Estrangeiros

Entre os estrangeiros, estão os aguardados “Jogo do Poder” de Costa-Gavras, cineasta vencedor do Oscar e do prêmio de melhor direção no Festival de Cannes, “A História do Plástico”, de Deia Schlosberg, o documentário expõe a “verdade inconveniente” por trás da poluição do plástico, material onipresente em nossas vidas, “Mulheres de Farda”, de Deirdre Fishel, conta as histórias das mulheres policiais em Minneapolis (EUA); “Solo Fértil”, narrado pelo ator e ativista ambiental Woody Harrelson, o filme aborda um grupo revolucionário de ativistas, cientistas, agricultores, políticos e artistas ativistas (Ian Somerhalder – The Vampire Diaries, Gisele Bündchen, etc, ), que se unem em um movimento global chamado “Agricultura Regenerativa”.

Além disso, “Dope is Death: A Outra Luta dos Panteras Negras”, a história de como o Dr. Mutulu Shakur (padrasto do rapper Tupac Shakur, assassinado em 1996), junto com seus companheiros dos Panteras Negras e os Jovens Lordes, combinaram saúde comunitária com política radical para criar o primeiro programa de desintoxicação por acupuntura nos Estados Unidos em 1973; entre outros.

Evangelho na Ecofalante

Na abertura no dia 11/8, a partir das 19h, será exibido o premiado filme “O Novo Evangelho”, de Milo Rau, eleito o melhor documentário no Swiss Film Awards 2021 . Sua narrativa imagina o que Jesus pregaria no século 21 com uma nova encenação da crucificação de Cristo, já filmada pelo cineasta italiano Pier Paolo Pasolini (“O Evangelho Segundo São Mateus”, 1964) e Mel Gibson (“A Paixão de Cristo”, 2004).

O evento ainda traz o Programa Especial “Territórios Urbanos: Segregação, Violência e Resistência” , uma seleção de importantes filmes brasileiros realizados nas últimas duas décadas que tratam da realidade urbana do país, entre eles, o clássico “O Prisioneiro da Grade de Ferro (Autorretratos)”, de Paulo Sacramento, que será exibido, em primeira mão, a nova versão remasterizada e o Especial Energia Nuclear – “35 Anos de Chernobyl, 10 Anos de Fukushima” – são cinco obras realizadas entre 2006 e 2020, no marco dos acidentes nucleares de Chernobyl (Ucrânia, 1986) e Fukushima (Japão, 2011), que alertam para os perigos da energia nuclear.

Também serão realizados debates virtuais, reunindo ativistas, cientistas e especialistas que discutem, entre outros temas, ativismo, biodiversidade, cidades, economia, povos e lugares, tecnologia e trabalho. Os debates, cuja programação será divulgada em breve, acontecerão sempre às quartas-feiras e sábados, às 19h.

Todos os debates e entrevistas poderão ser acessados a partir do canal da Mostra Ecofalante no Youtube (https://www.youtube.com/mostraecofalante).

Os filmes são disponibilizados no site do evento [www.ecofalante.org.br] e também nas plataformas parceiras Belas Artes à La Carte e Spcine Play.

Serviço:

10ª Mostra Ecofalante de Cinema

de 11 de agosto a 14 de setembro de 2021

online e gratuita

acesso aos filmes e demais atividades pelo endereço www.ecofalante.org.br

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Cinema

‘Aumenta que é rock ‘n roll’ traz nostalgia gostosa | Crítica

Longa protagonizado por Johnny Massaro e George Sauma estreia em 25 de abril.

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Uns anos atrás, mais especificamente em 2019, o Festival do Rio (e outros festivais do Brasil) trazia em sua programação um documentário sobre a Rádio Fluminense. “A Maldita”, de Tetê Mattos, que levava o título da alcunha pela qual a rádio era conhecida, narrava sua história e, além disso, a influência que teve em seus ouvintes. Para muitos, principalmente os que não viveram a época, foi o primeiro contato com a rádio rock fluminense.

Anos depois, no próximo 25 de abril, quinta-feira, estreia “Aumenta que é rock ‘n roll”, longa de Tomás Portella. O longa é baseado no livro “A onda maldita: Como nasceu a Rádio Fluminense”, escrito por Luiz Antônio Mello, criador da rádio. Protagonizado por Johnny Massaro na pele de Luiz Antônio, o filme foca em toda a trajetória do jornalista desde sua primeira transmissão na rádio do colégio, até o primeiro contato com a Rádio Fluminense (por causa de seu amigo e cocriador Samuca) e a luta pra fazer da Fluminense a rádio mais rock ‘n roll do Rio de Janeiro.

Muito rock

Pra começo de conversa, é preciso dizer que o filme é uma bela homenagem ao gênero rock. Além de uma trilha sonora com nomes de peso, como AC/DC, Rita Lee, Blitz e Paralamas do Sucesso, o longa consegue mostrar ao espectador do que o rock é verdadeiramente feito: de muita ousadia e questionamentos. Em uma época em que o gênero vem sendo esquecido, principalmente pelas gerações mais jovens, Tomás Portella consegue relembrar a todos que o rock é sinônimo de controversão e revolução, já que foi criado para questionar os ideais vigentes da época.

Isso fica muito claro nos personagens que compõem a rádio e que a tocam pra frente. A ideologia de fazer diferente fica tão nítida na tela que eu desafio o espectador a não sair do filme com vontade de revolucionar o mundo ao seu redor.

Roteiro

Isso se dá, obviamente, por um texto muito bem escrito e uma trama bem desenvolvida e bem amarrada. O que significa, portanto, que L.G. Bayão fez um ótimo trabalho na adaptação do livro.

Mas, além disso, as atuações dos atores em cena tambémajudam muito. Apesar de a maioria dos atores nem sequer ter vivido a época (no máximo, eram criancinhas nos anos 80), eles personificam a vontade de transformar da época. Principalmente Flora Diegues, que tem uma atuação tão natural que dá até pra pensar que ela pegou uma máquina do tempo lá em 1982 e saltou na época em que o filme foi gravado. Infelizmente, a atriz faleceu em 2019 e uma das dedicatórias do longa é para ela. Merecidissimo, porque Flora realmente se destaca entre os integrantes da rádio rock.

Sintonia fina

George Sauma interpreta o jornalista Samuca, amigo de colégio de Luiz Antonio que cria a rádio com o colega. A escolha dos dois protagonistas não poderia ser melhor, já que Johnny Massaro e George têm uma química que salta da tela. O jogo de dupla cheio de piadas, típico dos filmes de comédia dos anos 1980, funciona muito bem entre os dois. Os dois atores têm um timing ótimo para comédia e, ao mesmo tempo, conseguem emocionar quando o texto cai para o drama. Tanto George quanto Johnny brilham.

Também brilham a cenografia e o figurino do filme. Cláudio Amaral Peixoto, diretor de arte, e Ana Avelar, figurinista, retrataram tão bem a época que parece que estamos mesmo de volta aos anos 1980. A atenção aos detalhes faz o espectador, principalmente o que viveu tudo aquilo, se sentir dentro da rádio rock.

Nostálgico

Para resumir, é um filme redondinho e gostoso de assistir, com atuações incríveis e uma trilha sonora de arrasar. Duvido sair do cinema sem vontade de ouvir uma musiquinha de rock que seja!

Fique, por fim, com o trailer de “Aumenta que é rock ‘n roll”:

Ficha Técnica

AUMENTA QUE É ROCK ‘N ROLL

Brasil | 2023 | Comédia

Direção: Tomás Portella

Roteiro: L.G. Bayão

Elenco: Johnny Massaro, George Sauma, João Vitor Silva, Marina Provenzzano, Orã Figueiredo.

Produção: Luz Mágica

Coprodução: Globo Filmes e Mistika

Distribuição: H2O Films.

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