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BFF Girls e ‘O Melhor Verão de Nossas Vidas’ | CRÍTICA

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BFF Girls no Guarujá

O Melhor Verão das Nossas Vidas acompanha as aventuras das BFF Girls: Giulia, Bia e Laura, três amigas loucas por música que querem participar do Festival do Sol, no Guarujá. Contudo, elas descobrem que ficaram de recuperação na escola e precisam dar um jeito de chegar lá sem que seus pais fiquem sabendo. As personagens têm os mesmos nomes de suas intérpretes: Giulia Nassa, Laura Castro e Bia Torres, integrantes da girl band que ficou conhecida após participação em uma edição do reality show The Voice Kids. 

O filme é dirigido por Adolpho Knauth, e tem uma montagem que faz parecer um grande videoclipe. Muitas vezes torna-se repetitivo, com várias cenas de transição mostrando as pessoas se divertindo no Guarujá, o que acaba por dar um ar de comercial publicitário. Um tempo que poderia ser utilizado para um maior aprofundamento das protagonistas. Como quando ocorre uma briga entre elas, que se resolve em poucos segundos. Nem dá tempo de sofrer. Todavia, os personagens vividos por Márvio Lúcio e Maurício Meirelles roubam a cena quando aparecem, especialmente o Dênis, de Meirelles, que é responsável pelos momentos mais cômicos da exibição.

Um destaque fica por conta da youtuber, atriz e cantora juvenil Bela Fernandes como Carol, uma garota surda, muito sensível que cria laços com Julio (Enrico Lima), o que surpreende a arrogante e soberba Helô (vivida com eficiência por Giovanna Chaves), que vive humilhando o fofo nerd.

Confira a cena em que Júlio e Carol se conhecem:
Carisma

O roteiro de Cadu Pereiva não apresenta absolutamente nenhuma surpresa ou ousadia. Segue uma fórmula baseada nos mais básicos clichês. O longa-metragem tem um início singelo, que, na verdade, é o final. É o tipo do filme em que você já sabe exatamente tudo o que vai acontecer. Aliás, o longa-metragem peca fortemente ao não fornecer um bom exemplo, principalmente ao pensar no seu público-alvo. Durante a exibição muitas mentiras são contadas, porém, os mentirosos não sofrem praticamente nenhum tipo punição, não há lições. As coisas se resolvem rapidamente e sem consequências maiores para os envolvidos.

As melhores cenas são algumas com Maurício Meirelles e outras das BFF Girls interagindo ou cantando, como em uma no colégio. Sem dúvidas, são muito carismáticas e as atuações não decepcionam. Por outro lado, o personagem Théo, que ganha vida com Murilo Bispo, soa bastante artificial e não convence como galã.

Enfim, O Melhor Verão das Nossas Vidas é um filme especialmente recomendado para os fãs das BFF Girls. Inclusive, estreia no dia 23 de janeiro.

Afinal, veja o trailer:
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Cinema

‘Aumenta que é rock ‘n roll’ traz nostalgia gostosa | Crítica

Longa protagonizado por Johnny Massaro e George Sauma estreia em 25 de abril.

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Uns anos atrás, mais especificamente em 2019, o Festival do Rio (e outros festivais do Brasil) trazia em sua programação um documentário sobre a Rádio Fluminense. “A Maldita”, de Tetê Mattos, que levava o título da alcunha pela qual a rádio era conhecida, narrava sua história e, além disso, a influência que teve em seus ouvintes. Para muitos, principalmente os que não viveram a época, foi o primeiro contato com a rádio rock fluminense.

Anos depois, no próximo 25 de abril, quinta-feira, estreia “Aumenta que é rock ‘n roll”, longa de Tomás Portella. O longa é baseado no livro “A onda maldita: Como nasceu a Rádio Fluminense”, escrito por Luiz Antônio Mello, criador da rádio. Protagonizado por Johnny Massaro na pele de Luiz Antônio, o filme foca em toda a trajetória do jornalista desde sua primeira transmissão na rádio do colégio, até o primeiro contato com a Rádio Fluminense (por causa de seu amigo e cocriador Samuca) e a luta pra fazer da Fluminense a rádio mais rock ‘n roll do Rio de Janeiro.

Muito rock

Pra começo de conversa, é preciso dizer que o filme é uma bela homenagem ao gênero rock. Além de uma trilha sonora com nomes de peso, como AC/DC, Rita Lee, Blitz e Paralamas do Sucesso, o longa consegue mostrar ao espectador do que o rock é verdadeiramente feito: de muita ousadia e questionamentos. Em uma época em que o gênero vem sendo esquecido, principalmente pelas gerações mais jovens, Tomás Portella consegue relembrar a todos que o rock é sinônimo de controversão e revolução, já que foi criado para questionar os ideais vigentes da época.

Isso fica muito claro nos personagens que compõem a rádio e que a tocam pra frente. A ideologia de fazer diferente fica tão nítida na tela que eu desafio o espectador a não sair do filme com vontade de revolucionar o mundo ao seu redor.

Roteiro

Isso se dá, obviamente, por um texto muito bem escrito e uma trama bem desenvolvida e bem amarrada. O que significa, portanto, que L.G. Bayão fez um ótimo trabalho na adaptação do livro.

Mas, além disso, as atuações dos atores em cena tambémajudam muito. Apesar de a maioria dos atores nem sequer ter vivido a época (no máximo, eram criancinhas nos anos 80), eles personificam a vontade de transformar da época. Principalmente Flora Diegues, que tem uma atuação tão natural que dá até pra pensar que ela pegou uma máquina do tempo lá em 1982 e saltou na época em que o filme foi gravado. Infelizmente, a atriz faleceu em 2019 e uma das dedicatórias do longa é para ela. Merecidissimo, porque Flora realmente se destaca entre os integrantes da rádio rock.

Sintonia fina

George Sauma interpreta o jornalista Samuca, amigo de colégio de Luiz Antonio que cria a rádio com o colega. A escolha dos dois protagonistas não poderia ser melhor, já que Johnny Massaro e George têm uma química que salta da tela. O jogo de dupla cheio de piadas, típico dos filmes de comédia dos anos 1980, funciona muito bem entre os dois. Os dois atores têm um timing ótimo para comédia e, ao mesmo tempo, conseguem emocionar quando o texto cai para o drama. Tanto George quanto Johnny brilham.

Também brilham a cenografia e o figurino do filme. Cláudio Amaral Peixoto, diretor de arte, e Ana Avelar, figurinista, retrataram tão bem a época que parece que estamos mesmo de volta aos anos 1980. A atenção aos detalhes faz o espectador, principalmente o que viveu tudo aquilo, se sentir dentro da rádio rock.

Nostálgico

Para resumir, é um filme redondinho e gostoso de assistir, com atuações incríveis e uma trilha sonora de arrasar. Duvido sair do cinema sem vontade de ouvir uma musiquinha de rock que seja!

Fique, por fim, com o trailer de “Aumenta que é rock ‘n roll”:

Ficha Técnica

AUMENTA QUE É ROCK ‘N ROLL

Brasil | 2023 | Comédia

Direção: Tomás Portella

Roteiro: L.G. Bayão

Elenco: Johnny Massaro, George Sauma, João Vitor Silva, Marina Provenzzano, Orã Figueiredo.

Produção: Luz Mágica

Coprodução: Globo Filmes e Mistika

Distribuição: H2O Films.

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