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Cinema

Crítica | Frozen 2 supera as expectativas

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Crítica de Frozen 2 , leia! Disney

Chega Frozen 2 seis anos desde que o primeiro, de 2013, foi lançado, quebrando recordes de público e crítica, levando milhares de famílias ao cinema contando a história de Elsa e sua irmã, Anna. Frozen inovou ao protagonizar uma história de amor, amizade e sororidade entre duas irmãs em um longa de animação musical, diferente de outras obras similares onde a história central comumente gira ao redor de um casal. Frozen 2 ainda é sobre amizade, mas novos elementos são introduzidos nessa história aumentando relativamente o universo e o tamanho dos personagens.

A princípio, começa com um flashback onde vemos Elsa e Anna ainda crianças com seus pais. Seu pai, ainda um jovem príncipe, narra a história de um tempo onde o povo da floresta encantada próxima ao reino de Arandelle vivia em comunhão com a natureza, fonte de sua magia, dominando os quatro elementos (água, fogo, ar e terra).

Aliás, nesse flashback introdutório, vemos o avô de Elsa e Anna e sua proximidade com esse povo mágico, porém algo dá errado e uma batalha se inicia. Os espíritos da natureza, em resposta, fecham a floresta com sua magia e ninguém mais consegue entrar. O passado ecoa no presente de Elsa, que escuta uma voz somente ouvida por ela, a levando a mais uma aventura congelante de descobertas sobre a origem de seus poderes e mais um vez salvar o seu reino da destruição.

Elsa rumo ao desconhecido

Anna, Kristoff e Olaf, em confiança, seguem com Elsa rumo ao desconhecido. Em certos momentos nos aprofundamos no quão macabro pode ser se sentir sozinho em um mundo sem respostas. Para dosar o drama e diluir muitos momentos tensos, temos o alívio cômico com o impagável Olaf, que também se acostuma com seu novo poder: ser inteligente. Fábio Porchat reprisa o papel emprestando sua voz ao divertido boneco de neve. Kristoff ganha um musical no melhor e pior estilo boyband anos noventa.

Os coadjuvantes tem seus momentos de destaque muito divertidos. Anna continua a ser a corajosa do grupo enfrentando qualquer perigo para ajudar a irmã, seu desfecho talvez seja um dos melhores. O filme dá a impressão de ser mais musical. Apesar de não ter canções tão expressivas como Let it Go, possui algumas baladas estilo broadway, não muito inovadoras. Porém algumas cenas musicais merecem destaque como a belíssima “Into the Unknown”. Aqui a versão em português brasileiro chama-se “Minha Intuição”.

Imersão no mundo gelado surreal

Destaque para a fotografia do filme que acentua as nuances das características de Elsa, principalmente nas cenas musicais sombrias. Dentro da sala escura do cinema dão a sensação de imersão no surreal gelado mundo de Elsa. Outro destaque técnico positivo é animação cada vez mais realista. A saber, imitar com computação gráfica o elemento água sempre pareceu muito falso em tela, desta vez os cenários com água parecem locações. A estrutura de roteiro é clássica, dentro da fórmula do roteiros da Disney, porém é recheado com uma boa história muito bem escrita, costurada com diálogos que dosam bem o drama e ao mesmo tempo é muito engraçado e divertido.

Apesar de muito se especular, Elsa não ganha um par romântico em Frozen 2. Havia uma torcida para ganharmos a primeira princesa lgbt+, mas a escolha da roteirista, Jennifer Lee, foi expandir o mundo desenvolvendo a história dos mistérios da origem do poder de Elsa. Se Frozen é sobre a auto aceitação desses poderes, Frozen 2 fala sobre a percepção de Elsa em fazer parte de um organismo mágico muito maior, não tão explorado, como a relação do homem versus a natureza.

Enfim, Frozen 2 faz sua estreia no Brasil em 2 de janeiro de 2020 no auge das férias escolares prometendo bater recordes.

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Cinema

‘Aumenta que é rock ‘n roll’ traz nostalgia gostosa | Crítica

Longa protagonizado por Johnny Massaro e George Sauma estreia em 25 de abril.

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Uns anos atrás, mais especificamente em 2019, o Festival do Rio (e outros festivais do Brasil) trazia em sua programação um documentário sobre a Rádio Fluminense. “A Maldita”, de Tetê Mattos, que levava o título da alcunha pela qual a rádio era conhecida, narrava sua história e, além disso, a influência que teve em seus ouvintes. Para muitos, principalmente os que não viveram a época, foi o primeiro contato com a rádio rock fluminense.

Anos depois, no próximo 25 de abril, quinta-feira, estreia “Aumenta que é rock ‘n roll”, longa de Tomás Portella. O longa é baseado no livro “A onda maldita: Como nasceu a Rádio Fluminense”, escrito por Luiz Antônio Mello, criador da rádio. Protagonizado por Johnny Massaro na pele de Luiz Antônio, o filme foca em toda a trajetória do jornalista desde sua primeira transmissão na rádio do colégio, até o primeiro contato com a Rádio Fluminense (por causa de seu amigo e cocriador Samuca) e a luta pra fazer da Fluminense a rádio mais rock ‘n roll do Rio de Janeiro.

Muito rock

Pra começo de conversa, é preciso dizer que o filme é uma bela homenagem ao gênero rock. Além de uma trilha sonora com nomes de peso, como AC/DC, Rita Lee, Blitz e Paralamas do Sucesso, o longa consegue mostrar ao espectador do que o rock é verdadeiramente feito: de muita ousadia e questionamentos. Em uma época em que o gênero vem sendo esquecido, principalmente pelas gerações mais jovens, Tomás Portella consegue relembrar a todos que o rock é sinônimo de controversão e revolução, já que foi criado para questionar os ideais vigentes da época.

Isso fica muito claro nos personagens que compõem a rádio e que a tocam pra frente. A ideologia de fazer diferente fica tão nítida na tela que eu desafio o espectador a não sair do filme com vontade de revolucionar o mundo ao seu redor.

Roteiro

Isso se dá, obviamente, por um texto muito bem escrito e uma trama bem desenvolvida e bem amarrada. O que significa, portanto, que L.G. Bayão fez um ótimo trabalho na adaptação do livro.

Mas, além disso, as atuações dos atores em cena tambémajudam muito. Apesar de a maioria dos atores nem sequer ter vivido a época (no máximo, eram criancinhas nos anos 80), eles personificam a vontade de transformar da época. Principalmente Flora Diegues, que tem uma atuação tão natural que dá até pra pensar que ela pegou uma máquina do tempo lá em 1982 e saltou na época em que o filme foi gravado. Infelizmente, a atriz faleceu em 2019 e uma das dedicatórias do longa é para ela. Merecidissimo, porque Flora realmente se destaca entre os integrantes da rádio rock.

Sintonia fina

George Sauma interpreta o jornalista Samuca, amigo de colégio de Luiz Antonio que cria a rádio com o colega. A escolha dos dois protagonistas não poderia ser melhor, já que Johnny Massaro e George têm uma química que salta da tela. O jogo de dupla cheio de piadas, típico dos filmes de comédia dos anos 1980, funciona muito bem entre os dois. Os dois atores têm um timing ótimo para comédia e, ao mesmo tempo, conseguem emocionar quando o texto cai para o drama. Tanto George quanto Johnny brilham.

Também brilham a cenografia e o figurino do filme. Cláudio Amaral Peixoto, diretor de arte, e Ana Avelar, figurinista, retrataram tão bem a época que parece que estamos mesmo de volta aos anos 1980. A atenção aos detalhes faz o espectador, principalmente o que viveu tudo aquilo, se sentir dentro da rádio rock.

Nostálgico

Para resumir, é um filme redondinho e gostoso de assistir, com atuações incríveis e uma trilha sonora de arrasar. Duvido sair do cinema sem vontade de ouvir uma musiquinha de rock que seja!

Fique, por fim, com o trailer de “Aumenta que é rock ‘n roll”:

Ficha Técnica

AUMENTA QUE É ROCK ‘N ROLL

Brasil | 2023 | Comédia

Direção: Tomás Portella

Roteiro: L.G. Bayão

Elenco: Johnny Massaro, George Sauma, João Vitor Silva, Marina Provenzzano, Orã Figueiredo.

Produção: Luz Mágica

Coprodução: Globo Filmes e Mistika

Distribuição: H2O Films.

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