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GIMS Ícone do Rap | Das ruas do Congo até show épico no Stade de France

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Gims Ícone do Rap

GIMS: Ícone do Rap fala sobre um rapper que já começa falando do peso de um momento. A responsabilidade de ser o primeiro rapper africano a fazer um show no Stade de France. A edição inicial é dinâmica, com jeito de videoclipe, cortes rápidos, um tom épico de heroísmo, o qual se explica no decorrer do filme.

Então, começamos a descobrir como chegou naquele ponto. É um momento de virada, o auge. Porém, primeiramente, vemos Maître GIMS na sua casa em Marrakesh, Marrocos, demonstrando humildade, mostra seus desenhos no estilo mangá, o sonho que tinha de ir para Tóquio. Ele é o artista mais tocado nas rádios da França e tem mais de 5 milhões de álbuns vendidos.

Mangá

Maître GIMS parece funcionar como um personagem. O rapper desenhou a si mesmo com seu óculos escuros que nunca sai da cara, seu estilo firme. Ele nasceu em Kinshasa, capital e a maior cidade da República Democrática do Congo, numa localidade chamada Yolo. Um dos melhores momentos do filme é quando ele retorna a esse lugar, após tantos anos. Ele procura ser frio e estrategista, pois sabe que está em um meio complicado, o show business. Porém, tal acontecimento faz seu rosto mudar.

No geral, o documentário é para realmente registrar esse sonho do cantor. É biográfico, mostra sua família, sua religião, seu cotidiano. Sim, ele sabe fazer marketing, e o filme faz parte disso, contudo, não deixa de ter qualidades além das técnicas, pois conta a história com cuidado. GIMS sabe do poder que tem e demonstra ter noção do que representa. A fama não é fácil e ser ídolo para tantos traz muita responsabilidade.

GIMS faz parceria com Sting, com Maluma, e seus velhos companheiros do começo de carreira também aparecem, o S’exion D’assault. Para quem gosta de grandes eventos e histórias de superação, e quer saber mais sobre como é uma vida de fama, o filme tem mais atrativos. Certamente, Maître GIMS é um símbolo de vitória, saiu da República Democrática do Congo, passou por diversas dificuldades e hoje é o maior rapper da Europa. Ele é um superastro e chegou no auge da sua realização. Ou não?

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Cinema

‘Aumenta que é rock ‘n roll’ traz nostalgia gostosa | Crítica

Longa protagonizado por Johnny Massaro e George Sauma estreia em 25 de abril.

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Uns anos atrás, mais especificamente em 2019, o Festival do Rio (e outros festivais do Brasil) trazia em sua programação um documentário sobre a Rádio Fluminense. “A Maldita”, de Tetê Mattos, que levava o título da alcunha pela qual a rádio era conhecida, narrava sua história e, além disso, a influência que teve em seus ouvintes. Para muitos, principalmente os que não viveram a época, foi o primeiro contato com a rádio rock fluminense.

Anos depois, no próximo 25 de abril, quinta-feira, estreia “Aumenta que é rock ‘n roll”, longa de Tomás Portella. O longa é baseado no livro “A onda maldita: Como nasceu a Rádio Fluminense”, escrito por Luiz Antônio Mello, criador da rádio. Protagonizado por Johnny Massaro na pele de Luiz Antônio, o filme foca em toda a trajetória do jornalista desde sua primeira transmissão na rádio do colégio, até o primeiro contato com a Rádio Fluminense (por causa de seu amigo e cocriador Samuca) e a luta pra fazer da Fluminense a rádio mais rock ‘n roll do Rio de Janeiro.

Muito rock

Pra começo de conversa, é preciso dizer que o filme é uma bela homenagem ao gênero rock. Além de uma trilha sonora com nomes de peso, como AC/DC, Rita Lee, Blitz e Paralamas do Sucesso, o longa consegue mostrar ao espectador do que o rock é verdadeiramente feito: de muita ousadia e questionamentos. Em uma época em que o gênero vem sendo esquecido, principalmente pelas gerações mais jovens, Tomás Portella consegue relembrar a todos que o rock é sinônimo de controversão e revolução, já que foi criado para questionar os ideais vigentes da época.

Isso fica muito claro nos personagens que compõem a rádio e que a tocam pra frente. A ideologia de fazer diferente fica tão nítida na tela que eu desafio o espectador a não sair do filme com vontade de revolucionar o mundo ao seu redor.

Roteiro

Isso se dá, obviamente, por um texto muito bem escrito e uma trama bem desenvolvida e bem amarrada. O que significa, portanto, que L.G. Bayão fez um ótimo trabalho na adaptação do livro.

Mas, além disso, as atuações dos atores em cena tambémajudam muito. Apesar de a maioria dos atores nem sequer ter vivido a época (no máximo, eram criancinhas nos anos 80), eles personificam a vontade de transformar da época. Principalmente Flora Diegues, que tem uma atuação tão natural que dá até pra pensar que ela pegou uma máquina do tempo lá em 1982 e saltou na época em que o filme foi gravado. Infelizmente, a atriz faleceu em 2019 e uma das dedicatórias do longa é para ela. Merecidissimo, porque Flora realmente se destaca entre os integrantes da rádio rock.

Sintonia fina

George Sauma interpreta o jornalista Samuca, amigo de colégio de Luiz Antonio que cria a rádio com o colega. A escolha dos dois protagonistas não poderia ser melhor, já que Johnny Massaro e George têm uma química que salta da tela. O jogo de dupla cheio de piadas, típico dos filmes de comédia dos anos 1980, funciona muito bem entre os dois. Os dois atores têm um timing ótimo para comédia e, ao mesmo tempo, conseguem emocionar quando o texto cai para o drama. Tanto George quanto Johnny brilham.

Também brilham a cenografia e o figurino do filme. Cláudio Amaral Peixoto, diretor de arte, e Ana Avelar, figurinista, retrataram tão bem a época que parece que estamos mesmo de volta aos anos 1980. A atenção aos detalhes faz o espectador, principalmente o que viveu tudo aquilo, se sentir dentro da rádio rock.

Nostálgico

Para resumir, é um filme redondinho e gostoso de assistir, com atuações incríveis e uma trilha sonora de arrasar. Duvido sair do cinema sem vontade de ouvir uma musiquinha de rock que seja!

Fique, por fim, com o trailer de “Aumenta que é rock ‘n roll”:

Ficha Técnica

AUMENTA QUE É ROCK ‘N ROLL

Brasil | 2023 | Comédia

Direção: Tomás Portella

Roteiro: L.G. Bayão

Elenco: Johnny Massaro, George Sauma, João Vitor Silva, Marina Provenzzano, Orã Figueiredo.

Produção: Luz Mágica

Coprodução: Globo Filmes e Mistika

Distribuição: H2O Films.

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