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Crítica

13 Reasons Why | Quarta temporada é a mais importante

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13 reasons why. Quarta temporada.

13 Reasons Why. A quarta temporada talvez seja a mais importante, de uma série tão polêmica quanto essa. Acompanhei desde a primeira temporada e realmente sabemos que teve muitos problemas. Contudo, nessa quarta focaram em questões mais sociais, violência policial, dramas pessoais e como eles afetam toda a sociedade em volta; são muitas pautas.

Ela não está nem de perto nas minhas séries favoritas, mas, analisando, acho que traz vários debates que outras séries não abordam, pelo menos não com essa clareza. Acompanhamos uma história que mostra como a família é importante para moldar o caráter do ser humano, como lidar com a sexualidade, conflitos internos e sociais.

13 Reasons Why sempre foi uma série muito criticada e responsabilizada por passar algumas cenas explícitas, que podem gerar gatilhos nas pessoas, e isso realmente é uma situação complicada. Apenas depois das inúmeras reclamações que a série começou a colocar avisos e retirou uma cena bem impactante da morte de Hannah Baker, que, confesso, quando vi, quase me fez passar mal, pela veracidade.

Justin e Jessica

Nessa temporada, os diálogos internos, e com os “mortos” são frequentes, e mostram que os fantasmas de erros às vezes nos assombram. Senti falta do fantasma da Hannah, e ver o que se tornou a série após todas as temporadas parece se distanciar muito da sua primeira. 

*ALERTA SPOILER*

Justin e Jessica roubam a cena com uma química forte; com certeza foram os momentos mais emocionantes. Acho que, exatamente por isso, a morte do Justin foi tão criticada, vimos a mudança dele em todo esse tempo, e como os dilemas foram fortes e cruéis, terminar assim foi extremamente pesado, mas acho que por mais duro que seja, foi importante mostrar a luta de uma doença terminal, no caso HIV/AIDS, assim como drogas e todos os assuntos citados acima.

Mobilização

A violência policial e a questão racial foi algo muito acertado da série, ver a mobilização dos alunos contra nos faz ter esperança. Há quem diga que o timing foi perfeito, mas sabemos que isso é um problema que nunca cessou, infelizmente. Os diálogos foram a parte alta, porém algumas decisões de roteiro parecem totalmente perdidas, como se fossem apenas para que os personagens tomassem alguma ação. 

Poderiam ter dado um embasamento maior principalmente ao apoio profissional, para incentivar os jovens a perderem o preconceito com terapias psicológicas. Pelo menos a série serve para lembrar que todos tem problemas, demônios internos e que ninguém precisa passar por isso sozinho. Sabemos que nessa fase da vida tudo é mais intenso, e que precisamos de toda a ajuda possível, família, amigos e ajuda profissional.

Cinema

‘Aumenta que é rock ‘n roll’ traz nostalgia gostosa | Crítica

Longa protagonizado por Johnny Massaro e George Sauma estreia em 25 de abril.

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Uns anos atrás, mais especificamente em 2019, o Festival do Rio (e outros festivais do Brasil) trazia em sua programação um documentário sobre a Rádio Fluminense. “A Maldita”, de Tetê Mattos, que levava o título da alcunha pela qual a rádio era conhecida, narrava sua história e, além disso, a influência que teve em seus ouvintes. Para muitos, principalmente os que não viveram a época, foi o primeiro contato com a rádio rock fluminense.

Anos depois, no próximo 25 de abril, quinta-feira, estreia “Aumenta que é rock ‘n roll”, longa de Tomás Portella. O longa é baseado no livro “A onda maldita: Como nasceu a Rádio Fluminense”, escrito por Luiz Antônio Mello, criador da rádio. Protagonizado por Johnny Massaro na pele de Luiz Antônio, o filme foca em toda a trajetória do jornalista desde sua primeira transmissão na rádio do colégio, até o primeiro contato com a Rádio Fluminense (por causa de seu amigo e cocriador Samuca) e a luta pra fazer da Fluminense a rádio mais rock ‘n roll do Rio de Janeiro.

Muito rock

Pra começo de conversa, é preciso dizer que o filme é uma bela homenagem ao gênero rock. Além de uma trilha sonora com nomes de peso, como AC/DC, Rita Lee, Blitz e Paralamas do Sucesso, o longa consegue mostrar ao espectador do que o rock é verdadeiramente feito: de muita ousadia e questionamentos. Em uma época em que o gênero vem sendo esquecido, principalmente pelas gerações mais jovens, Tomás Portella consegue relembrar a todos que o rock é sinônimo de controversão e revolução, já que foi criado para questionar os ideais vigentes da época.

Isso fica muito claro nos personagens que compõem a rádio e que a tocam pra frente. A ideologia de fazer diferente fica tão nítida na tela que eu desafio o espectador a não sair do filme com vontade de revolucionar o mundo ao seu redor.

Roteiro

Isso se dá, obviamente, por um texto muito bem escrito e uma trama bem desenvolvida e bem amarrada. O que significa, portanto, que L.G. Bayão fez um ótimo trabalho na adaptação do livro.

Mas, além disso, as atuações dos atores em cena tambémajudam muito. Apesar de a maioria dos atores nem sequer ter vivido a época (no máximo, eram criancinhas nos anos 80), eles personificam a vontade de transformar da época. Principalmente Flora Diegues, que tem uma atuação tão natural que dá até pra pensar que ela pegou uma máquina do tempo lá em 1982 e saltou na época em que o filme foi gravado. Infelizmente, a atriz faleceu em 2019 e uma das dedicatórias do longa é para ela. Merecidissimo, porque Flora realmente se destaca entre os integrantes da rádio rock.

Sintonia fina

George Sauma interpreta o jornalista Samuca, amigo de colégio de Luiz Antonio que cria a rádio com o colega. A escolha dos dois protagonistas não poderia ser melhor, já que Johnny Massaro e George têm uma química que salta da tela. O jogo de dupla cheio de piadas, típico dos filmes de comédia dos anos 1980, funciona muito bem entre os dois. Os dois atores têm um timing ótimo para comédia e, ao mesmo tempo, conseguem emocionar quando o texto cai para o drama. Tanto George quanto Johnny brilham.

Também brilham a cenografia e o figurino do filme. Cláudio Amaral Peixoto, diretor de arte, e Ana Avelar, figurinista, retrataram tão bem a época que parece que estamos mesmo de volta aos anos 1980. A atenção aos detalhes faz o espectador, principalmente o que viveu tudo aquilo, se sentir dentro da rádio rock.

Nostálgico

Para resumir, é um filme redondinho e gostoso de assistir, com atuações incríveis e uma trilha sonora de arrasar. Duvido sair do cinema sem vontade de ouvir uma musiquinha de rock que seja!

Fique, por fim, com o trailer de “Aumenta que é rock ‘n roll”:

Ficha Técnica

AUMENTA QUE É ROCK ‘N ROLL

Brasil | 2023 | Comédia

Direção: Tomás Portella

Roteiro: L.G. Bayão

Elenco: Johnny Massaro, George Sauma, João Vitor Silva, Marina Provenzzano, Orã Figueiredo.

Produção: Luz Mágica

Coprodução: Globo Filmes e Mistika

Distribuição: H2O Films.

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