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Cinema

Ecos de 1922 | Mostra comemora a Semana de Arte Moderna no CCBB

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Agora em 2022 está sendo comemorado o centenário da Semana de Arte Moderna. Para celebrar esse marco da arte brasileira, o CCBB organizou a mostra “Ecos de 1922 – Modernismo no Cinema Brasileiro” que usa a linguagem cinematográfica para abordar diferentes facetas do movimento. Do dia 10/3 até 11/4 o Centro Cultural Banco do Brasil tem uma programação, composta por longas e curtas-metragens, com um total de 54 sessões presenciais e 6 atividades paralelas, que incluem debates e palestra.

Confira a lista dos filmes participantes:

Limite | Mario Peixoto | 1931

Quem seria o feliz conviva de Isadora Duncan? | Júlio Bressane | 1992

Uma noite com Oswald | Inácio Zatz e Ricardo Dias | 1992

Bye Bye Brasil | Cacá Diegues | 1980

Chico Antônio, o herói com caráter | Eduardo Escorel | 1983

O mestre de Apipucos | Joaquim Pedro de Andrade | 1959

Macunaíma | Joaquim Pedro de Andrade | 1969

Por onde anda Makunaíma? | Rodrigo Séllos | 2020

Deus e o diabo na terra do sol | Glauber Rocha | 1964

Terra em transe | Glauber Rocha | 1967

República do Mangue | Julia Chacur, Mateus Sanches Duarte e Priscila Serejo | 2020

Mangue-bangue | Neville D’ Almeida | 1971

Tarsila: 50 anos de pintura | Fernando Coni Campos | 1969

Viagem ao fim do mundo | Fernando Coni Campos | 1968

Orgia ou O homem que deu cria | João Silvério Trevisan | 1970

No paiz das Amazonas* | Silvino Santos | 1922

Há terra! | Ana Vaz | 2016

Nũhũ yãg mũ yõg hãm: essa terra é nossa! | Carolina Canguçu, Isael Maxakali, Roberto Romero e Sueli Maxakali | 2020

Brasilianas n.º 4: engenhos e usinas | Humberto Mauro | 1955

Bárbaro e nosso – Imagens para Oswald de Andrade | Márcio Souza | 1969

Brasilianas n.º 1: canções populares – “Chuá… chuá…” e “A casinha pequenina” | Humberto Mauro | 1945

Cinema é maresia | Diogo Cavour | 2008

O poeta do Castelo | Joaquim Pedro de Andrade | 1959

Brasilianas n.º 2: canções populares – “Azulão” e “O pinhal” | Humberto Mauro | 1948

Não vim no mundo para ser pedra | Fabio Rodrigues Filho | 2021

Sem essa, Aranha | Rogério Sganzerla | 1978

Carmen Miranda: bananas is my business | Helena Solberg | 1955

Apiyemiyekî? | Ana Vaz | 2019

Mato eles? | Sergio Bianchi | 1983

Tudo é Brasil | Rogério Sganzerla | 1997

Como era gostoso o meu francês | Nelson Pereira dos Santos | 1971

Branco sai, preto fica | Adirley Queirós | 2014

A$suntina das Amérikas | Luiz Rosemberg Filho | 1976

O homem do pau-brasil | Joaquim Pedro de Andrade | 1980

Eh Pagu, eh! | Ivo Branco | 1985

Eternamente Pagu | Norma Bengell | 1988

O Aleijadinho | Joaquim Pedro de Andrade | 1978

Ladrões de cinema | Fernando Coni Campos | 1977

Travessia | Safira Moreira | 2017

Alma no olho | Zózimo Bulbul | 1974

Há terra! | Ana Vaz | 2016

Grin | Isael Maxakali, Roney Freitas e Sueli Maxakali | 2016

O ataque das araras | Jairo Ferreira | 1975

Iracema: uma transa amazônica | Jorge Bodanzky e Orlando Senna | 1974

Herói póstumo da província | Rudá de Andrade | Livre | 1973

Miramar | Júlio Bressane | 1997

Perigo negro | Rogério Sganzerla | 1992

Quem seria o feliz conviva de Isadora Duncan? | Júlio Bressane | 1992

O mandarim | Júlio Bressane | 1995

Um filme 100% brazileiro | José Sette | 1985

Tabu | Júlio Bressane | 1982

Para mais informações, ingressos e horários das sessões da mostra “Ecos de 1922 – Modernismo no Cinema Brasileiro”, confira o site do CCBB.

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Cinema

‘Névoa prateada’, de Sacha Polak, é filme para refletir | Crítica

O longa estreia no dia 18 de abril nos cinemas de Brasília e São Paulo.

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nevoa prateada

Névoa prateada é um filme arrebatador que, com certeza, não vai passar incólume. O longa propicia emoções intensas, sejam elas positivas ou negativas. Fato que muitos não irão gostar. Alguns podem considerá-lo extremo demais, pesado demais. Os espectadores acostumados a tratar o cinema somente como forma de entretenimento e diversão provavelmente não irão gostar, já que é um filme que propõe análise e questionamentos. E que retrata uma realidade comum em alguns lugares da Inglaterra – e também de outros locais. Contudo, para quem gosta de assistir filmes que criticam a sociedade e comportamentos é um prato cheio. E para quem pretende aprender com o audiovisual também.

Mas sobre o que fala Névoa prateada?

A protagonista do filme é Franky, uma enfermeira de 23 anos que vive com a família em um bairro no leste de Londres. Obcecada por vingança e com a necessidade de encontrar culpados por um acidente traumático ocorrido há 15 anos, ela é incapaz de se envolver em um relacionamento com alguma profundidade. Até que se apaixona por Florence, uma de suas pacientes. As duas fogem para o litoral, onde Florence mora com a família. Lá, Franky encontrará o refúgio emocional para lidar com as questões do passado.

A saber, a atriz Vicky Knight, intérprete de Franky, venceu o Prêmio do Júri do Teddy Award do Festival de Berlim. Além disso, o longa recebeu indicação de Melhor Filme no Panorama Audience Award e foi destaque na programação da 47ª Mostra Internacional de Cinema em São PauloParticipou, também, dos prêmios Dinard British Film Festival (vencedor como melhor filme), Tribeca Film Festival (indicado ao Best International Narrative Feature), FilmOut San Diego US, Sunny Bunny LGBTQIA+ Film Festival, entre outros.

Vicky Knight
A atriz Vicky Knight, protagonista do longa. Foto: Divulgação.

A diretora de Névoa prateada, Sacha Polak, costuma levar para filmes temas difíceis, que poderiam facilmente ser assunto de terapia. A necessidade de se sentir amada, preconceitos, dificuldade de esquecer uma situação, aceitação. No longa em questão, Sacha trata de vários assuntos, como autoaceitação e, também, dificuldade de perdoar. Porém, apesar de ter uma gama de temas, o filme não se torna cansativo ou confuso. Muito pelo contrário, o roteiro passa para o espectador muito bem todos os conflitos da protagonista.

Além disso, Franky não é apresentada de forma piegas ou clichê. Por ter sido vítima de um incêndio, a personagem tem marcas em sua pele que poderiam, em uma narrativa mais lugar comum, transformá-la em uma pessoa que se vitimiza ou que é vista como coitadinha o tempo todo pelos outros. Mas não é isso que Sacha quer passar para quem assiste. E, apesar de não ter uma vida fácil, é possível enxergar Franky para além de suas cicatrizes. Franky é uma personagem complexa, completa e muito bem desenvolvida, tanto pelo roteiro quanto por sua intérprete.

Talvez por já ter trabalhado com Sacha Polak anteriormente, Vicky Knight tem facilidade em transpor para a tela os conflitos internos de Franky sem deixá-la simples demais ou transformá-la em um mártir. Também ajuda ter passado por situações parecidas com as da personagem. O fato é que foi justo o prêmio Teddy Awards que Vicky recebeu, já que consegue trabalhar nos detalhes, algo que nem todo ator tem sucesso.

Fotografia

Apesar de ser um recurso bastante comum, não deixa de ser interessante ver o filme em cores mais frias, já que Franky não tem uma vida fácil e passa por conflitos internos durante todo o filme. Também é possível que tal característica seja por ter sido filmado na Inglaterra, onde não há mesmo muito sol. Todavia, fica claro que Sacha Polak – e também a fotografia de Tibor Dingelstad – quis expressar o interior de Vicky nas cores frias que vemos nas cenas.

Além disso, a escolha de planos abertos quando Vicky se encontra perdida em sua vida e planos mais fechados quando ela começa a se encontrar ajudam a contar a história da protagonista. E, também, de sua coadjuvante, Florence. Aliás, Esme Creed-Miles arrasa na interpretação da menina totalmente sem rumo e influenciável. Se há algo negativo nesse filme é que Florence poderia ter tido mais espaço. E também, talvez, poderia ter havido mais cenas de Franky e Alice. Vicky Knight e Angela Bruce têm uma química muito boa em tela e poderia ter sido mais explorada.

Angela e Vicky
Angela Bruce e Vicky Knight. Foto: Divulgação.

Para resumir, é um filme bastante introspectivo, bonito e reflexivo, que mostra, de forma original, o valor das pessoas que nos rodeiam. Névoa prateada estreia no dia 18 de abril nos cinemas de Brasília e São Paulo.

Por fim, fique com o trailer:

Ficha Técnica

NÉVOA PRATEADA (Silver Haze)

Holanda, Reino Unido | 2023 | 1h42min. | Drama

Direção e roteiro: Sacha Polak.

Elenco: Vicky Knight, Esme Creed-Miles, Archie Brigden, Angela Bruce, Brandon Bendell, Carrie Bunyan, Alfie Deegan, Sarah-Jane Dent.

Produção: Viking Films.

Distribuição: Bitelli Films.

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