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Literatura

Editora do Brasil lança desafio literário digital para crianças

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Desafio Literário Digital da Editora do Brasil. Saiba mais no Vivente Andante.

A Editora do Brasil lançará, a partir de 1º de julho, um desafio literário digital para crianças de 8 a 12 anos de idade. A princípio,  a proposta é o desenvolvimento da solução para um mistério ambientado no mundo da personagem Detetive Cecília, criada por Luis Eduardo Matta.

O texto deverá ter, no máximo, uma página digitada e a ilustração deve ser enviada no mesmo e-mail, em qualquer formato de imagem. O melhor trabalho escrito e ilustrado será escolhido pelo escritor Luis Eduardo Matta e pelo ilustrador Fábio Sgroi, e o prêmio será um kit especial de livros da Editora do Brasil, com os livros da detetive Cecília e outros dois livros do catálogo da editora, para estimular ainda mais os hábitos de leitura.

As crianças – através de seus pais ou responsáveis – deverão enviar um texto e uma ilustração com o final da história para o e-mail atendimento@editoradobrasil.com.br, até o dia 15/07. Nesse mesmo correio eletrônico é possível obter mais informações.

O resultado será conhecido através das redes sociais da Editora do Brasil.

DESAFIO DIGITAL: DETETIVE CECÍLIA E O ROUBO NA CASA VELHA

O síndico do condomínio Quinta do Riacho, Hélio Moacyr, reúne o conselho consultivo para anunciar uma obra de restauração da Casa Velha, a construção histórica que abriga a sede do condomínio. Além do síndico, participam da reunião o chefe da segurança, Ivo Gonçalves, e os moradores: Márcia Maria, que administra a lanchonete da Casa Nova, situada dentro do condomínio; Régis Salgado, o vizinho antipático, que mora no mesmo edifício de Cecília; Dona Mirtes, moradora do condomínio e descendente do fundador, o Barão de Itaguapé.

O síndico afirma que o empreiteiro contratado para o serviço pediu para que o pagamento seja em dinheiro vivo e, para isso, 30 mil reais foram sacados da conta do condomínio. Ele confere o dinheiro na frente de todos e, em seguida, o guarda num cofre atrás de sua escrivaninha. Uma semana depois, em razão da pandemia de COVID-19, é decretada a quarentena na região e a obra é temporariamente suspensa, antes mesmo de ter início. Só que nesse meio-tempo, ocorre um imprevisto: o dinheiro guardado no cofre desaparece misteriosamente.

A detetive Cecília, que adora investigar mistérios assim, está pronta para mais um caso. A maior pista é uma gravação do sistema de segurança da Casa Velha que, dias antes, registrou a entrada de uma pessoa enrolada num lençol azul. Poderia ser qualquer um dos que estiveram na reunião, inclusive o próprio síndico.

Afinal, é fato que apenas uma pessoa roubou o dinheiro. Quem terá sido?

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Literatura

‘Princesa Violeta’ | Resenha por Paty Lopes

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Princesa Violeta.

Penso que essa leitura tem muito a dizer sobre o futuro das mulheres em nossa sociedade, principalmente diante do que estamos atravessando em todo o território brasileiro. Temos que lembrar que essa mulher que sofre violência hoje, um dia foi uma menina. O mesmo pode-se dizer do homem agressor. Ele também um dia foi um menino. Pergunto, portanto: qual foi a base educacional deles? O que leram? Qual o caminho que os orientaram a seguir um dia?

Embora tenhamos um livro com uma protagonista princesa, a leitura também educa o menino a respeitar os sentimentos de uma mulher. O que deveria acontecer quando uma mulher, por exemplo, resolve romper uma relação, seja esse o motivo que for? Assim, todavia, fica livre para viver a vida dela, o que sabemos que muitas vezes não acontece.

Diversidade

Veralinda Menezes é a autora do livro. Como mãe, traz aos leitores mirins a primeira princesa negra da literatura brasileira e o primeiro conto de fadas com personagens negros. Além disso, os descreve com delicadeza. Quando sua filha não pode ser princesa em uma brincadeira, devido ao seu tom de pele bombom, a autora percebeu a importância dessa comunicação. Assim, o livro chegou em 2008, e volta após 16 anos com uma edição especial, o que merece ser comemorado.

Interessante é como a autora trouxe a miscigenação brasileira, trazendo tons de pele ligados a doce de leite e chocolate, doces que crianças adoram.

Enredo

Um belo conto de fadas de muita ação, cujo protagonismo está na força da figura feminina e o toque de encantamento está na mistura de seres humanos, seres mágicos, reis, rainhas, fadas, guerreiros e piratas, heróis e heroínas que se juntam na luta do bem contra o mal.

Uma princesa guerreira à frente de um exército é revolucionário. Coloca, assim, as mulheres no imaginário coletivo desde a infância, em um espaço de poder que influencia a sociedade e suas futuras relações familiares, sociais e econômicas.

Focado na diversidade e no resgate de valores, também ensina o cuidado e o respeito à natureza e aos mais velhos. A inovação estética com personagens protagonistas negros, representando a maioria da população de um país nem tão distante, é um grande diferencial. Ele fica por conta do traço naturalista do talentoso ilustrador gaúcho Rogério M. Cardoso. Criado para ser um clássico da literatura, Princesa Violeta, em suas versões em prosa e em poema, encanta as crianças de todas as cores e de todas as idades do Brasil, na literatura, no teatro e na música.

O livro apresenta músicas da autora que também colam no ouvido, o velho chicletinho.

Por que ler o livro para uma criança?

Vivemos em um país de forte patriarcado. O machismo ainda permeia no seio da sociedade. Portanto, educar é necessário. Tentar romper essa cultura deve ser uma luta de todos. No livro, a princesa escuta que o pai dela queria um filho homem. Depois, um dos súditos, um dos chefes da guarda real entende que a princesa Violeta deveria se casar com ele, por ter a ensinado a lutar. São situações na contramão dos dias atuais, onde nós, mulheres, fazemos nossas opções, como a princesa do livro fez, no entanto, ainda pagamos um preço alto por nosso posicionamento.

Observei também que no livro não há questões raciais em pauta, apenas protagonistas negros. Inclusive, há príncipes de pele alva que tentam casar-se com a princesa, assim como antagonista negro também. A vida é mesmo assim, está tudo ilustrado através dos desenhos coloridos.

Conclusão

Levar crianças negras a entenderem que podem ser princesas e fadas é um bom trabalho de autoestima e merece ser exercitado todo o tempo.  Não é mais possível aceitar somente a história da Cinderela da Disney – embora eu adore. Contudo. confesso que fiquei mais animada quando chegou a  Pocahontas, pois esse desenho falava muito mais sobre mim.

Observei que a leitura tem mais de um desdobramento, o que penso ser bem diferente. Geralmente, o conflito é um só, mas Veralinda, como mulher, sabe que as nossas lutas são diversas.

Longe da bipolarização hierarquizante em preto e branco, como disse o professor Kabenguele Munanga, antropólogo, a autora entende mesmo do Brasil atual. Seguiu, paralela às estúpidas verdades adultas, a realidade da vida por meio de uma linguagem infantil apropriada, cheias de fadas e mágicas!

Ficha Técnica

PRINCESA VIOLETA

Autora: Veralinda Menezes
Editora: Editora Príncipes Negros
Preço: R$ 24,46
Onde encontrar: Amazon

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