Literatura
Jurassic Park | Conheça o livro que rendeu 5 bilhões em bilheteria e mudou estudo genético
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2 anos atrásem
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RedaçãoO mundo de Jurassic Park mudou desde seu primeiro filme, com dinossauros fictícios, catástrofes naturais e até treinamento de velociraptors. Entretanto, tudo começou com um livro, chamado ‘O Parque dos Dinossauros’, lançado em 1990 e atualmente publicado pela Editora Aleph.
No momento, Jurassic World: Domínio completa sua segunda semana no topo da bilheteria brasileira, desbancando Top Gun: Maverick, com uma estreia de mais de 1 milhão de espectadores no cinema. O filme é o 6º da franquia Jurassic Park, e traz, em especial, o retorno das estrelas do original de 1993, Sam Neil, como o icônico Alan Grant, Laura Dern como Ellie Settler e Jeff Goldblum como doutor Ian Malcolm, além de Chris Pratt e Bryce Dallas Howard como já conhecidos protagonistas dos novos filmes.
O livro clássico de Michael Chrichton é um marco da ficção científica e aborda de maneira divertida e emocionante esse assunto que fascina o ser humano há muito tempo, que são as espécies que viveram no planeta antes de nós, amplamente conhecidos como dinossauros.
Ilha dos Dinossauros
Chrichton combina esse fator com uma dinâmica onde todos estão presos numa ilha com dinossauros perigosos à solta. Dessa forma, ele desenvolveu uma obra que mistura suspense, ciência, aventura e toques cômicos. Além disso, apresenta ao leitor personagens muito cativantes, dos cientistas ao excêntrico bilionário John Hammond, criador do parque, montando um enredo que cativa.
O impacto de ‘O Parque dos Dinossauros’, que hoje adota seu título em inglês, foi tanto que em pouco mais de um ano após o seu lançamento, um filme já estava sendo produzido. Então, no começo da década de 90 ‘Jurassic Park’ chegava aos cinemas. O filme segurou o título de maior bilheteria da história até 1997. Seu sucessor moderno ainda se faz presente neste ranking, e Jurassic World de 2015 ocupa atualmente o 7º lugar.
Além das telonas, a obra também contribuiu para a ciência. No livro, o parque pôde ser criado porque cientistas retiraram sangue dos dinossauros de mosquitos preservados em âmbar, e conseguiram a partir disso reconstruir seu DNA. Infelizmente, isto não é ainda uma realidade. Mas a popularidade do livro fez com que se começasse uma fase no campo da pesquisa de DNA antigo, descrita por muitos cientistas da área como “a fase Jurassic Park.”
Os primeiros indícios dessa possibilidade científica começaram nos anos 80 e foram inspiração para a obra do autor, mas foi o frisson do livro que ajudou muitos estudos a serem financiados posteriormente. A tradicional revista acadêmica Nature, inclusive, publicou propositalmente o primeiro sucesso de DNA antigo extraído do âmbar um dia após a estreia do filme, em junho de 93.
Impulsionando inovações científicas e angariando gerações de fãs por todo o mundo, Jurassic Park é o símbolo do poder da literatura e da sua capacidade de romper fronteiras, rendendo uma franquia de seis filmes de mais de 5 bilhões de dólares, tornando-o a melhor expressão de uma história imperdível.
Para entender como tudo começou, confira o ebook de ‘Jurassic Park’ no aplicativo do Skeelo, com capa exclusiva, disponível tanto para Android como IOS. Por fim, para saber mais sobre a plataforma, acesse https://skeelo.app/.
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Literatura
‘Princesa Violeta’ | Resenha por Paty Lopes
Publicado
2 dias atrásem
23 de abril de 2024Por
paty2606Penso que essa leitura tem muito a dizer sobre o futuro das mulheres em nossa sociedade, principalmente diante do que estamos atravessando em todo o território brasileiro. Temos que lembrar que essa mulher que sofre violência hoje, um dia foi uma menina. O mesmo pode-se dizer do homem agressor. Ele também um dia foi um menino. Pergunto, portanto: qual foi a base educacional deles? O que leram? Qual o caminho que os orientaram a seguir um dia?
Embora tenhamos um livro com uma protagonista princesa, a leitura também educa o menino a respeitar os sentimentos de uma mulher. O que deveria acontecer quando uma mulher, por exemplo, resolve romper uma relação, seja esse o motivo que for? Assim, todavia, fica livre para viver a vida dela, o que sabemos que muitas vezes não acontece.
Diversidade
Veralinda Menezes é a autora do livro. Como mãe, traz aos leitores mirins a primeira princesa negra da literatura brasileira e o primeiro conto de fadas com personagens negros. Além disso, os descreve com delicadeza. Quando sua filha não pode ser princesa em uma brincadeira, devido ao seu tom de pele bombom, a autora percebeu a importância dessa comunicação. Assim, o livro chegou em 2008, e volta após 16 anos com uma edição especial, o que merece ser comemorado.
Interessante é como a autora trouxe a miscigenação brasileira, trazendo tons de pele ligados a doce de leite e chocolate, doces que crianças adoram.
Enredo
Um belo conto de fadas de muita ação, cujo protagonismo está na força da figura feminina e o toque de encantamento está na mistura de seres humanos, seres mágicos, reis, rainhas, fadas, guerreiros e piratas, heróis e heroínas que se juntam na luta do bem contra o mal.
Uma princesa guerreira à frente de um exército é revolucionário. Coloca, assim, as mulheres no imaginário coletivo desde a infância, em um espaço de poder que influencia a sociedade e suas futuras relações familiares, sociais e econômicas.
Focado na diversidade e no resgate de valores, também ensina o cuidado e o respeito à natureza e aos mais velhos. A inovação estética com personagens protagonistas negros, representando a maioria da população de um país nem tão distante, é um grande diferencial. Ele fica por conta do traço naturalista do talentoso ilustrador gaúcho Rogério M. Cardoso. Criado para ser um clássico da literatura, Princesa Violeta, em suas versões em prosa e em poema, encanta as crianças de todas as cores e de todas as idades do Brasil, na literatura, no teatro e na música.
O livro apresenta músicas da autora que também colam no ouvido, o velho chicletinho.
Por que ler o livro para uma criança?
Vivemos em um país de forte patriarcado. O machismo ainda permeia no seio da sociedade. Portanto, educar é necessário. Tentar romper essa cultura deve ser uma luta de todos. No livro, a princesa escuta que o pai dela queria um filho homem. Depois, um dos súditos, um dos chefes da guarda real entende que a princesa Violeta deveria se casar com ele, por ter a ensinado a lutar. São situações na contramão dos dias atuais, onde nós, mulheres, fazemos nossas opções, como a princesa do livro fez, no entanto, ainda pagamos um preço alto por nosso posicionamento.
Observei também que no livro não há questões raciais em pauta, apenas protagonistas negros. Inclusive, há príncipes de pele alva que tentam casar-se com a princesa, assim como antagonista negro também. A vida é mesmo assim, está tudo ilustrado através dos desenhos coloridos.
Conclusão
Levar crianças negras a entenderem que podem ser princesas e fadas é um bom trabalho de autoestima e merece ser exercitado todo o tempo. Não é mais possível aceitar somente a história da Cinderela da Disney – embora eu adore. Contudo. confesso que fiquei mais animada quando chegou a Pocahontas, pois esse desenho falava muito mais sobre mim.
Observei que a leitura tem mais de um desdobramento, o que penso ser bem diferente. Geralmente, o conflito é um só, mas Veralinda, como mulher, sabe que as nossas lutas são diversas.
Longe da bipolarização hierarquizante em preto e branco, como disse o professor Kabenguele Munanga, antropólogo, a autora entende mesmo do Brasil atual. Seguiu, paralela às estúpidas verdades adultas, a realidade da vida por meio de uma linguagem infantil apropriada, cheias de fadas e mágicas!
Ficha Técnica
PRINCESA VIOLETA
Autora: Veralinda Menezes
Editora: Editora Príncipes Negros
Preço: R$ 24,46
Onde encontrar: Amazon
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