O Museu do Pontal, na Barra da Tijuca, dedica o início de novembro à ancestralidade negra e à cultura popular brasileira, com uma programação diversa que une música, arte, literatura e celebração das tradições afro-brasileiras e ainda um festival gratuito.
No fim de semana dos dias 1 e 2 de novembro, o museu convida o público infantil para mergulhar em narrativas e cantos africanos. No sábado (1/11), às 16h, a contadora Paulinha Cavalcanti apresenta Contos Africanos, espetáculo recheado de música e oralidade ancestral. No domingo (2/11), também às 16h, a escritora e contadora Anamô Soares realiza Negras Palavras, uma vivência de estímulo à leitura com foco na literatura de autoria negra, acompanhada por um acervo de 50 livros disponíveis para livre exploração.
A partir de 8 e 9 de novembro, o espaço se transforma com o festival “Festas, Sambas e Outros Carnavais”, uma grande homenagem às manifestações populares brasileiras. O evento marca a inauguração de três novas exposições — Festas, Sambas e Outros Carnavais, Sérgio Vidal: nas batucadas da vida e Ocupação Naná Vasconcelos — e traz uma programação vibrante com shows, oficinas, rodas e performances.

Entre os destaques, estão apresentações do Jongo da Serrinha, Caxambu do Salgueiro, Terreiro de Crioulo, a bateria da Unidos de Vila Isabel, e um show de Mart’nália, no sábado (8/11). Já o domingo (9/11) terá o Boi Brilho de Lucas, o Tambores de Olokun, o carimbó feminino do grupo Aturiá e o tributo a Naná Vasconcelos, com participações de Lui Coimbra, Carlos Malta, Aline Paes e Bernardo Aguiar.
As novas exposições também merecem destaque. Festas, Sambas e Outros Carnavais reúne obras de mais de 60 artistas de 10 estados brasileiros, explorando a alegria e a potência coletiva das festas populares. A mostra Sérgio Vidal: nas batucadas da vida celebra os 80 anos do pintor-sambista carioca, e a Ocupação Naná Vasconcelos, realizada em parceria com o Itaú Cultural, oferece uma experiência imersiva sobre o percussionista que transformou o berimbau em símbolo universal.
Com patrocínio master da Shell Brasil, via Lei Rouanet, o Museu do Pontal reafirma seu papel como o maior museu de arte popular do país, com acervo de mais de 9 mil obras de 300 artistas brasileiros.
Serviço – Festival gratuito no Museu do Pontal
Endereço: Av. Célia Ribeiro da Silva Mendes, 3.300 – Barra da Tijuca, Rio de Janeiro
Funcionamento: quinta a domingo, das 10h às 18h (entrada até 17h30)
Entrada: gratuita
Mais informações: museudopontal.org.br
Confira a programação completa do Festival Gratuito
8/11 – Sábado
10h – Capoeira em Foco – performance, aula e roda
Performances com os mestres Dinho Nascimento e Zé Baiano. Intervenção com ginástica cultural, atividade orientada pelos mestres Feinho e Eudes, e roda com certificação dos alunos.
11h, 13h e 14h30 – Visita Musicada: especial Festas
Visita musicada, realizada pelos arte-educadores da instituição, pelo acervo do Museu.
11h às 22h – DJ Bieta – Nos intervalos das atrações. DJ Bieta é artista multimídia, produtora cultural, dançarina, pesquisadora das múltiplas culturas. Desenvolve uma mistura sonora, mesclando diferentes ritmos.
12h30 – Choro Malungo
Trio instrumental, com violino, violão de sete cordas e pandeiro, desenvolve um show com repertório tradicional de choro e arranjos de música brasileira.
15h – Abertura da exposição Festas, Sambas e Outros Carnavais + Sergio Vidal + Lançamento do livro Cem anos de Escolas de Samba
A exposição coletiva “Festas, Sambas e Outros Carnavais” celebra as manifestações populares brasileiras. “Sérgio Vidal – nas batucadas da vida” é uma mostra panorâmica do pintor-sambista carioca. A publicação “Cem anos de Escolas de Samba” é uma compilação das falas apresentadas no seminário realizado pelo Museu do Pontal em 2024.
16h – Jongo da Serrinha e Caxambu do Salgueiro
Criado por Mestre Darcy Monteiro e Vovó Maria Joana Rezadeira, o Jongo da Serrinha se apresenta para o público e, ainda, conta a história do ritmo, promovendo uma aproximação com esta manifestação artística afrodiaspórica.
17h – Bailado de Mestre-sala e Porta-bandeira
O bailado ancestral dos casais de mestre-sala e porta-bandeira é considerado patrimônio imaterial da Cidade do Rio de Janeiro. Vão se apresentar casais da Mangueira, Portela, Vila Isabel e Viradouro.
17h30 – Bateria da Vila Isabel
Convidada especial do evento, a escola vai cantar sambas históricos e o tema do Carnaval 2026, Macumbembê, Samborembá: Sonhei que um sambista sonhou a África. O enredo homenageia Heitor dos Prazeres, sambista e pintor presente na exposição.
19h – Terreiro de Crioulo
Roda de samba. Fundado em 2012 em Realengo, o Terreiro de Crioulo é uma das principais rodas de samba do Rio de Janeiro, referência de resistência cultural e celebração das matrizes africanas que sustentam a identidade do samba carioca.
20h – Mart’nália
Show com a artista Mart’nália. Filha de Martinho da Vila, Mart’nália toca samba desde pequena, nas rodas de samba da Vila Isabel. Ao longo de sua carreira, ganhou dois Grammys Latinos de Melhor Disco de Samba, em 2017 e 2019.
9/11 – Domingo
10h, 10h50 e 11h40 – Roda de Bebês – Especial Festas
Atividades lúdicas, realizadas pelos arte-educadores do Museu, para bebês até 3 anos.
10h – Boi Brilho de Lucas
Apresentação do grupo folclórico de Bumba meu Boi, com mais de 30 anos de história.
11h às 22h – DJ Bieta – Nos intervalos das atrações. DJ Bieta é artista multimídia, produtora cultural, dançarina, pesquisadora das múltiplas culturas. Desenvolve uma mistura sonora, mesclando diferentes ritmos.
11h 13h, 14h30 e 15h30 – Visita Musicada – Especial Festas
Visita musicada, realizada pelos arte-educadores da instituição, pelo acervo do Museu.
12h30 – Choro Malungo.
14h30 – Oficina Ritmos sem Fronteiras
O pernambucano Reppolho brilhou a partiu dos anos 1970, tocando com diversos artistas, entre eles Moraes Moreira, Pepeu Gomes e Gilberto Gil. A oficina propõe uma jornada através do universo rítmico das culturas que deram origem aos ritmos afro-brasileiros.
15h45 – Inauguração da mostra Ocupação Naná Vasconcelos
16h30 – Tá Na Roda Tá. Tributo a Naná Vasconcelos
Show com a presença de grandes nomes da música, que mantiveram uma relação próxima com o percussionista. No placo estarão Lui Coimbra, músico que acompanhou Naná em diversos shows; Carlos Malta; Bernardo Aguiar e Negadeza.
17h30 – Tambores de Olokun
Fundado em 2012 na cidade do Rio de Janeiro, o Tambores de Olokun é um coletivo de percussão e dança que tem como principais inspirações o universo do Candomblé e a tradição dos Maracatus de Baque Virado. A apresentação une percussão, com os instrumentos tradicionais do maracatu, e dança.
18h – Aturiá: homenagem a Mestre Damasceno
O grupo, criado no Rio de Janeiro pela paraense Andréia de Vasconcelos, mistura música, dança e performances ao ritmo do carimbó Pau e Corda. O grupo fará uma homenagem a Mestre Damasceno, grande referência do carimbo, falecido em agosto de 2025.



