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Música

Matando Moinhos de Vento | Balla e os Cristais lança single sobre mundo caótico

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Matando Moinhos de Vento. Balla e os Cristais em Botafogo

A banda carioca Balla e os Cristais lança o single “Matando Moinhos de Vento” em 11 de junho, nas plataformas digitais. O nome faz referência ao personagem Dom Quixote de Miguel de Cervantes, que lutava contra a realidade pelo próprio ideal. A faixa é uma abre-alas para a chegada do disco de estreia, no dia 25 de junho.

A princípio, o som do grupo é uma espécie de punk suingado, de colorido bem brasileiro, no qual o rock trazido pelos integrantes se mescla às referências da cultura popular, como as toadas de maracatu, que são o berço musical do compositor e vocalista, e influência indireta pras composições melódicas das músicas, bem diferentes dos padrões do rock comum.

Mixado por Jr. Tostoi, o disco foi masterizado por Carlos Freitas, que já assinou importantes discos de João Gilberto, Tim Maia e Gilberto Gil, além do clássico Da Lama Ao Caos, de Chico Science, uma das referências da banda. Como resultado estético, a banda produziu uma sonoridade eufórica, efusiva, que faz pular, movimentar, se mexer, reagir, a partir também de uma pegada poética que combina ironia e agressividade.

Desabafo

“Essa música é um desabafo, muito sobre o mundo caótico e hipócrita que a gente cultiva. Ela começa falando sobre as realidades de pais que dão oportunidades, pais que matam oportunidades, pais que dão carinho e não podem dar muito mais. Sobre nos colocar no lugar deles. Eles foram filhos também, tiveram pais também, que tiveram pais também, todos eles filhos. Herdamos problemas que nem sabemos de onde vieram, e não podemos julgar…”, diz Balla, dono de timbre de voz grave.

O single “Matando Moinhos de Vento” também fala de status, realização financeira e soberba.

“A música chuta o balde, já que o capital ainda é a finalidade da encarnação humana e nós temos que nos adaptar. A reflexão vem daí: drogas, violência, armas, ignorância, ódio… Não são problemas, são consequências sociais, advindas do modelo de mundo que escolhemos. Mas a intenção não é ensinar nada, é propor discussão”, comenta Rafael Balla.

Matando Moinhos de Vento. De Balla e os Cristais. Saiba mais no Vivente Andante.
divulgação: Belmira Comunicação

Percepção

A banda Balla e os Cristais – da Percepção ou da Decepção – é composta por Balla, nos vocais e composições, junto com Brunno Martins na guitarra, Erick Ferreira no baixo e Gustavo Almeida na bateria. O quarteto é um furacão carioca de músicas com letras que traçam críticas sobre o ambiente de onde vem e onde vivem, classe artística e as visões culturais de um país que aos poucos se perde de suas origens, mas sem perder o humor – o que não necessariamente é uma coisa boa. Urbano, é rock com violão, e com personalidade.

*aliás, atualização (11/06/2020)

Enfim, com seu ‘punk dançante’, estrearam em agosto de 2019 e fizeram nove shows em quatro meses, até gravar o primeiro disco, em janeiro de 2020. Nele foram registradas cinco músicas autorais e duas versões de clássicos de protesto do cancioneiro nacional: “Comportamento Geral”, de Gonzaguinha, disponível no YouTube do grupo, junto com a autoral “Andam Dizendo” e “Zé do Caroço”, sucesso de Leci Brandão, lançada recentemente no IG TV do perfil no Instagram.

Pré-save: https://tratore.ffm.to/matandomoinhosdevento 

Afinal, conheça mais sobre a banda:

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Música

Tom Jobim e Michel Legrand ganham homenagem no Rio de Janeiro

Concertos acontecem em Petrópolis e na capital.

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Quarteto Chansong

Dois dos maiores nomes da música mundial, Tom Jobim e Michel Legrand, serão homenageados no Rio de Janeiro em duas apresentações imperdíveis. O show inédito “Chansong – A música de Tom Jobim & Michel Legrand” chega aos palcos do Soberano Itaipava, em Petrópolis, no dia 26 de abril, sexta-feira, e no Dolores Club, na Lapa, no Centro do Rio, no dia 2 de maio, quinta-feira, ambos às 21h. No segundo, com participação especial de Maurício Einhorn.     

O projeto é idealizado pelo pianista e compositor Kiko Continentino num quarteto que conta com as vozes de Valerie Lu e Lucynha Lima e o violonista e cantor Marcello Ferreira. Dois casais de musicistas, uma francesa e três brasileiros, que interpretam as canções nas línguas francesa, portuguesa e inglesa com arranjos próprios e únicos. Uma bela e rica viagem por obras fantásticas dos dois gênios, conectando Brasil e França.

Os concertos

Com arranjos exclusivos e direção musical de Kiko Continentino, a formação de piano, violão, vozes e percussão, remonta e soa como uma verdadeira orquestra. O repertório promove a audição de clássicos como “Verão de 42” e “You Must Believe in Spring” (do filme “Les Demoiselles de Rochefort”), de Legrand, a pérolas jobinianas como “Surfboard”, “Águas de Março” e “A Felicidade”.

Inédito no mundo, o show fez sua estreia em grande estilo, em março de 2019, no charmoso Teatro Municipal de Niterói (RJ), com as bênçãos de Michel Legrand, dias antes de seu falecimento, através de seu filho, e de Paulo Jobim, filho do maestro Tom, que inclusive participou da primeira e segunda apresentações, a última em maio do mesmo ano, no Blue Note Rio.

Jobim e Legrand

Tom Jobim e Michel Legrand.
Tom Jobim e Michel Legrand. Imagem: Divulgação.

Um vértice significativo, comum aos dois compositores, é o fato de serem músicos atípicos, inquietos e versáteis. Ambos os compositores de farta produção. Legrand, pianista e arranjador como Jobim, também se desdobra na regência das melhores orquestras do seu tempo. Vencedor contumaz de Oscars, se embrenhou pelo cinema e televisão, transitando com absoluta naturalidade no meio erudito em associação com cantores de ópera, ao mesmo tempo em que dividiu a cena com os músicos de jazz, improvisando ao piano em plano de igualdade ao lado de monstros como Phil Woods, Miles e Coltrane.

Já Antônio Brasileiro, músico de formação clássica e mente aberta como Michel, circulou das boates da Zona Sul carioca aos estúdios de gravação, atuando como produtor musical e arranjador no Brasil. Até conhecer Newton Mendonça, Vinícius e João Gilberto. E o boom da bossa-nova lançá-lo (meio que a contragosto) até Nova Iorque, onde conquistou o mundo com uma música altamente original, criativa, sofisticada, leve e poética ao mesmo tempo. Trazendo em seu DNA o samba, modas e ritmos brasileiros, o jazz das big-bands, assim como também a música clássica, principalmente dos impressionistas franceses. As coisas se interligam de forma saborosa.

Serviço

Show: Homenagem a Tom Jobim et Michel Legrand com Quarteto Chansong

Apresentação em Petrópolis

Data: 26 de abril, sexta-feira, às 21h

Local: Soberano – Shopping Estação Itaipava

Endereço: Est. União e Indústria, 11.000 – loja 104, Itaipava, Petrópolis – RJ

Ingressos: R$ 60 (meia-entrada) e R$ 120 (inteira), obs.: moradores do estado do RJ pagam meia-entrada

Vendas e mais informações: No site da Sympla

Apresentação no Rio de Janeiro

Data: 2 de maio, quinta-feira, às 21h (abertura da casa às 19h)

Local: Dolores Club

Endereço: Rua do Lavradio, 10, Lapa, Rio de Janeiro – RJ

Ingressos: R$ 40 (antecipado); R$ 60 (na hora)

Vendas e mais informações: No site da Sympla

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