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Cinema

Rock Horror in Rio Festival traz cultura e terror

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Cena de Kiss The Devil. De 29 de novembro à 08 de dezembro a cidade maravilhosa será aterrorizada pelo Rock Horror in Rio Film Festival. Leia a notícia em Vivente Andante.

O Rock Horror in Rio Film Festival anunciou as datas e locais da edição 2019 que traz uma seleção de 53 filmes de 12 países dentro dos gêneros terror, suspense, fantasia, sci-fi e animação. Serão 10 dias de cinema, rock e diversas atrações – incluindo aulas – entre 29 de novembro e 8 de dezembro.

A saber, a programação acontece em três cinemas: CineStar da Casa da Cultura Laura Alvim, em Ipanema; Cinemateca do MAM – Museu de Arte Moderna, no Flamengo e no Reserva Cultural, em Niterói. Além disso, a seleção está dividida em 5 categorias: Longas Sinistros, Médias Bizarros, Brasil Assombrado, Curtas Macabros e Pílulas de Medo.  Destaque para os longas: “Ambition”, dirigido por Bob Shaye, produtor de “Hora do Pesadelo” e “O Senhor dos Anéis”; “Chimera” dos Emirados Árabes estrelando Heny Ian Cusick (lembram dele em “Lost” e “The 100”?) e a nominada ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante, Kathleen Quinlan (“Apolo 13”). Tem também o espanhol “Rocambola” estrelando Juan Diego Botto (“Esquadrão Suicida 2”) e Jan Cornett (“A Pele em Que Habito”) e o suspense britânico “Beneath the Trees”, do diretor Marco de Luca, estrelando Sarah Bradnum .

Entre os médias-metragens, “Murder House” dirigido pela dupla de autores de “Widow’sPoint”, Billy e Richard Chizmar promete. Ademais, tem cinema fantástico em “Kiss the Devil in the Dark”, dos diretores, Jonathan e Rebecca Martin, que, inclusive, tiveram Menção Honrosa na edição de 2018 por “Creatures of Whitechapel”; além do suspense adolescente “The Escape Room”, da diretora americana Bessy Adut; o holandês “De Blawe Maagd” (“A Virgem Azul”) que mistura fantasia de época e guerra. A França aparece com os filmes originais de ficção científica de “Atomic Ed” e “Le Bruit de la Lumière”.

Brasil Assombrado e o bizarro (Divulgação: Rock Horror in Rio Festival) Leia no Vivente Andante.
Brasil Assombrado e o bizarro (Divulgação: Rock Horror in Rio Festival)
Novos clássicos e velhos modernos

A seleção de curtas apresenta releituras de monstros clássicos do terror como lobisomens, vampiros, múmias e bruxas com os espanhóis “Lobisome” e “Amancio, El Vampiro del Pueblo” e os americanos “Night Crawl” e “The Devil’s Fire” passando por suspenses com abordagens mais contemporâneas como “Marta”, “Wicken”, “I am Full”, “Look Twice” e “The Assassin’s Apprentice”. Inclusive, entre os brasileiros, animações como os curtas “11010” e “A Thousand Kisses”; “É você, Albano?” e “A Caixa” trazem um toque de suspense. Por outro lado, a fantasia surge com“A Ressurreição de Lázaro” e “O Outro Lado”; em o “Vale da Lua: O Mito de Anhangá”, a mistura da fantasia com o folclore traz belas imagens.

Afinal, Pílulas de Medo apresenta curtinhas, videoclipes e experimentais. Entre elas temos o curta de época espanhol “Semillas, Un Poema Sobre La Vida”; o iraniano “With Me” da diretora estreante Azadeh Ghochagh, o experimental de ficção científica “Kokosmos” da fotógrafa russa Anna Radchenko e os videoclipes “Thirsty Eyes” da Áustria e o slasher “U.S. Butcher” do expert em efeitos especiais russo Aleksey Smirnov. O Rock Horror in Rio conta com o apoio institucional do CTAV – Centro Técnico Audiovisual oferecendo um prêmio. Será um empréstimo de equipamento para a realização de um curta ao vencedor da categoria Brasil Assombrado. Ainda por cima, vejam só, a Embaixada da Espanha no Brasil oferecerá uma Masterclass em espanhol durante o festival, ministrada por representantes da Consejería de Educación.

Além dos filmes, o diferencial do festival é que contará com eventos: mesas redondas, encontros de cinema, happy hour, passeio temático e shows . A programação dos filmes que estará disponível no site e também no aplicativo do festival. Finalmente, a seleção completa com fotos, trailers e informações de cada filme pode ser visualizada no site do evento: http://www.rockhorrorinriofilmfestival.com/

Cinema

‘Aumenta que é rock ‘n roll’ traz nostalgia gostosa | Crítica

Longa protagonizado por Johnny Massaro e George Sauma estreia em 25 de abril.

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Uns anos atrás, mais especificamente em 2019, o Festival do Rio (e outros festivais do Brasil) trazia em sua programação um documentário sobre a Rádio Fluminense. “A Maldita”, de Tetê Mattos, que levava o título da alcunha pela qual a rádio era conhecida, narrava sua história e, além disso, a influência que teve em seus ouvintes. Para muitos, principalmente os que não viveram a época, foi o primeiro contato com a rádio rock fluminense.

Anos depois, no próximo 25 de abril, quinta-feira, estreia “Aumenta que é rock ‘n roll”, longa de Tomás Portella. O longa é baseado no livro “A onda maldita: Como nasceu a Rádio Fluminense”, escrito por Luiz Antônio Mello, criador da rádio. Protagonizado por Johnny Massaro na pele de Luiz Antônio, o filme foca em toda a trajetória do jornalista desde sua primeira transmissão na rádio do colégio, até o primeiro contato com a Rádio Fluminense (por causa de seu amigo e cocriador Samuca) e a luta pra fazer da Fluminense a rádio mais rock ‘n roll do Rio de Janeiro.

Muito rock

Pra começo de conversa, é preciso dizer que o filme é uma bela homenagem ao gênero rock. Além de uma trilha sonora com nomes de peso, como AC/DC, Rita Lee, Blitz e Paralamas do Sucesso, o longa consegue mostrar ao espectador do que o rock é verdadeiramente feito: de muita ousadia e questionamentos. Em uma época em que o gênero vem sendo esquecido, principalmente pelas gerações mais jovens, Tomás Portella consegue relembrar a todos que o rock é sinônimo de controversão e revolução, já que foi criado para questionar os ideais vigentes da época.

Isso fica muito claro nos personagens que compõem a rádio e que a tocam pra frente. A ideologia de fazer diferente fica tão nítida na tela que eu desafio o espectador a não sair do filme com vontade de revolucionar o mundo ao seu redor.

Roteiro

Isso se dá, obviamente, por um texto muito bem escrito e uma trama bem desenvolvida e bem amarrada. O que significa, portanto, que L.G. Bayão fez um ótimo trabalho na adaptação do livro.

Mas, além disso, as atuações dos atores em cena tambémajudam muito. Apesar de a maioria dos atores nem sequer ter vivido a época (no máximo, eram criancinhas nos anos 80), eles personificam a vontade de transformar da época. Principalmente Flora Diegues, que tem uma atuação tão natural que dá até pra pensar que ela pegou uma máquina do tempo lá em 1982 e saltou na época em que o filme foi gravado. Infelizmente, a atriz faleceu em 2019 e uma das dedicatórias do longa é para ela. Merecidissimo, porque Flora realmente se destaca entre os integrantes da rádio rock.

Sintonia fina

George Sauma interpreta o jornalista Samuca, amigo de colégio de Luiz Antonio que cria a rádio com o colega. A escolha dos dois protagonistas não poderia ser melhor, já que Johnny Massaro e George têm uma química que salta da tela. O jogo de dupla cheio de piadas, típico dos filmes de comédia dos anos 1980, funciona muito bem entre os dois. Os dois atores têm um timing ótimo para comédia e, ao mesmo tempo, conseguem emocionar quando o texto cai para o drama. Tanto George quanto Johnny brilham.

Também brilham a cenografia e o figurino do filme. Cláudio Amaral Peixoto, diretor de arte, e Ana Avelar, figurinista, retrataram tão bem a época que parece que estamos mesmo de volta aos anos 1980. A atenção aos detalhes faz o espectador, principalmente o que viveu tudo aquilo, se sentir dentro da rádio rock.

Nostálgico

Para resumir, é um filme redondinho e gostoso de assistir, com atuações incríveis e uma trilha sonora de arrasar. Duvido sair do cinema sem vontade de ouvir uma musiquinha de rock que seja!

Fique, por fim, com o trailer de “Aumenta que é rock ‘n roll”:

Ficha Técnica

AUMENTA QUE É ROCK ‘N ROLL

Brasil | 2023 | Comédia

Direção: Tomás Portella

Roteiro: L.G. Bayão

Elenco: Johnny Massaro, George Sauma, João Vitor Silva, Marina Provenzzano, Orã Figueiredo.

Produção: Luz Mágica

Coprodução: Globo Filmes e Mistika

Distribuição: H2O Films.

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