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Literatura

Posfácios | Sinestéticas lança livro com diversos autores

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Está acontecendo a pré-venda do livro “Posfácios” que ganha publicação pelo selo Hecatombe para a coleção Pangeia. A obra reúne diversos autores e surge a partir do coletivo Sinestéticas, que surgiu em 2019 através dos escritores e pesquisadores brasileiros Anderson Antonangelo, Taynnã de C. Santos e Vitor Varella. Para comprar é só acessar: https://benfeitoria.com/sinesteticas

A princípio,  o objetivo do projeto era a produção de diversos textos literários a partir de um só tema. Desde então, semanalmente, o Sinestéticas passou a convidar romancistas, poetas, acadêmicos, artistas gráficos, chefs, fotógrafos, entre outros, de diferentes países, para contribuir com alguma produção artística original.

“A publicação de ‘Posfácios’ é ao mesmo tempo a realização de um sonho do coletivo, e uma consequência natural de um trabalho de criação de uma extensa rede artística. São quase 40 autores no livro, e que semanalmente estão nas redes produzindo mais e mais textos. Essa é só a primeira de nossas antologias”, afirma Anderson Antonangelo.

Conjunto poderoso

Além disso, o coletivo realiza oficinas de produção literária, saraus online e contribui para o grupo 2i, extensão de pesquisa da Universidade do Minho, em Portugal. Enfim, para o livro “Posfácios” ocorreu uma seleção de trabalhos, escritos especificamente para o Sinestéticas, dos seguintes autores: Marcelino Freire, Eveline Sin, Marcelo da Silva Antunes, Marcelo Labes, Leonardo Almeida Filho, Rosalía Fernández Rial, Cax Nofre, Pedro Blanco, Alvaro Tallarico, Marina Dubia, Olivia Clara Pena, David Medeiros, Rani Ghalzzaoui, André Luís Gomes, Anna Zêpa, Daniel Minchoni, Teresa Finisterra, Vera Helena de Camargo, Hális Alves, Cynthia Panca, Débora Santos, Luiza Gianesella, Wavulu Kujiza, Maria Giulia Pinheiro, Bia Madruga, Diogo Borges, Ricardo dos Humildes Oliveira, Thais K. Lancman, Arthur Moura Campos, Gustavo Rocha, Cesar Veneziani, Eustáquio Barbarossa, Érika da Mata, Ana Porcel, Salazar Crioulo, Vitor Hugo Moreira, Diogo Costa Leal, Alexandre Rabelo, Helyana Manso, Taynnã de C. Santos, Anderson Antonangelo e Vitor Varella.

sinestéticas Anderson Antonangelo, Taynnã de C. Santos e Vitor Varella
Anderson Antonangelo, Taynnã de C. Santos e Vitor Varella

“Quando surgiu a oportunidade de mandar um original de coletivo para a chamada da Hecatombe, fez todo sentido que nos organizássemos para isso, ainda que um pouco em cima da hora. Afinal, a ideia central do coletivo, quando o fundamos em abril de 2019, em Braga, era explorar a produção em grupo. Estamos completando quase 2 anos e são mais de 400 textos produzidos ao longo de 90 semanas. ‘Posfácios’ vem a ser a nossa justa comemoração de aniversário”, diz Vitor Varella.

Aliás, saiba mais sobre o papel da poesia:

“O mais bonito sobre essa publicação e a trajetória do coletivo Sinestéticas é que esse momento representa exatamente a nossa crença em arte e literatura: a parceria, a coprodução. Tanto que muitos dos textos no livro são coletivos. Somos artistas de países variados, morando em continentes variados, e Posfácios só vem para tornar essa rede ainda mais sólida”, finaliza Taynnã de C. Santos.

Enfim, compre o livro através do link https://benfeitoria.com/sinesteticas

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Literatura

‘Princesa Violeta’ | Resenha por Paty Lopes

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Princesa Violeta.

Penso que essa leitura tem muito a dizer sobre o futuro das mulheres em nossa sociedade, principalmente diante do que estamos atravessando em todo o território brasileiro. Temos que lembrar que essa mulher que sofre violência hoje, um dia foi uma menina. O mesmo pode-se dizer do homem agressor. Ele também um dia foi um menino. Pergunto, portanto: qual foi a base educacional deles? O que leram? Qual o caminho que os orientaram a seguir um dia?

Embora tenhamos um livro com uma protagonista princesa, a leitura também educa o menino a respeitar os sentimentos de uma mulher. O que deveria acontecer quando uma mulher, por exemplo, resolve romper uma relação, seja esse o motivo que for? Assim, todavia, fica livre para viver a vida dela, o que sabemos que muitas vezes não acontece.

Diversidade

Veralinda Menezes é a autora do livro. Como mãe, traz aos leitores mirins a primeira princesa negra da literatura brasileira e o primeiro conto de fadas com personagens negros. Além disso, os descreve com delicadeza. Quando sua filha não pode ser princesa em uma brincadeira, devido ao seu tom de pele bombom, a autora percebeu a importância dessa comunicação. Assim, o livro chegou em 2008, e volta após 16 anos com uma edição especial, o que merece ser comemorado.

Interessante é como a autora trouxe a miscigenação brasileira, trazendo tons de pele ligados a doce de leite e chocolate, doces que crianças adoram.

Enredo

Um belo conto de fadas de muita ação, cujo protagonismo está na força da figura feminina e o toque de encantamento está na mistura de seres humanos, seres mágicos, reis, rainhas, fadas, guerreiros e piratas, heróis e heroínas que se juntam na luta do bem contra o mal.

Uma princesa guerreira à frente de um exército é revolucionário. Coloca, assim, as mulheres no imaginário coletivo desde a infância, em um espaço de poder que influencia a sociedade e suas futuras relações familiares, sociais e econômicas.

Focado na diversidade e no resgate de valores, também ensina o cuidado e o respeito à natureza e aos mais velhos. A inovação estética com personagens protagonistas negros, representando a maioria da população de um país nem tão distante, é um grande diferencial. Ele fica por conta do traço naturalista do talentoso ilustrador gaúcho Rogério M. Cardoso. Criado para ser um clássico da literatura, Princesa Violeta, em suas versões em prosa e em poema, encanta as crianças de todas as cores e de todas as idades do Brasil, na literatura, no teatro e na música.

O livro apresenta músicas da autora que também colam no ouvido, o velho chicletinho.

Por que ler o livro para uma criança?

Vivemos em um país de forte patriarcado. O machismo ainda permeia no seio da sociedade. Portanto, educar é necessário. Tentar romper essa cultura deve ser uma luta de todos. No livro, a princesa escuta que o pai dela queria um filho homem. Depois, um dos súditos, um dos chefes da guarda real entende que a princesa Violeta deveria se casar com ele, por ter a ensinado a lutar. São situações na contramão dos dias atuais, onde nós, mulheres, fazemos nossas opções, como a princesa do livro fez, no entanto, ainda pagamos um preço alto por nosso posicionamento.

Observei também que no livro não há questões raciais em pauta, apenas protagonistas negros. Inclusive, há príncipes de pele alva que tentam casar-se com a princesa, assim como antagonista negro também. A vida é mesmo assim, está tudo ilustrado através dos desenhos coloridos.

Conclusão

Levar crianças negras a entenderem que podem ser princesas e fadas é um bom trabalho de autoestima e merece ser exercitado todo o tempo.  Não é mais possível aceitar somente a história da Cinderela da Disney – embora eu adore. Contudo. confesso que fiquei mais animada quando chegou a  Pocahontas, pois esse desenho falava muito mais sobre mim.

Observei que a leitura tem mais de um desdobramento, o que penso ser bem diferente. Geralmente, o conflito é um só, mas Veralinda, como mulher, sabe que as nossas lutas são diversas.

Longe da bipolarização hierarquizante em preto e branco, como disse o professor Kabenguele Munanga, antropólogo, a autora entende mesmo do Brasil atual. Seguiu, paralela às estúpidas verdades adultas, a realidade da vida por meio de uma linguagem infantil apropriada, cheias de fadas e mágicas!

Ficha Técnica

PRINCESA VIOLETA

Autora: Veralinda Menezes
Editora: Editora Príncipes Negros
Preço: R$ 24,46
Onde encontrar: Amazon

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