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Cinema

Pouco tempo? Isolamento? Veja cinco curtas recomendados

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Curtas para assistir. Vidas Cinzas e outros.

A princípio, esses cinco curtas estão disponíveis para assistir de graça, online, a qualquer momento. Aliás, são quatro no Vimeo, plataforma conhecida como o YouTube do cinema indie e um no próprio YouTube. Então, segue uma seleção de curtas de diversos gêneros que deve agradar a todos os gostos. Enfim, confira:

Vidas Cinzas

Primeiramente, Vidas Cinzas, curta 36 vezes premiado do diretor carioca Leonardo Martinelli. O falso documentário gira em torno das manifestações contrárias aos cortes de gastos do governo Pezão e de um possível corte das cores da cidade. Com essa prerrogativa pra lá de insana temos uma visão triste e única dos absurdos que um governo pode chegar em nome da austeridade fiscal. Contando com Wagner Moura, Marielle Franco e 01 Bolsonaro no elenco podemos nos surpreender e horrorizar com a escala e impacto que as manifestações populares podem alcançar na vida de famosos e anônimos. 

An Object at Rest

Com pouco mais de cinco minutos de duração, a animação e tese de graduação de Seth Boyden foi vista mais de um milhão de vezes desde que foi lançada em 2015. A saber, a história é simples e divertida, mostrando o ciclo de vida de uma montanha através de milênios e sua saga para cochilar em paz.

Delivered

O impacto da crise do coronavírus sendo contado do ponto de vista dos entregadores de aplicativo em Nova Iorque. Essa história de abandono social é o tema para o atualíssimo filme do diretor Law Chen. Com uma estética lo-fi e narração por telefone você se sente numa versão romantizada da pior crise mundial desde a Grande Depressão, com essa visão dissonante em relação com a gravidade da situação as emoções podem aflorar junto aos relatos íntimos e devastadores da realidade das pessoas que ganham a vida sendo exploradas por aplicativos de entrega.

Pocket

Pocket é um mergulho na privacidade de um adolescente estadunidense padrão através da tela do seu telefone. Mishka Kornai e Zach Wechter dirigem essa obra que em alguns momentos é revoltante, porém, em outros, aviva a memória das experiências embaraçosas que provavelmente já passamos. Com uma fotografia uber contemporânea acompanhamos esse adolescente pela tela do seu smartphone, vendo cada mensagem que troca, cada curtida que ele dá, cada interação com seus colegas e com sua mãe. Contudo, peço que você veja esse filme no seu smartphone com fones de ouvido, mesmo parecendo estranho esse é o melhor lugar para ver esse curta devido a sua natureza telefonesca.

Former Cult Member Hears Music For The First Time

Finalizando essa lista com outro mockumentary temos o absurdamente absurdo Former Cult Member Hears Music For The First Time do diretor norueguês Kristoffer Borgli. Antes de fazer qualquer descrição só posso avisar que é incrível, na mais controversa definição da palavra. O filme é inacreditável, desde o tema insano de uma fugitiva de um culto ouvindo música pela primeira vez para um documentário até a atuação seca que te joga de uma risada para a raiva e nojo em questão de momentos. Ou seja, é insano, absurdo e belo, de uma forma muito esquisita. Assista e tire suas conclusões quanto a esse curta selecionado para Sundance 2020.

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Cinema

‘Aumenta que é rock ‘n roll’ traz nostalgia gostosa | Crítica

Longa protagonizado por Johnny Massaro e George Sauma estreia em 25 de abril.

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Uns anos atrás, mais especificamente em 2019, o Festival do Rio (e outros festivais do Brasil) trazia em sua programação um documentário sobre a Rádio Fluminense. “A Maldita”, de Tetê Mattos, que levava o título da alcunha pela qual a rádio era conhecida, narrava sua história e, além disso, a influência que teve em seus ouvintes. Para muitos, principalmente os que não viveram a época, foi o primeiro contato com a rádio rock fluminense.

Anos depois, no próximo 25 de abril, quinta-feira, estreia “Aumenta que é rock ‘n roll”, longa de Tomás Portella. O longa é baseado no livro “A onda maldita: Como nasceu a Rádio Fluminense”, escrito por Luiz Antônio Mello, criador da rádio. Protagonizado por Johnny Massaro na pele de Luiz Antônio, o filme foca em toda a trajetória do jornalista desde sua primeira transmissão na rádio do colégio, até o primeiro contato com a Rádio Fluminense (por causa de seu amigo e cocriador Samuca) e a luta pra fazer da Fluminense a rádio mais rock ‘n roll do Rio de Janeiro.

Muito rock

Pra começo de conversa, é preciso dizer que o filme é uma bela homenagem ao gênero rock. Além de uma trilha sonora com nomes de peso, como AC/DC, Rita Lee, Blitz e Paralamas do Sucesso, o longa consegue mostrar ao espectador do que o rock é verdadeiramente feito: de muita ousadia e questionamentos. Em uma época em que o gênero vem sendo esquecido, principalmente pelas gerações mais jovens, Tomás Portella consegue relembrar a todos que o rock é sinônimo de controversão e revolução, já que foi criado para questionar os ideais vigentes da época.

Isso fica muito claro nos personagens que compõem a rádio e que a tocam pra frente. A ideologia de fazer diferente fica tão nítida na tela que eu desafio o espectador a não sair do filme com vontade de revolucionar o mundo ao seu redor.

Roteiro

Isso se dá, obviamente, por um texto muito bem escrito e uma trama bem desenvolvida e bem amarrada. O que significa, portanto, que L.G. Bayão fez um ótimo trabalho na adaptação do livro.

Mas, além disso, as atuações dos atores em cena tambémajudam muito. Apesar de a maioria dos atores nem sequer ter vivido a época (no máximo, eram criancinhas nos anos 80), eles personificam a vontade de transformar da época. Principalmente Flora Diegues, que tem uma atuação tão natural que dá até pra pensar que ela pegou uma máquina do tempo lá em 1982 e saltou na época em que o filme foi gravado. Infelizmente, a atriz faleceu em 2019 e uma das dedicatórias do longa é para ela. Merecidissimo, porque Flora realmente se destaca entre os integrantes da rádio rock.

Sintonia fina

George Sauma interpreta o jornalista Samuca, amigo de colégio de Luiz Antonio que cria a rádio com o colega. A escolha dos dois protagonistas não poderia ser melhor, já que Johnny Massaro e George têm uma química que salta da tela. O jogo de dupla cheio de piadas, típico dos filmes de comédia dos anos 1980, funciona muito bem entre os dois. Os dois atores têm um timing ótimo para comédia e, ao mesmo tempo, conseguem emocionar quando o texto cai para o drama. Tanto George quanto Johnny brilham.

Também brilham a cenografia e o figurino do filme. Cláudio Amaral Peixoto, diretor de arte, e Ana Avelar, figurinista, retrataram tão bem a época que parece que estamos mesmo de volta aos anos 1980. A atenção aos detalhes faz o espectador, principalmente o que viveu tudo aquilo, se sentir dentro da rádio rock.

Nostálgico

Para resumir, é um filme redondinho e gostoso de assistir, com atuações incríveis e uma trilha sonora de arrasar. Duvido sair do cinema sem vontade de ouvir uma musiquinha de rock que seja!

Fique, por fim, com o trailer de “Aumenta que é rock ‘n roll”:

Ficha Técnica

AUMENTA QUE É ROCK ‘N ROLL

Brasil | 2023 | Comédia

Direção: Tomás Portella

Roteiro: L.G. Bayão

Elenco: Johnny Massaro, George Sauma, João Vitor Silva, Marina Provenzzano, Orã Figueiredo.

Produção: Luz Mágica

Coprodução: Globo Filmes e Mistika

Distribuição: H2O Films.

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