“Cessna 182” não é uma ficção, mas uma experiência vivenciada pelo autor que já lançou alguns livros, entre eles “O que tem na casa da Vovó?”, que é uma graça e eu super recomendo!
O vovô ou o artista deve apreciar muito aeronaves, pois o Cessna 187 foi uma aeronave leve proposta pelo fabricante americano Cessna, na década de 1970. Assim como o Modelo 177, mais recente, que foi planejado para substituir o 172 , o 187 foi planejado para substituir o 182.
Nesse novo livro, tudo acontece na Nova Zelândia. O interessante da leitura é que ela também tem versão em inglês. Para as crianças que já são alfabetizadas e estão aprendendo o idioma, acho válido, pois oferece outra dimensão quanto ao novo aprendizado. Gostei muito da ideia do inglês, que inclusive pode servir como exercício para as crianças encontrarem as palavras.
O interessante é que a primeira narrativa da história apresenta o avô e o neto em uma aeronave, mas quando acontece um acidente, quando eles entram em conflito com uma árvore, em outro ângulo a ilustração mostra o avô com um controle remoto nas mãos. Para quem for ler o livro é muito bacana ter essa percepção.
O livro é tendencioso, enveredando pelas sensações boas e pelo dinamismo da vida.
Após o “acidente”, quando o avião fica preso, o vovô apresenta outras brincadeiras até que o pai da criança solucione a questão do avião preso à copa da árvore. Mesmo quando o pai do menino percebe a altura que o avião ficou preso e entende ser impossível a sua retirada, o sujeito do livro imagina que o avião ficaria como marco de uma lembrança entre ele e o vovô.
Achei uma graça esse final, pois legitima o amor das relações fraternais que são eternas.
“Cessna 182” desenvolve a experiência, intensa na infância, de estar concomitantemente em duas posições, como dentro e fora do carrinho que puxam e empurram ou do aviãozinho que fazem voar com as mãos. É uma aventura real vivida pelo avô e o neto pilotando um avião monomotor, leve, onde tiveram bons momentos juntos, envolvendo emoção, alegria, tristeza e amor. O livro tem também texto em inglês, pois foi inspirado numa história real que Gilberto viveu com o neto Tiago no parque em frente à casa dele, na cidade de Auckland, na Nova Zelândia. (sinopse)
O autor
Gilberto Martini nasceu em Niterói, há muitos anos atrás. Tanto tempo já se passou que ele já nem lembra mais quando foi. Formou-se economista na Universidade Federal Fluminense – UFF. Depois, fez pós-graduação em Jornalismo na ESPM – SP. Na universidade, conheceu Sônia e, juntos, tiveram três filhos e (ufa) oito netos. Com eles, filhos e netos, reaprendeu a brincar com a magia da vida. Essa história tem como cenário o Jardim de Luxemburgo, em Paris. Lá, Gilberto conheceu Pablo, Madeleine, Carles e as outras crianças. Também no jardim, conheceu o Dr. Guilhaume e Duque, nosso herói canino, com os quais vivenciou a experiência contada neste livro.
Afinal, adquira aqui: https://www.travessa.com.br/cessna-182-1-ed-2023/artigo/bb43c512-813f-4017-b4f3-5b031c578b22
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