A Mostra Panorama apresenta uma diversidade de filmes internacionais, e entre os destaques está Clandestina, filme dirigido pela portuguesa Maria Mire. O longa mergulha nas práticas de dissidência política, evocando o passado para refletir sobre as lutas atuais. A narrativa acompanha a vida de Margarida Tengarrinha, uma jovem artista que, na segunda metade do século XX, foi convidada a ingressar na clandestinidade em Portugal, desempenhando um papel crucial na resistência antifascista. Ela se tornou falsificadora por militância política, contribuindo para a luta contra a repressão do regime.
Em seguida, dê o play na nossa entrevista com Maria Mire, e continue lendo:
Clandestina não se limita a uma mera reconstrução histórica, mas cria uma ponte entre o passado e o presente, sugerindo que as lições da resistência de outrora podem ter paralelos nas dinâmicas políticas atuais. O documentário utiliza o anacronismo temporal para sugerir uma premonição da repetição trágica da História, fazendo com que o espectador reflita sobre o valor da resistência em tempos de opressão.
Com exibições programadas em diferentes salas de cinema do Rio de Janeiro, Clandestina será apresentado no Estação NET Rio e no Estação NET Gávea, com a presença da diretora em algumas sessões.
Quando e onde ver ‘Clandestina’, de Maria Mire:
- Sábado, 05/10, às 20h45, no Estação NET Gávea 3 (sessão com presença da diretora).
- Quarta-feira, 09/10, às 14h, no Estação NET Rio 5.
- Segunda-feira, 14/10, às 19h, no Estação NET Rio 5.
- Ficha Técnica
- Direção: Maria Mire
- Assistente de direção e direção de fotografia: Miguel Tavares
- Direção de som: Ricardo Guerreiro
- Direção de arte: Maria Mire
- Montagem: Luisa Homem
- Música e design de som: Ricardo Guerreiro
- Produção: Luisa Homem, João Matos, Leonor Noivo, Pedro Pinho, Susana Nobre e Tiago Hespanha
Sobre a Diretora
Nascida em Maputo, em 1979, Maria Mire vive e trabalha em Lisboa. Doutora em Arte e Design pela FBAUP, a cineasta foca-se nas questões da percepção da imagem em movimento. Com uma trajetória que inclui a realização de documentários como Parto sem dor, premiado no Porto Femme International Film Festival, Maria continua a colaborar em projetos artísticos e de crítica em Portugal. Clandestina reafirma seu compromisso em explorar a resistência política e a memória histórica através do cinema.
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