No último dia 20 de setembro, a Feira de São Cristóvão completou 80 anos de história. Para marcar a data simbólica, os próprios feirantes organizaram uma celebração autônoma que uniu tradição, cultura e comunidade. O evento contou ainda com a posse simbólica de Pedro Porto como novo gestor do espaço, nomeado oficialmente pela Prefeitura do Rio de Janeiro.
A cerimônia foi marcada pela presença de autoridades e personalidades ligadas à história da feira, como o vice-governador de Alagoas, Ronaldo Lessa, e o subsecretário da Secretaria Municipal de Assistência Social, Léo Lupi, que representou a secretária Martha Rocha. O encontro ocorreu horas antes do show de Fagner, padrinho histórico da feira, que encerrou a noite de comemorações.
Durante o ato, os feirantes destacaram a importância de reforçar sua autonomia e protagonismo no cotidiano da feira. A posse simbólica de Pedro Porto, cearense assim como Fagner, representou um gesto de confiança mútua entre trabalhadores e poder público.
História e continuidade da Feira de São Cristóvão
A Feira de São Cristóvão nasceu em 1945, a partir do encontro de migrantes nordestinos que chegaram ao Rio de Janeiro, transformando-se em um polo de cultura, gastronomia e identidade popular. Oficialmente organizada no Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas, reúne há oito décadas música, culinária, artesanato e manifestações culturais, consolidando-se como um dos maiores símbolos da presença nordestina na cidade. A comemoração de seus 80 anos marca não apenas a preservação dessa memória coletiva, mas também a renovação do compromisso dos feirantes e da gestão pública em manter viva a tradição e projetar seu futuro como referência cultural do Brasil.
Na solenidade, foi lembrado o papel de Ronaldo Lessa em processos anteriores de valorização do espaço, como em 2004, quando esteve ao lado do líder histórico Agamenon e do então prefeito César Maia na revitalização do Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas.
Além da transição de gestão, a celebração coincide com ações de cuidado e revitalização, incluindo mutirões e a restauração da estátua de Luiz Gonzaga. Para os feirantes, o momento representa esperança e união sob a nova liderança.
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