Elza Soares. Mulher, negra, independente, guerreira e de muita fibra. Símbolo de resistência cultural, Elza Soares nasceu na zona oeste no Rio de Janeiro. A artista sempre se reinventou cantando samba, bolero, jazz, pop e funk. Tanto talento que foi reconhecida como voz do milênio em 1999 pela revista BBC.
Homenageada este ano pela Mocidade Independente de Padre Miguel, a cantora virou o enredo “Elza Deusa Soares” pela sua importante ligação com a agremiação e com a cultura do país. Além disso, mais uma curiosidade, Elza foi umas das primeiras intérpretes numa agremiação.
Este ano, tive a oportunidade dada pela empresa Twelve de trabalhar na exposição sobre o enredo da Verde e Branca de Padre Miguel, na Biblioteca Parque Estadual, no Centro do Rio de Janeiro.
Afinal, a experiência foi única. Enriquecedora demais. Como foi bom entender pelos olhares e pelas conversas a importância de Elza para o público. Além da exposição, conseguimos montar rodas de conversas com temáticas relacionadas às lutas de Elza.
Mocidade Independente de Padre Miguel e a exposição
A Mocidade Independente de Padre Miguel apresentou o desfile “Elza Deusa Soares” no dia 24 de fevereiro de 2020 e conquistou o terceiro lugar do Grupo Especial. Contudo, a exposição ocorreu na Biblioteca Parque Estadual entre os dias 07 de fevereiro e 19 de fevereiro. Algumas fantasias foram expostas, assim como explicações sobre o desenvolvimento do tema, vídeos, fotos, e o trono que Elza desfilou em 2019. Juntamente com a exposição, ocorreram rodas semanais de bate-papo com personalidades da escola, do samba e da cidade.