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CinemaCrítica

Crítica: ‘A Queda do Céu’: Cultura, Resistência e Aprendizados

Por
Mariana Esberard
Última Atualização 13 de outubro de 2024
3 Min Leitura
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Dirigido por Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha, o documentário A Queda do Céu é baseado no livro homônimo e acompanha um ritual Yanomami que busca segurar o céu. A obra foi exibida no Festival do Rio, trazendo uma mensagem potente e relevante.

Diferente de uma abordagem clássica etnográfica, o filme se coloca como um observador, permitindo que a história se desenrole com naturalidade. A única tradução disponível para o público de Língua Portuguesa é através de legendas, preservando o idioma original.

Ritmo do filme

Nos primeiros minutos, um longo plano-sequência estabelece que a câmera muitas vezes permanece imóvel, funcionando como um registro silencioso. A abordagem respeita profundamente o tempo e o ritmo da cultura Yanomami. As ações são captadas com tranquilidade, permitindo que o povo conduza a narrativa, e não o roteiro.

Essa perspectiva traz inúmeras reflexões. Em um mundo acelerado e dinâmico, onde vídeos nas redes sociais contam histórias em 30 segundos, o ritmo do filme nos ensina a desacelerar. A antropologia e os estudos etnográficos também propõem que o observador estude o que se vê, enquadrando a cultura em moldes que podem ter juízo de valor, influenciando na narrativa final, o que é mitigado nesta obra, na busca por uma observação pura.

Resistência

O filme traz uma crítica contundente ao mostrar o sofrimento dos Yanomami frente às ações do homem branco, a quem Davi Kopenawa, figura central da narrativa, chama de ‘povo da mercadoria’. Questões como garimpo, agronegócio, poluição e disseminação de doenças são tratadas como parte dessa intrusão.

Ao longo do filme, um dos principais ensinamentos do xamã Davi Kopenawa é o respeito – pelos mortos, pela natureza, pelos ritos e pela cultura de modo geral. A obra é um convite aos sentidos: ouvir a natureza, valorizar o saber popular e desacelerar, contemplando em um ritmo distinto do que as cidades propõem. Contudo, não se engane: o filme não é leve ou simples. Ele carrega uma narrativa de resistência, luta por direitos e proteção ambiental e cultural.

Por fim, veja:

Crítica | ‘Serra das Almas’ traz ação e emoção ao Festival do Rio

Crítica: ‘Quando Vira a Esquina’ é um retrato feminino da mítica Vila Mimosa; confira entrevista exclusiva com a diretora e roteirista Chris Alcazar

Tags:a queda do céuCinemafestival do riofestival do rio 2024
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