Uma continuação com melhores cenas de ação, apresentação de novos personagens (mocinhos e vilões) e que aprofunda seu universo, “Duna: Parte 2” cumpre o papel de sequência
com maestria.
Se, na primeira parte, lançada em 2021, o diretor Dennis Villeneuve já trouxe momentos audiovisuais exuberantes, na segunda impressiona ainda mais. Os momentos que aparecerem monstros e explosões são impactantes e faz a audiência se sentir pequena diante do mundo criado na tela. Mais uma vez, testemunhamos maquiagens e figurinos capazes de demonstrar tradições, culturas e caráteres antes mesmo do personagem soltar uma palavra.
A direção de arte em filmes de ficção científica e fantasia é essencial para fazer o público acreditar no universo e mergulhar na história e, em “Duna: Parte2”, a equipe cumpriu seu papel com excelência.
E por falar em ficção científica e fantasia… “Duna: Parte 2” não tem preocupação em se manter fiel a gêneros. O filme mergulha no misticismo das religiões apresentadas na primeira parte da saga e consegue lidar com profecias (imprescindíveis à narrativa dos longas) muito bem. Por esses e outros motivos, é impossível afirmar que o mundo de Duna não é mágico. Ao mesmo tempo em que existem viagens interestelares, veículos de guerra tecnologicamente avançados, temos
duelos de espadas e feiticeiras encapuzadas. É alta fantasia, soft sci-fi ou uma aventura no espaço? Não importa, pois acreditamos naquele mundo e nos importamos com aqueles
personagens.
Sobre os personagens, filmes que misturam fantasia e ficção científica geralmente contam com uma figura importantíssima: o vilão que representa o ápice da maldade. Porém, Barão Harkonnen, interpretado por Stellan Skarsgård nos dois longas da saga, passa longe de ter o
carisma maligno de Sauron, Voldemort e Imperador Palpatine. É importante ressaltar que isso é um problema de roteiro e não da atuação do ator sueco. Felizmente, esse aspecto é melhorado na parte dois com a presença de “Feyd-Rautha” (Austin Butler) que quase chega lá. Não é um dos malvados mais carismáticos do cinema, mas já é melhor que o Barão.
Longa duração
É verdade que as 2h46min da obra às vezes parecem arrastadas. Fica a dúvida se o filme poderia ter uma duração menor. Contudo, há valor num diretor desafiar o público acostumado com a instantaneidade das redes sociais a manter a concentração por quase três horas. Talvez, este seja tempo necessário para que “Duna: Parte 2” consiga imergir o público em um mundo fictício que ignora os limites da ficção científica e fantasia.
Afinal, “Duna: Parte Dois” explora a épica jornada de Paul Atreides (Timothée Chalamet), que agora se une a Chani (Zendaya) e aos Fremen. Juntos, enfrentam a possibilidade de uma guerra; Paul busca vingança contra os conspiradores que devastaram sua família. Enfrentando a árdua decisão entre o amor de sua vida e o destino do universo, Paul se esforça ao máximo para impedir o futuro sombrio que só ele pode antever. O filme estreia em 29 de fevereiro de 2023.
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Gostei bastante do primeiro e fiquei mais curioso agora pelo segundo.
Se gostou do primeiro, é impossível não gostar do segundo, pois leva tudo a outro patamar.