O diretor Danny Boyle e o roteirista Alex Garland chegam com Extermínio: A Evolução (28 years later), uma nova história ambientada no universo de Extermínio. A base agora é um drama familiar e lições de uma vida apocalíptica, mas que servem para o mundo “real”. Tudo se passa quase 30 anos após o vazamento do vírus da raiva de um laboratório de armas biológicas. Agora, a sociedade vive sob uma quarentena brutal, mas alguns conseguiram sobreviver, como um grupo isolado em uma ilha protegida por uma única passagem.
Boyle continua com seu poder de gerar tensão e realizar boas cenas de ação, mas nos presenteia também com belíssimas tomadas em campos floridos e planos abertos estupendos. Os cortes rápidos e a dinamicidade que o diretor implementa são pano de fundo para um drama familiar. O jovem Spike (Alfie Williams) passa por um rito de passagem para a vida adulta junto com seu pai Jamie (Aaron Taylor-Johnson) enquanto sua mãe sofre com uma doença.
Na jornada, há espaço para a poesia e belos aprendizados sobre vida e morte, em especial quando começa a participação do sempre excelente Ralph Fiennes como Dr. Kelson, o qual ajuda a passar ma importante lição ao jovem Spike sobre memento mori e memento amoris.
Memento mori significa “lembre-se de que você vai morrer” e nos convida a viver com mais consciência, diante da finitude da vida. Já memento amoris quer dizer “lembre-se do amor” e nos incentiva a valorizar as conexões e afetos como sentido essencial da existência. Ambos se complementam, unindo a consciência da morte à importância do amor. O filme entrega isso de uma forma bonita e delicada em seu melhor momento, cheio de metáforas e boas tomadas.
O final de Extermínio: A Evolução é puro rock and roll e planta a semente de um futuro com ainda mais ação e diversão com Jimmy Crystal (Jack O’Connell).
Afinal, Extermínio: A Evolução tem bons momentos, não marca ou impacta como os anteriores, mas inicia um novo caminho dentro da franquia.
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