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Os Roses: Até que a Morte os Separe
Cinema e StreamingCrítica

Crítica: ‘Os Roses’ reinventa clássico com humor ácido e elenco de peso

Por
André Quental Sanchez
Última Atualização 25 de agosto de 2025
5 Min Leitura
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Benedict Cumberbatch e Olivia Colman em cena de Os Roses: Até que a Morte os Separe- Divulgação Searchlight Pictures
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Dirigido por Jay Roach, Os Roses atualiza a produção para o século XXI, se utilizando do carisma de seus atores e de um humor seco para construir um excelente filme.

A estética cinematográfica mudou muito ao longo dos anos, tanto em questões narrativas, como o uso de determinadas cenas que eram cômicas na época, mas que hoje já não funcionam, quanto em questões técnicas envolvendo fotografia, direção e, principalmente, ritmo. Essa transformação fica evidente em alguns remakes de produções clássicas que, ao serem reinterpretados sob a lente da sociedade atual, perdem justamente aquilo que os tornava especiais. Exemplos recentes incluem As Panteras (2019, Elizabeth Banks) e O Corvo (2024, Rupert Sanders). Inicialmente, parecia que Os Roses: Até Que A Morte os Separe seguiria pelo mesmo caminho, mas, contrariando as expectativas, o longa se revela um entretenimento eficiente, instigante e em sua própria maneira, único.

Vale destacar que tanto o novo filme quanto o caótico A Guerra dos Roses (1990, Danny DeVito) são inspirados no livro A Guerra dos Roses (1981, Warren Adler). Assim, ambos podem ser considerados diferentes interpretações do mesmo material literário: o de DeVito, marcado pelo humor, pela estética e pelas convenções sociais dos anos 1990; o de Roach, atravessado pelas marcas culturais e artísticas do século XXI. Dessa forma, não é justo enxergar a produção recente como um “simples remake“; trata-se, na verdade, de um novo olhar sobre uma história conhecida.

A trama acompanha Ivy, Olivia Colman, uma chef de cozinha bem-sucedida, e Theo, Benedict Cumberbatch, um arquiteto ambicioso. Após um acontecimento que abala a vida perfeita do casal, eles iniciam uma guerra conjugal que vai das mágoas veladas às provocações públicas, até chegar à violência direta, demonstrando um casamento em rota de colisão inevitável.

Os Roses: Até que a Morte os Separe

Benedict Cumberbatch e Olivia Colman em cena de Os Roses: Até que a Morte os Separe- Divulgação Searchlight Pictures

Jay Roach, experiente no campo da sátira após dirigir os filmes da franquia Austin Powers, conduz o material com segurança. O roteiro, assinado por Tony McNamara, de A Favorita (2018, Yorgos Lanthimos), aposta em uma narrativa seca, direta e quase Shakesperiana, potencializada pelas performances impecáveis de Colman e Cumberbatch, possivelmente em um dos pontos altos de suas carreiras, juntamente com um elenco coadjuvante, formado por Andy Samberg, Ncuti Gatwa, Allison Janney e Zoë Chao, que brilham mesmo em aparições breves.

Embora dialogue com o filme de DeVito, o longa de Roach constrói algo genuinamente seu, principalmente ao alterar a dinâmica de poder dentro do casal, antes mais rígida e tradicional dentro do papel de gênero da sociedade dos anos 90, e que agora se encontra muito mais equilibrada, adicionando uma camada de frescor e contemporaneidade à narrativa. Colman e Cumberbatch, que também atuam como produtores executivos, interpretam personagens que não são modelos de moralidade, reforçando a essência satírica do texto de Warren Adler.

Com pouco mais de 100 minutos de duração, o filme desenvolve-se de forma paciente, apresentando um ritmo bem mais lento do que o caos proporcionado pela produção de 1990, deixando pelo caminho pequenas pistas narrativas que culminam em desfechos satisfatórios. Embora demore a mergulhar no caos prometido pelos trailers e pelo próprio título, o terceiro ato compensa a espera, entregando uma conclusão intensa, irônica e corajosa dentro da estrutura narrativa que se propõem.

Os Roses: Até que a Morte os Separe

Andy Samberg e Benedict Cumberbatch em cena de Os Roses- Divulgação Searchlight Pictures

A comédia aqui não busca gargalhadas estrondosas, mas se manifesta nos absurdos e nas tiradas afiadas dos personagens. O humor, mordaz e britânico, mantém uma leveza particular mesmo nos momentos mais brutais e apesar de não chegar ao nível caótico da versão de DeVito, encontra alternativas criativas ao incorporar elementos contemporâneos, como casas inteligentes e a onipresença da internet, para atualizar os conflitos e reforçar sua sátira sobre as dificuldades da vida conjugal a dois.

Distribuído pela Searchlight Pictures, Os Roses: Até Que A Morte os Separe estreia nos cinemas em 28 de agosto.

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Tags:Filme the rosesResenha the rosesThe roses criticaThe roses é bon
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