O mundo real está cheio de novidades que podem criar um impacto imediato na humanidade. É nessa linha de pensamento que o filme Resistência (The Creator) foi idealizado.
Dirigido por Gareth Edwards, de Godzilla (2014) e Rogue One (2016), o longa de um pouco mais de duas horas mostra uma guerra contra as inteligências artificiais que hoje estão tão em evidência.
No planeta Terra de hoje é praticamente impossível viver sem a tecnologia que não para de avançar para um futuro cada vez mais inesperado.
E talvez por isso, seja tão interessante assistir Resistência.
A história de Resistência
Resistência é sobre uma futura guerra entre a raça humana e as forças da inteligência artificial. Após um acidente nuclear fatal, criou-se um impasse impossível de ser resolvido sem ser na base da força.
Joshua (John David Washington), um amargurado ex-agente das forças especiais que lamenta o desaparecimento de sua esposa Maya (Gemma Chan). Por isso, é recrutado para caçar e matar o Criador, o indescritível arquiteto da IA ??avançada que teria desenvolvido uma arma misteriosa. Tal poder poderia destruir toda a humanidade.
Olhar diferenciado
Resistência tem um olhar diferenciado para a questão tecnológica e até mesmo elementos religiosos. Há uma forma dúbia de se entender enquanto humanos e o que podemos de fato fazer.
Afinal, as máquinas foram criadas por nós e o embate, de fato, poderia estar ligado ao que nós somos por dentro.
Além disso, tem caminhado lado a lado com outras obras conhecidas do público tal como Blade Runner (1982), Aliens (1986). Isso sem falar, inevitalvemente, tudo da saga O Exterminador do Futuro (1984) e Matrix (1999).
Boa atuação rende bons momentos
John David Washington para quem não sabe é filho do maravilhoso Denzel Washington. Ele já havia brilhado em Infiltrado na Klan (2018),de Spike Lee e se aventurado na ficção científica no confuso Tenet (2020), de Christopher Nolan.
Apesar de ainda não ter o carisma hipnótico do pai, o pequeno Washington segura bem o papel de protagonista e sabe reproduzir boas cenas de ação. Contudo, é nos momentos com a pequena Madeleine Yuna Voyles, que intepreta a androide Alphie, onde sua atuação se sobressai.
Porém, os outros personagens não possuem tempo de tela necessário para que nos importemos com eles. Mesmo o sempre talentoso Ken Watanabe (Batman Begins) parece ter sido prejudicado por não ser bem definido.
Mas a direção de Gareth Edwards é um outro destaque importante. Acostumado com obras desse tamanho impacto visual desde o ótimo Monsters (2010), o homem por trás das câmeras soube dosar explosões com dramas improváveis.
É um pouco exagerado apontar Resistência como um dos melhores filmes do ano, mas é inegável dizer se tratar de uma boa surpresa.
Se você curte uma boa dose de sci-fi e um toque de drama e críticas aos EUA, acho que vai curtir a ida ao cinema.
Resistência estreia nesta quinta-feira, dia 28 de setembro.