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Cinema

Crítica | ‘Urso do Pó Branco’ se beneficia de um humor mais cartunesco

Filme baseado em fatos reais acerta em não se levar a sério em momento algum.

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Sempre que aparece um filme com um plot muito absurdo envolvendo animais assassinos é normal que se fique com uns bons pés atrás. Mas o Urso do Pó Branco se destaca diante da trasheira de tubarões em um furacão ou castores zumbis, é uma comédia que funciona muito bem. Com boas atuações que sustentam a comédia e um urso carismático e bem feito, o filme é uma boa escolha para a diversão do fim de semana.

Depois de uma operação de contrabando de drogas fracassada, um urso negro ingere uma grande quantidade de cocaína e começa uma matança. Agora crianças que mataram aula, traficantes, um grupo de delinquentes e uma equipe de busca terão que sobreviver a um urso fora de controle.

Não vá esperando um filme de terror

Urso do Pó Branco não se leva a sério em momento algum, ele já é baseado em uma história real bem patética. O caso ocorreu em 1985 quando traficante transportava 40 pacotes de cocaína em um avião. Por um motivo até hoje não descoberto, o americano começou a descartar a droga no ar e pulou de paraquedas com alguns pacotes amarrados no corpo. Encontrado morto em uma casa, a autópsia revelou que o peso do seu corpo somado ao peso das drogas impediu a abertura do paraquedas. Um urso realmente ingeriu a droga e morreu de overdose.

O filme brinca com a desinformação sobre ataques de ursos de maneira inteligente e abusa de estereótipos de americanos. A maior diferença desse filme para os demais na mesma pegada é que ele tem bons atores que abraçaram a canastrice. Vale o destaque para os pequenos Christian Convery (Sweet Tooth) e Brooklynn Prince (Projeto Flórida) que já haviam brilhado em produções anteriores e aqui seguem dando um show.

O gore é contido

Mesmo não sendo um filme de terror era de se esperar uma pouco mais de brutalidade, mas mesmo as cenas de morte são mais voltadas para o humor. Tem momentos que remetem a desenhos animado onde algo grotesco acontece fora da tela e só salta um braço ou uma perna arrancado para gerar aquele horror exagerado no personagem em cena.

Esse humor físico é muito presente no filme e a diretora Elizabeth Banks soube trabalhar com ele. Vale destacar também a trilha sonora de Mark Mothersbaugh (Thor Ragnarok) repleta de sintetizadores e que ajudam a deixar o clima de anos 80.

Urso do Pó Branco estreia hoje nos cinemas brasileiros. Confira o trailer:

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Estudante de Comunicação Social com foco em Cinema. Além dos filmes, amo quadrinhos e vídeo games, sempre atrás de boas histórias.

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Cinema

Museu do Amanhã exibirá filmes da Mostra Ecofalante de Cinema durante a SEMEIA, Semana do Meio Ambiente 2023

Serão 10 filmes do mais importante evento audiovisual sul-americano dedicado a temas socioambientais

Publicado

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Aguas Do Pastaza ecofalante 2023 SEMEIA

Como parte da programação da SEMEIA, a Semana do Meio Ambiente do Museu do Amanhã, o equipamento cultural exibirá 10 filmes da Mostra Ecofalante de Cinema, um dos maiores festivais do Brasil e o mais importante evento audiovisual sul-americano dedicado a temas socioambientais.

A princípio, as sessões acontecerão entre os dias 6 e 9 de junho e contarão com acessibilidade para pessoas surdas. No dia 7, uma das produções contará também com Closed Caption e, no dia 8 de junho, no feriado de Corpus Christi, a exibição terá, ainda, com Closed Caption, audiodescrição e Libras.

Destaques

A programação da mostra abre no dia 6 de junho com o filme “Águas do Pastaza”, sobre a comunidade Suwa, localizada na fronteira entre o Equador e o Peru.

No dia 7, os curtas “Dia de Pesca e de Pescador” e “Osiba Kangamuke- Vamos lá Criançada” falam sobre como o brincar está inserido no dia a dia das crianças indígenas e como o cotidiano dessas comunidades se reproduzem de forma lúdica.

“Crescer onde nasce o sol” se passa numa comunidade onde o brincar parece não ter lugar e este ato se torna quase uma ação de resistência pelas crianças que, brincando, sonham com um futuro melhor. Por fim, “Aurora, a Rua que Queria Ser Rio” traz a história de um rio reprimido e canalizado para dar lugar ao “progresso”.

No dia 8 de junho, o documentário “Mata” abordará a resistência de um agricultor e uma comunidade indígena diante do avanço das plantações de eucalipto. A sessão será a única com Closed Caption, audiodescrição e Libras. Para encerrar, o último dia abre com “Borboletas de Arabuko”, que retrata o ofício de cultivadores de borboletas no Quênia e como essa prática incomum acabou ajudando a preservar a maior e última floresta remanescente da África Oriental. Em seguida, “Movimento das Mulheres Yarang” documentou a história de um grupo de mulheres do povo Ikpeng, que formou um movimento para coletar sementes florestais e restaurar as nascentes do Rio Xingu, que passa por suas aldeias. Por fim, “Meu Arado, Feminino”, destaca a pluralidade feminina do campo e seu elo com a natureza.

SEMEIA

De 5 a 11 de junho, a SEMEIA, Semana do Meio Ambiente do Museu do Amanhã, que faz parte da rede de equipamentos da Secretaria Municipal de Cultura, trará uma programação com rodas de conversa, oficinas, filmes, ativações artísticas e shows. Afinal, o objetivo é promover trocas e aprofundamentos sobre temas como preservação da água, saberes tradicionais, soberania alimentar, crise climática, direito à informação e cooperação para a sustentabilidade. Todas as atividades são gratuitas e algumas precisam de inscrição antecipada porque estão sujeitas a lotação.

Em seguida, confira a programação da Mostra Ecofalante durante a SEMEIA:

6 de junho

14h – Mostra Ecofalante

Mostra de cinema

Onde: Observatório

Filme Águas de Pastaza (Inês T. Alves, Portugal, 60′, 2022) *com Libras

Parceria: Mostra Ecofalante

Classificação: Livre

Inscrições antecipadas via Sympla (lotação limitada a 30 pessoas)

7 de junho

14h – Mostra Ecofalante

Mostra de cinema

Onde: Observatório

Dia de Pesca e de Pescador (Mari Corrêa, Brasil, 2015, 3′) *com Libras

Osiba Kangamuke- Vamos lá Criançada (Haja Kalapalo, Tawana Kalapalo, Thomaz Pedro, Veronica Monachini, Brasil, 2016, 19′) *com Libras

Crescer onde nasce o sol (Xulia Doxágui, 2021, Brasil, 13′)*com Libras e Closed Caption

Aurora, a Rua que Queria Ser um Rio (Redhi Meron, 2021, Brasil, 10′) *com Libras

Parceria: Mostra Ecofalante

Classificação: Livre

Inscrições antecipadas via Sympla (lotação limitada a 30 pessoas)

8 de junho

14h – Mostra Ecofalante

Mostra de Cinema

Mata (Fábio Nascimento, Ingrid Fadnes, 2020, Brasil / Noruega, 79′) *com Libras, Closed Caption e audiodescrição

Onde: Observatório

Parceria: Mostra Ecofalante

Classificação: Livre

Inscrições antecipadas via Sympla (lotação limitada a 30 pessoas)

9 de junho

14h – Mostra Ecofalante

Mostra de Cinema

Onde: Observatório

As Borboletas de Arabuko (John Davies, 2020, Reino Unido, 10′) *com Libras

Yarang Mamin – Movimento das Mulheres Yarang (Kamatxi Ikpeng, 2019, Brasil, 21′) *com Libras

Meu Arado, Feminino (Marina Polidoro, 2021, Brasil, 21′) *com Libras

Parceria: Mostra Ecofalante

Classificação: Livre

Inscrições antecipadas via Sympla (lotação limitada a 30 pessoas)

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