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Lilo e Stitch
Cinema e StreamingCrítica

Crítica: Lilo e Stitch APRIMORA o original ao focar no amor fraternal

Por
André Quental Sanchez
Última Atualização 19 de maio de 2025
8 Min Leitura
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Dirigido por Dean Fleischer Camp, Lilo e Stitch honra a animação, ao mesmo tempo que aprofunda não somente a relação de Lilo e Stitch, mas, principalmente de Lilo e Nani

Ao longo de 100 anos de história, a Walt Disney Studios se encontra atualmente em sua oitava grande fase. Estas fases merecem um texto a parte para analisar cada uma delas, porém, podemos dizer que ela se iniciou na Era de Ouro com Branca de Neve (1938, David Hand), e passou por altos e baixos como a crise durante o Período da Guerra, uma recuperação na Era de Prata, uma queda na Era Sombria/Era de Ouro, a primeira fase após a morte de Walt Disney, seguido de uma ressureição na Renascença, o tiro livre na época da Experimentação, para em seguida termos a Nova Renascença, e chegarmos na fase que nos encontramos hoje: A Era dos Live-Actions.

Desde que Alice no País das Maravilhas (2010, Tim Burton) demonstrou o potencial em re-imaginar seus maiores clássicos, a Disney iniciou uma produção em massa que levou a grandes produções que dialogavam com os maiores sucessos da época de Ouro, Prata e da Renascença, períodos que trouxeram grandes filmes do estúdio e foram, por consequência adaptados em live-actions, levando a bilheterias bilionárias, como A Bela e a Fera (2017, Bill Condon) e O Rei Leão (2019, Jon Favreau), porém, na medida que os filmes mais clássicos já estão sendo adaptados, os olhares se voltam para outras eras, como a fase da Experimentação.

A Fase da Experimentação (2000-2009) foi tumultuosa, durante estes quase 10 anos ocorreu um distanciamento dos contos de fadas tradicionais, focando em histórias de famílias. Neste período tivemos novidades em questões técnicas, porém, poucos de seus filmes encontraram um sucesso duradouro de público e crítica, com exceção de alguns como A Nova Onda do Imperador (2000, Mark Dindal) e um pequeno filme chamado Lilo e Stitch (2002, Chris Sanders, Dean DeBlois).

Todos conhecem a história de Lilo e Stitch, seu simbolismo com o conto de fadas do patinho feio, seu humor lunático que beira Looney Tunes, as músicas de Elvis que nos abençoam a cada momento, e a história eterna de duas irmãs que descobrem o verdadeiro significado de Ohana, sendo reconhecido como um dos maiores filmes da fase experimental. Entre todos os live-actions anunciados, Lilo e Stitch é um dos que mais levanta o interesse do público, e com razão, afinal, este filme provavelmente fará um bilhão em bilheteria, no período de dois meses, somente baseado no marketing em cima do alienígena azul.

Lilo e Stitch

Maia Kealoha, Sydney Agudong e Stitch em cena de Lilo e Stitch– Divulgação Walt Disney Studios

A escolha do relativamente desconhecido, Dean Fleischer Camp, como diretor foi um tiro certeiro. A cada plano da produção, é mostrado algo que amplia, ou aprimora, uma cena da animação original de Lilo e Stitch, algumas vezes repetindo o mesmo diálogo, ou a mesma mise en scene, porém, na medida que caminhamos para um terceiro ato bem diferente da animação, percebemos mais nitidamente do que nunca que o centro da produção nunca foi a relação entre uma menininha e seu alienígena, mas a forma como a relação entre duas irmãs foi remediada por conta disso.

Em entrevista, Chris Sanders, co-diretor da animação original e dublador de Stitch, diz que ficou frustrado pelo crédito que Frozen (2013, Chris Buck e Jennifer Lee), ganhava por conta da relação entre as duas irmãs, sendo tratado por muitos fãs como algo icônico e único, quando já havia sido feito anos antes em Lilo e Stitch.

Dean Fleischer Camp provavelmente leu esta entrevista, e levou este amor fraternal à décima potência, afinal, tanto Lilo quanto Nani são personagens femininas fortes, porém, o que o live-action enfatiza, enquanto a animação deixa mais nas entrelinhas, é o fato que ambas são extremamente parecidas em seus gostos e atitudes, porém, não conseguem se entender por conta de amargura, remorso e medo, principalmente da parte de Nani.

Por conta da animação apresentar liberdades que o live-action não consegue transmitir em sua totalidade, vide a discussão sobre os disfarces de Pleakley, decisões criativas necessitaram serem tomadas, assim, foram mantidos os melhores momentos da animação, como a fuga de Stitch e até mesmo trocas de diálogos, as músicas de Elvis, trazendo sorrisos para os fãs mais nostálgicos, e o humor cartoonesco do desenho, principalmente o físico, mas, muito além disso, foram adicionadas camadas muito mais profundas em seus personagens.

Nani agora apresenta uma história pregressa, ela não é somente a irmã e guardiã de Lilo, mas, também é uma gênia, a melhor aluna da sala, tendo sido obrigada a abandonar tudo em pró da irmã, porém, o que é deixado claro como água, é o fato que apesar dela tentar, Nani não consegue ser a melhor mãe para Lilo, e nesta busca por perfeição, também não consegue ser a melhor irmã.

Lilo e Stitch

Zach Galifianakis como Jumba Billy Magnussen como Pleakley em cena de Lilo e Stitch- Divulgação Walt Disney Studios

O maior acerto na adaptação de Lilo e Stitch foram as adaptações orgânicas que tornam o filme relevante por si, não somente um copia e cola do original, as interações das irmãs se destacam nisso, a diferente personalidade de Cobra Bubbles também, o fato de Jumba ser o verdadeiro antagonista da história, no lugar de um ausente Capitão Gantu, é a cereja do bolo que altera toda a produção, principalmente o seu clímax, não tão divertido quanto a animação, e o seu final, bem mais potente que a animação.

Me sinto no direito de ressaltar que a trilha sonora de Dan Romer não chega aos pés da força trazida por Alan Silvestri no filme original, porém, apesar de apresentar algumas pequenas questões em noções de ritmo, seria crueldade não aceitar Lilo e Stitch como um dos live-actions mais orgânicos, engraçados e potentes da Disney, um acerto que necessário após o fracasso de público e crítica que foi Branca de Neve (2025, Mark Webb).

Lilo e Stitch é uma produção Walt Disney Studios e estreia nos cinemas nacionais no dia 22 de Maio de 2025.

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Tags:CinemacríticadisneyLilo e Stitchlive-actionStitch
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