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Blue Light | Livro é uma fantasia sobrenatural com segredos monárquicos e batalhas contra as trevas

A protagonista está na década de 2050, em Skylight, uma metrópole moderna governada por uma família real

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livro blue light uma fantasia cristã

A princípio, imagine acordar em um dia qualquer sem nenhuma lembrança sobre sua vida. Você não se recorda do próprio nome, e nem ao menos tem certeza se é humano. Tudo o que tem é uma carta com uma frase misteriosa, uma coroa dentro da bolsa e o fato de ser invisível para outras pessoas. Dessa forma, começa a saga de Aurora, do livro Blue Light, de Camila do Carmo Falcão, que precisa desvendar os enigmas da própria existência a partir desses elementos fragmentados e aparentemente sem relações entre si.

A protagonista se encontra na década de 2050, em Skylight, uma metrópole moderna governada por uma família real que não costuma aparecer em público. Nesta cidade com milhares de habitantes, ela coloca a coroa na cabeça pela primeira vez e ilumina-se por inteiro, causando uma comoção entre os moradores que acreditam estar na presença de um anjo.

Assustada e com roupas destruídas, Aurora busca um lugar para se refugiar e encomendar novas peças de vestuário. É assim que seu caminho cruza o de Dominique, um jovem e humilde costureiro responsável por produzir vestimentas para a população pobre. Os dois se unem para desvendar os mistérios por trás da existência da personagem, mas ele também esconde grandes segredos sobrenaturais.

Salvação

Por que eu tenho que salvar o reino? A mesma sensação estranha de antes me sobreveio, era uma sensação de ter o dever de fazer o que era certo. Algo parecia estar me atraindo para o castelo. Passei pelos muros, pelos guardas e me vi de frente para a grande porta de vidro! Como entrar? Então vi novamente aquela garota, seja lá quem fosse ela, era a minha única chance de entrar. (Blue Light, pg. 63)

Compromissada com sua ética, e após descobrir seus poderes mágicos para controlar a luz, a protagonista vai enfrentar uma gangue prestes a atacar os membros da realeza, a corrupção institucionalizada da polícia e uma figura semelhante a ela, mas que é a personificação das trevas. A trama, porém, não acaba nesta obra: a autora planejou uma saga de sete livros denominada “Luzes Brilhantes”.

Afinal, com capítulos curtos, ilustrações complementares à história e detalhes que dão pistas sobre as próximas reviravoltas, Camila do Carmo Falcão busca deixar os leitores atentos até a última página. Blue Light é uma fantasia que utiliza preceitos cristãos para abordar temas como moralidade, bondade e justiça, contudo, procura ser para todos os públicos, porque apresenta tais elementos de forma implícita, como a questão dos anjos.

“O livro leva uma mensagem universal de forma divertida, cheia de aventuras e ensinamentos para toda a vida”, explica Camila.

FICHA TÉCNICA

Título: Blue Light
Autora: Camila do Carmo Falcão
ISBN: B0BVGGMJ1
Páginas: 82
Preço: R$ 79,97 (físico) e R$ 34,90 (e-book)
Onde comprar: https://www.amazon.com.br/Blue-Light-Camila-Carmo-Falca%25CC%2583o-ebook/dp/B0BVGGMJ11/ref=sr_1_5?__mk_pt_BR=%25C3%2585M%25C3%2585%25C5%25BD%25C3%2595%25C3%2591&crid=2CKMH2G5L7DBO&keywords=blue+light&qid=1681709289&s=digital-text&sprefix=blue+light%252Cdigital-text%252C312&sr=1-5&_encoding=UTF8&tag=alvaro0e2-20&linkCode=ur2&linkId=69f5a2de6e00c8830d65d1825c953ef1&camp=1789&creative=9325">AmazonAmazon

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Literatura

Confira a resenha do livro ‘Eu Protesto’, por Paty Lopes

Obra traz olhares significativos

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E sempre vamos protestar!

Eu protesto! E sempre vamos protestar!

“Mas Paty, já incluímos política na leitura infantil?” Sim! Seus filhos já protestam ao nascer, ao sair do útero quentinho e confortável por onde esteve 9 meses. Depois protesta pelo peito, pela fralda que deve ser trocada e consequentemente com o passar do tempo para não usar fralda. Logo, escolhem as roupas e protestam quando querem usar uma roupa que não interessa!

Protestam por espaços e devem entender que a escola, por exemplo, é um direito adquirido e deve-se ocupar e protestar o quanto for necessário por ela.

A democracia, o que deve ser ensinada desde sempre, é pertinente no livro, imprimir opiniões é um direito de TODOS, seja na rua ou em casa, principalmente em casa onde tudo começa. Onde as escutas são sagradas para os pais notarem comportamentos a serem corrigidos ou incentivados.

E protestamos para salvar florestas, espaços públicos, os teatros, museus, tudo que constrói uma sociedade mais sã, para isso que existe o protesto.

O livro amplia a ideia de vivermos com objetivos em comum, isso também é importante, não vivemos sozinhos, aprender a viver em sociedade tem grande importância.

Não vejo o livro “Eu Protesto” como uma leitura com vertente para direita ou para esquerda, aliás isso não chega a narrativa, mas as cores são voltadas para o vermelho, que nos levando ao partido dos trabalhadores, não serei leviana com os meus leitores.

A ilustração é mais madura, não vejo como um livro para crianças em aprendizado, elas não irão se conectar com facilidade, são ilustrações menos coloridas. Geralmente as cores chamam mais atenção do pequeno.

O livro tem um propósito que é politizar os pequenos, então o conteúdo dele aposta nas narrativas, desde a menor idade, ao começar com a figura de um carrinho de bebê.

Acho pertinente o livro, desde que saibamos se é indicado a idade e aceitação da criança. Penso que não temos como limitar cada pequeno. Um dia vi uma criança autista desenhando com as duas mãos, logo entendo que a capacidade intelectual e seja qualquer outra, independe.

O que acho bem interessante é o encontro de dois professores de estados diferentes e gêneros diferentes, escreverem um livro, isso contribui com olhares significativos, mais um motivo para inserirmos a leitura nas escolas também!

A história

Este livro nasceu do encontro da escritora Laura Erber com as ilustrações dos cartazes da Greve dos Professores de 2017, realizados pelo artista Frederico Ravioli. Naquele momento, Ravioli, envolvido com a luta dos professores em defesa da convenção coletiva das escolas particulares e contra a reforma trabalhista, que o então recém-empossado presidente Michel Temer havia proposto, produzia as imagens de divulgação dos protestos com desenhos feitos a mão, de maneira simples, direta e abrangente, para que todas as pessoas, de diferentes idades e contextos sociais, compreendessem rapidamente as mensagens deles. Assim, Laura entrou em contato com Frederico e propôs a realização de um livro para crianças e adolescentes que teria a característica de pensar imagens e textos relativos às diferentes formas de protesto que exercemos ao longo da vida e enquanto sociedade.

Nasceu, então, “Eu Protesto!”, apresentado pela primeira vez para a GLAC em julho de 2020.

Autores

Laura Erber é escritora, artista visual e professora. Sua prática artística se caracteriza pelo constante trânsito entre linguagens. Recebeu bolsas do Le Fresnoy (França) e Akademie Schloss Solitude (Alemanha). Em 2015, com o crítico Karl Erik Schøllhammer fundou a editora digital Zazie Edições, voltada para ensaios sobre arte, teoria e crítica. Vem publicando livros infantis e de crítica de arte e atualmente é Professora Visitante de Estudos Brasileiros da Kbenhavns Universitet – Institut for Engelsk, Germansk og Romansk.


Frederico Ravioli é artista visual e professor. Formado em bacharelado e licenciatura em Artes Visuais pela UNESP, trabalha com infláveis de lona plástica, pintura, escultura e performance, muitas vezes levando suas produções para o interior de manifestações e protestos. É cooperado da Arco Escola Cooperativa, onde leciona desde 2019.

Editora

​GLAC é uma palavra aglutinante, uma palavra que entala na boca do estômago. É uma onomatopeia, é o som de uma gosma, de uma meleca em colisão com uma superfície lisa. Por isso suas letras se apresentam assim grudadas, inseparáveis. É uma palavra-tiro que emperra, que explode em si mesma. E é essa a radicalidade que queremos incrustar em quem nos lê.

​A GLAC edições surgiu de modo experimental, em 2016, por meio da publicação “Em vista de uma prática ready-made”, uma coletânea de textos da coletiva de arte francesa Claire Fontaine; e pela organização do primeiro seminário do programa de debates “Cidadãos, Voltem pra Casa!”, que teve lugar na Oficina Cultural Oswald Andrade.

Este é o primeiro livro infantil da editora, que inicia o esforço de apontar o horizonte da autodeterminação às crianças, para que elas possam se realizar como sujeitos ativos criticamente na sociedade.

FICHA TÉCNICA

Título: Eu protesto!
Autorias: Laura Erber & Frederico Ravioli
Ilustrações: Frederico Ravioli
Edição: Leonardo Araujo Beserra
Projeto gráfico: Laura Erber
Diagramação: Leonardo Araujo Beserra
Revisão: Paloma Durante
Série: Criança Autônoma

Ano: junho de 2023
Páginas: 24
Tipo: canoa/grampo
Formato: 19 X 22 cm
Peso: 200g

ISBN: 978-65-86598-21-6
SKU: 9786586598216

Compre aqui: Amazon

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