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“Comecei pela maconha, diziam que era natural”: Ícone do esporte expõe batalha mais difícil da carreira

Após quase uma década de instabilidade, atleta celebra dez meses limpo e retoma convivência esportiva

Por
Alvaro Tallarico
Última Atualização 29 de novembro de 2025
3 Min Leitura
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Um dos nomes mais emblemáticos da história do esporte brasileiro vive, agora, a vitória mais significativa da própria trajetória. Longe das luzes dos campeonatos e do peso das medalhas, ele acaba de completar dez meses sem uso de substâncias químicas, em um processo de recuperação considerado o mais estável de sua vida adulta.

A transformação acontece dentro do Projeto Dojô Recuperação, conduzido pelo terapeuta em dependência química e faixa-preta Rafael Carino. Há nove meses, Carino acompanha de perto os avanços emocionais e físicos do atleta, construindo uma rotina de cuidado integral que vai muito além dos treinos e das técnicas.

O novo capítulo ganhou um marco poderoso nesta semana: a concessão da primeira licença médica de ressocialização.

O documento permite que o lutador Fernando Tererê volte a circular em ambientes esportivos e retome o contato com uma comunidade que sempre o viu como mestre, ídolo e inspiração.

Foto: Deive Coutinho

Para celebrar o momento, Tererê e Carino realizaram um seminário na Academia Four Fitness, em Laranjeiras. A presença do multicampeão emocionou alunos, professores e antigos admiradores. E, ali, diante de centenas de olhares atentos, o atleta falou com uma franqueza rara sobre o período que marcou sua queda.

“Eu nunca tinha provado drogas, não sabia que isso ia acontecer comigo. Em 2004, comecei pela maconha, diziam que era natural. Meu uso bateu com a esquizofrenia que eu não sabia que tinha. Andava de madrugada, sozinho, procurando outras drogas. Quando conheci o crack, minha carreira despencou. Não queria mais colocar o quimono”, relembrou.

Hoje, com quase 11 meses limpo, Tererê reconhece que sua recuperação só é possível pela combinação entre apoio profissional, tratamento médico e acolhimento social.

“Jiu-Jitsu eu sei. O que me faltava era a parte médica. Estou há dez meses limpo. Nunca fiquei tanto tempo assim. Quero ficar mais. Tenho o Rafael como exemplo — ele está há 19 anos limpo.”

Carino reforça que acompanhar essa jornada tem significado pessoal profundo.
“Além de ele ser um ídolo mundial, também é o meu ídolo. Ele tem muito a oferecer ao Jiu-Jitsu, não só em técnica, mas em superação. A dependência química não tem cura, mas tem tratamento. Eu vivo a minha muito bem. E agora ele também vai levar essa mensagem adiante.”

Foto: Deive Coutinho

Fernando Tererê é dono de cinco títulos mundiais da IBJJF e teve sua vida retratada no filme “O Faixa-Preta”, lançado em 2022. Sua nova fase reacende a esperança de quem acredita no poder transformador do esporte — quando unido ao cuidado emocional e médico adequado.

Uma vitória sem medalha, mas de valor imensurável.

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PorAlvaro Tallarico
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Jornalista especializado em Jornalismo Cultural pela UERJ.
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