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Turismo

Mochilão Uruguai – 7 dias

Mochilão pelo Uruguai com duração de uma semana. Foco no litoral uruguaio a partir do Parque Santa Teresa e descendo. Passando por Cabo Polonio, La Pedrera, La Paloma, Punta Ballena, Punta del Este, Montevidéu, Colonia del Sacramento e outras localidades.

Publicado

em

Novembro de 2015.

01/10 – DOM – Voo GIG x MDV (22:35×00:30)

Eu e minha companheira de viagem pegamos um voo direto Rio de Janeiro – Montevidéu (promoção Melhores Destinos). Chegando lá fomos direto para a rodoviária e compramos um ônibus até o Chuí, de onde planejamos vir descendo conhecendo o litoral uruguaio. Foi o único ônibus, dali em diante viajaríamos somente de carona com os cordiais uruguaios.

Era uma segunda-feira. Saltamos do ônibus na entrada do Parque de Santa Teresa, já quase no Chuí. O objetivo primário era visitar a Fortaleza de Santa Teresa. No local onde saltamos o guarda respondeu que estava aberta, porém entrando por ali e indo por dentro do parque era bem longe, melhor seria caminhar uns 3 quilômetros pela estrada até a outra entrada. Já estava cansado da longa viagem, mas, reclamar do que? Só alegria. Seguimos pela beira da estrada.

Dedão levantado, carros passando como naves na velocidade da luz, ou quem sabe de um cometa. Tempo nublado, cansaço e vento.

Dedão levantado, caminhonete para alguns metros à frente. Subitamente o sorriso largo volta para minha face. Alguns raios de sol já passam por entre às nuvens, trazendo bons presságios. Damos aquela corridinha e vemos que uma família uruguaia está ocupando a cabine da pick-up. São cordiais e prestativos como a maioria dos uruguaios. Falo que ficaremos na próxima entrada do parque e pulo na caçamba. Aquela sensação maravilhosa de vento no rosto e liberdade é o que vem a seguir.

Entramos no Parque, caminhamos alguns minutos até a Fortaleza. Está fechada. Abre entre quartas e domingos, segundo a placa.

Seguimos o passeio, o parque é muito grande! Pegamos carona diversas vezes dentro do parque para ir de um lugar a outro.

Fomos conhecer primeiro a praia de La Moza. 30 minutos de caminhada a partir da Fortaleza. Lá, mortos de fome, comemos uma paella de frutos do mar em um restaurante com bela vista. Não foi caro e era bom.

Passeamos pelo parque. Tentamos nos hospedar dentro do mesmo, eles tem meio que um hostel lá e espaço para acampamento. No caso, estávamos sem equipamento de camping e todas as acomodações estavam lotadas por causa de um grupo chamado de algo como Leões do Uruguai, que tinha reservado tudo.

Sendo assim, voltamos para e estrada e decidimos ir para Punta del Diablo. Dedão levantado de novo e pouco tempo depois pára um idoso uruguaio em uma caminhonete. Falou um pouco sobre a vida lá, puxei assunto sobre a situação do país, por ser fã do Pepe Mujica, mas ele evitou elogiar, percebi uma decepção (sabedoria?) com relação à política. No final, deixou claro que é igual em toda a América Latina, ou seja, muito trabalho e luta.

Saltamos na rotatória e fomos na direção de Punta del Diablo, ainda em busca de outra carona, que logo veio: um casal uruguaio, e, atrás, o bebê deles brincando com um boneco. Deixaram-nos exatamente em frente a um bom hostel. Pegamos um quarto para 16, com cozinha, onde só havia nós dois 😀

O jantar foi ótimo. Macarrão com alguma coisa boa para mochileiro cheio de fome. Compramos tudo no mercadinho local.

Em Punta de Diablo fazia um tempo nublado não muito convidativo, demos uma volta rápida e resolvemos seguir em frente.

Fomos para perto da rodoviária mais próxima, em busca de chegar em Valizas e conseguimos outra carona. Lá tem um caminhão 4×4 que transporta a galera por uma “estrada” de mato e areia, e depois pela praia – um lindo visual. Também é possível fazer uma trilha de 2 horas de Valizas até Cabo Polônio andando, ou cavalgando.

Cabo Polônio é maravilhoso.  Do topo do farol tem uma bela vista do formato diferenciado do local. Flecha? Triângulo? Para chegar até lá tem uma escadaria de 132 degraus, apertadinha.

O hostel nos emprestou uma prancha de sandboard e fomos seguindo pela linda e deserta praia, vez ou outra subindo as dunas e curtindo aquele surfe de areia.

Passeando pela pequena comunidade, conhecemos em outro hostel um casal de brasileiros de meia-idade , um francês grisalho e os donos do local. O brasileiro limpava mariscos que haviam acabado de ser pescados. Ia contando histórias sobre seu filho, que conheceu o leste europeu em um automóvel Lada (https://olestenumlada.wordpress.com/). Deu também preciosas dicas sobre ir da Patagônia Argentina para a Chilena, porque “é muito mais maneiro”.

Ao redor de uma mesa, sentaram o francês e os brasileiros. Um vinho surgiu de repente. Um bate-papo rolou. Em algum momento decidimos por nos despedir e seguir conhecendo mais da praia.

No terceiro dia, resolvemos ir embora daquele local esplêndido, pegamos o caminhão para voltar, já pensando quais seriam os próximos passos. Queríamos conhecer as praias de La Paloma, La Pedrera, o que daria certo trabalho logístico, porém pensávamos também em ir direto para Punta del Este e Punta Ballena.

Ao saltarmos do caminhão, vi o francês daquele dia, lhe fiz sinal e fui falar que era o brasileiro daquele dia no hostel. Acabou que ele estava sozinho e tinha alugado um carro, querendo conhecer o litoral uruguaio. Tinha um mapa, um livro de observação de pássaros e trabalhava com encomenda de livros para todo o mundo.

Ou seja, que sorte! Fui no banco do carona lendo o mapa e vendo os melhores lugares para pararmos e conhecer e assim conseguimos ir em todas no mesmo dia! Estavam sempre vazias e tranquilas…

Depois de passar por essas praias e lagoas que nem imaginava existir, nos despedimos em Punta Ballena, onde fomos conhecer a belíssima casa museu do Carlos Para Vilaró, grande artista uruguaio. Um dos pontos altos da viagem. Pôr do sol esplendoroso.

Notícias

Entenda os acordos entre Brasil e Portugal que estimulam turismo, comércio, investimentos e mais

Especialista em imigração e nacionalidade portuguesa afirma que acordos entre os países estimulam aumento do comércio, investimentos mútuos e desenvolvimento econômico

Publicado

em

VInhos em Portugal

Recentemente, Brasil e Portugal firmaram 13 acordos nas áreas de educação, turismo, direitos humanos, energia, saúde, produção audiovisual e geologia. Os pactos serão responsáveis por muitas mudanças nos países.

Maurício Gonçalves, advogado especialista em imigração e nacionalidade portuguesa há mais de duas décadas, afirma que essa é uma estratégia para fortalecer as relações diplomáticas.

“Isso pode levar a um aumento do comércio, investimentos mútuos e cooperação em diversas áreas, além da promoção do desenvolvimento econômico de Brasil e Portugal”, comenta.

Cooperação bilateral

Um dos acordos, por exemplo, tem como base o entendimento para a elaboração de mecanismos de cooperação bilateral que visam a promoção e defesa dos direitos de pessoas com deficiência. O especialista em imigração diz que isso reflete o compromisso conjunto das nações com a promoção e proteção dos direitos humanos.

“Essa cooperação fortalece o respeito aos direitos fundamentais e contribui para a criação de um ambiente mais inclusivo e justo, tanto nos dois países quanto em outros lugares. É uma forma de promover a igualdade de oportunidades para todos”, diz Maurício.

De acordo com os memorandos, haverá ações que estimulam e capacitam negócios entre pequenas e médias empresas, com eventos de promoção comercial, seminários e webinars. Assim como também promoverá a internacionalização de startups com potencial de crescimento e base tecnológica.

Aliás, veja a famosa Ponte Dom Luiz I abaixo, e siga lendo:

“Essa é uma maneira de permitir que empresas brasileiras e portuguesas expandam seus negócios no mercado do outro país, bem como facilitem sua entrada no mercado europeu. É muito válido também dedicar o olhar às pequenas empresas, pois elas são um importante motor de criação de empregos em uma economia. Ao promovê-las, há um estímulo direto à geração de postos de trabalho, reduzindo o desemprego e beneficiando o crescimento econômico”, enfatiza Maurício.

O acordo da área de turismo, assinado pela Embratur e o Instituto Público do Turismo de Portugal, tem como objetivo a cooperação para o desenvolvimento do setor, com ênfase no intercâmbio de informações e promoção dos destinos turísticos. “Sem dúvidas, essa medida vai atrair ainda mais turistas”, menciona o especialista.

Portugal e Brasil também assinaram um acordo sobre energia, o qual mudará a forma de se pensar sobre ela. O pacto aponta para um viés sustentável, voltado à energia renovável e eficiência energética.

A promoção de energias renováveis contribui para diversificar a matriz energética dos países, reduzindo a dependência de fontes tradicionais não renováveis, como o petróleo e o carvão. Isso aumenta a segurança energética, tornando-os menos vulneráveis às variações dos preços do petróleo e a possíveis interrupções no fornecimento.

Educação: Acordo para a concessão de equivalência de estudos entre os sistemas de ensino de Brasil e Portugal

O advogado ressalta que um dos destaques entre os acordos firmados é o reconhecimento automático de notas escolares dos ensinos médio e fundamental de brasileiros que querem viver em Portugal. Conforme o governo lusitano, existem aproximadamente 5 mil processos no consulado aguardando a equivalência escolar.

O acordo valerá para os níveis de ensino fundamental e médio, do Brasil, e básico e secundário, de Portugal. A mudança facilitará ainda o acesso dos brasileiros ao ensino superior luso. Hoje, existem cerca de 19 mil alunos brasileiros nas universidades portuguesas.

Os brasileiros enfrentam um processo com várias etapas para reconhecimento. Inicialmente, é preciso obter o histórico escolar e o certificado ou o diploma de conclusão dos cursos, ambos com o chamado apostilamento de Haia, um certificado internacional de autenticidade, obtido em cartório.

Na sequência, deve-se submeter os documentos ao consulado do Brasil, que vai emitir a chamada declaração de escala de notas e nota mínima. Depois, é necessário ir a uma escola pública da área de residência do requerente, na qual o pedido de equivalência é submetido e concluído.

O fim da necessidade de passar pelo consulado brasileiro deve agilizar as solicitações. Os cidadãos poderão se dirigir diretamente aos estabelecimentos de ensino e apresentar a papelada comprobatória.

Em seguida, papo com o artista português Tiago Nacarato:

De acordo com o Governo Federal, foram mantidas conversas também sobre acordos para a facilitação do reconhecimento de diplomas do ensino superior.

“O acordo no campo educacional tem como objetivo estabelecer as bases jurídicas para atender a pedidos de concessão de equivalência curricular para estudantes dos dois países. Ele determina ainda que as equivalências de habilitações serão concedidas tendo em consideração o número de anos de escolaridade concluídos com aproveitamento no sistema educativo de origem e o curso ou a natureza da formação”, explica Maurício Gonçalves.

A equivalência de estudos entre os dois países entrará em vigor 30 dias após a recepção da última notificação, por escrito e por via diplomática, do cumprimento dos requisitos necessários.

Carteira de motorista

Outra questão que vai facilitar a vida de brasileiros é o memorando de entendimento para promover o reconhecimento mútuo de títulos de condução. Os dois países vão fazer o reconhecimento dos documentos, ou seja, as carteiras de motorista passam a valer em Portugal e Brasil. “O objetivo é facilitar a circulação rodoviária segura dos condutores nos dois territórios”, conclui o especialista em imigração.

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