A Mostra de Cinemas Africanos ocorrerá em São Paulo e Salvador entre 5 e 18 de setembro. Serão 13 longas e 16 curtas de 12 países, com foco especial no cinema do Senegal e vários títulos inéditos no Brasil. Além disso, o festival contará com a presença de convidados do continente africano e atividades paralelas.
Em São Paulo, as exibições dos filmes acontecerão no Cinesesc. O Centro de Pesquisa e Formação do Sesc sediará três mesas e uma masterclass com a participação de cineastas africanos. Os ingressos para os filmes custam R$ 24,00 (inteira), R$ 12,00 (meia) ou R$ 8,00 (credencial plena), enquanto as atividades paralelas são gratuitas.
Um dos destaques deste ano é o filme “MAMI WATA” (2023), um drama fantástico da Nigéria, dirigido por C.J. ‘Fiery’ Obasi. Este filme em preto e branco conquistou o prêmio de melhor direção de fotografia no Festival de Sundance (EUA), com a brasileira Lílis Soares como diretora de fotografia. A trama é baseada em um mito do oeste africano e segue duas irmãs que lutam para salvar sua aldeia e restaurar a glória de Mami Wata, deusa das águas. O diretor e a fotógrafa estarão presentes em São Paulo para a Mostra.
Senegal
Outro destaque é a retrospectiva do trabalho de dois grandes realizadores do Senegal: o jovem Alassane Diago e o veterano Moussa Sène Absa. Alassane Diago terá três de seus filmes projetados, incluindo “As Lágrimas da Emigração” (2010), “Conhecendo meu Pai” (2018) e seu trabalho mais recente, “O Rio não é uma Fronteira” (2022), todos inéditos no Brasil. Moussa Sène Absa apresentará a trilogia das mulheres senegalesas, começando com “Tableau Ferraille” (1997), seguido por “Madame Brouette” (2002) e “Xalé – As Feridas da Infância” (2022).
Outros filmes em exibição incluem “O Panteão da Alegria” (2023) do Benin, “O Kafta Azul” (2022) do Marrocos, “Maputo Nakuzandza” (2022) da brasileira Ariadine Zampaulo, “A Ovelha de Sada” (2023) do Senegal, “No Cemitério do Cinema” (2023) do cineasta da Guiné Conacry, Thierno Souleymane Diallo, e “Sira” (2023) de Apolline Traoré.
A mostra contará com a presença de cineastas e realizadores africanos, bem como atividades paralelas, incluindo debates, masterclasses e painéis. A programação é gratuita e conta com o apoio do Projeto Paradiso Multiplica.
Aliás, confira nossa entrevista com a idealizadora da mostra, e siga lendo:
A Mostra de Cinemas Africanos, que teve início na Bahia em 2018, já circulou por diversos estados brasileiros e se concentra em filmes contemporâneos de curta e longa-metragem feitos por africanos na África e na diáspora. Além das exibições de filmes, o evento oferece cursos, debates e publicações acadêmicas disponíveis em seu site oficial.
Serviço:
Mostra de Cinemas Africanos em setembro
São Paulo (SP): 5 a 13 de setembro: Cinesesc e Centro de Pesquisa e Formação do Sesc
Filmes: 9 dias, 14 sessões, 13 longas, 16 curtas e 12 países
Cineastas africanos convidados: Moussa Sène Absa (Senegal), Alassane Diago (Senegal) e C.J. “Fiery” Obasi (Nigéria);
Ingressos para os filmes: R$ 24,00 (inteira), R$ 12,00 (meia), R$ 8,00 (credencial plena);
Atividades Paralelas: Entrada franca
Programação: mostradecinemasafricanos.com
Longas:
“A ovelha de Sada” (“Le mouton de Sada”, Senegal, Burkina Faso: 2023), dir.: Pape Bouname Lopy
“As Lágrimas da Emigração” (“Les larmes de l’émigration”, Senegal, França: 2010), dir.: Alassane Diago
“Conhecendo meu Pai” (“Rencontrer mon père”, Gabão, Senegal, França: 2018), dir.: Alassane Diago
“Madame Brouette” (“Madame Brouette”, Senegal, França: 2002), dir.:Moussa Sène Absa
“MAMI WATA” (Nigéria: 2023), dir.: C.J. ‘Fiery’ Obasi
“Maputo Nakuzandza” (Brasil, Moçambique: 2021), dir.: Ariadine Zampaulo
“No Cemitério do Cinema” (“Au Cimetière de la Pellicule”, França, Senegal, Guiné, Arábia Saudita: 2023), dir.: Thierno Souleymane Diallo
“O Kaftan Azul” (“The Blue Caftan”, França, Marrocos, Bélgica, Dinamarca: 2022), dir.: Maryam Touzani
“O Panteão da Alegria” (“Le Panthéon de la Joie”, Benin, França: 2023), dir.: Jean Odoutan
“O Rio não é uma Fronteira” (“Maayo wonaa keerol”, França, Senegal, Alemanha:2022), dir.:Alassane Diago
“Sira” (Burkina Faso, França, Senegal, Alemanha: 2023), dir.: Apolline Traoré
“Tableau Ferraille” (“Senegal, França: 1997), dir.: Moussa Sène Absa
“Xalé – As Feridas da Infância” (“Xalé – Les blessures de l’enfance”, Senegal, Costa do Marfim: 2022), dir.: Moussa Sène Absa
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