A influenciadora baiana Emelly Souza, de 23 anos, ganhou projeção nas redes sociais ao compartilhar um estilo de vida baseado no naturismo. Entre os conteúdos que publica estão práticas esportivas realizadas sem roupas, como saltos de paraquedas e atividades radicais, sempre defendendo a nudez em contextos não sexualizados e ligados à liberdade corporal.
A visibilidade, no entanto, também trouxe desafios. Emelly conta que sua relação com o próprio corpo costuma gerar conflitos antes mesmo de um envolvimento amoroso começar. “Quando falo que pratico esportes sem roupa, alguns homens já recuam. Muitos sexualizam automaticamente, outros simplesmente não conseguem lidar com a nudez natural”, relata.
Segundo ela, esse tipo de reação revela uma dificuldade cultural profunda em dissociar o corpo feminino de provocações sexuais. “Isso cria um afastamento imediato e mostra como ainda existe muita resistência ao corpo livre”, afirma.
Naked yoga como ferramenta de consciência corporal
Foi buscando mais equilíbrio físico e emocional que Emelly chegou à naked yoga. A prática, realizada sem roupas, passou a integrar sua rotina de bem-estar e trouxe mudanças perceptíveis. “Comecei para trabalhar flexibilidade, mas rapidamente senti diferença na consciência corporal. Sem roupa, cada músculo responde de forma mais clara e o ajuste das posturas fica mais preciso”, explica.

Para a influenciadora, a naked yoga vai além do exercício físico. “A conexão comigo mesma aumentou muito. É uma prática que mudou meu corpo e também minha cabeça”, diz.
Diante de críticas frequentes, Emelly decidiu investigar as origens da aversão à nudez e descobriu o termo gimnofobia, usado para descrever o medo ou repulsa ao corpo nu. “Eu nem sabia que isso tinha nome. Quando descobri, pensei: então é isso que muita gente sente quando me vê treinando. Hoje levo com mais leveza”, conta.
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Apesar das dificuldades, Emelly afirma que não pretende abrir mão do naturismo. “Muita gente confunde nudez com provocação. Outros têm verdadeira aversão ao corpo feminino livre. Mesmo assim, sigo praticando, porque a naked yoga me devolveu a liberdade sobre o meu próprio corpo”, conclui.



