Com foco em transformar a cidade em um polo de produção nacional, a Prefeitura de Niterói lançou oficialmente nesta segunda-feira (16), no Reserva Cultural, o Programa Niterói Audiovisual (NAV) 2025. Com investimento de R$ 150 milhões, a iniciativa contempla toda a cadeia produtiva do setor e aposta em inovação, formação profissional e fomento direto e indireto à economia criativa. Ao todo, são 12 ações estratégicas que visam consolidar o município como referência no audiovisual brasileiro.
Apresentada pela atriz Dira Paes, a cerimônia também prestou homenagens a nomes históricos e contemporâneos da cultura nacional, como Paulo Gustavo, Leila Diniz, Fernanda Young, Cacá Diegues e Walter Lima Jr. O NAV é resultado da articulação entre a Prefeitura, a Agência Nacional do Cinema (Ancine), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Unesco.
Durante o evento, o prefeito Rodrigo Neves destacou que o programa amplia um conjunto de ações que já vinham sendo desenvolvidas, como a reforma do Reserva Cultural e a redução do ISS para estimular novas salas de cinema.
“Vivemos um tempo difícil, de ataque à cultura e à ciência. O NAV nos impulsiona para uma transição econômica baseada em inovação, criatividade e geração de emprego”, afirmou.
O programa tem como pilares o incentivo à produção, memória audiovisual, capacitação, tecnologia e integração entre cultura, educação e turismo. Entre as iniciativas estão a criação da Niterói Film Commission, um sistema de cash rebate, editais regionais em parceria com a Ancine e o restauro de obras audiovisuais.
Entre os equipamentos contemplados estão o Museu do Cinema Brasileiro, que funcionará como centro de memória e formação de público, e o histórico Cinema Icaraí, em processo de restauração. Uma das salas será nomeada em homenagem à escritora e roteirista Fernanda Young, natural de Niterói.
Na educação, o NAV pretende implementar um programa voltado ao ensino do audiovisual em escolas da rede municipal, inspirado no já bem-sucedido Programa Aprendiz. Professores e estudantes terão acesso a aulas e instrumentos que estimulem o aprendizado artístico.
Durante a cerimônia, a presidente da Ancine, Alex Braga, reforçou que a proposta une cultura e desenvolvimento. “Estamos criando uma estrutura com impacto duradouro, que gera emprego, identidade e novas possibilidades para o setor audiovisual.”
Também estiveram presentes autoridades como o reitor da UFF, Antonio Claudio da Nobrega; a deputada federal Soraya Santos; o secretário André Diniz; o cineasta Zelito Viana; o produtor Jean-Thomas Bernardini; e representantes do Ministério da Cultura e da Secretaria de Estado de Cultura do RJ.
Em um dos momentos mais comoventes, a mãe da escritora Fernanda Young, Leila Young, subiu ao palco para receber a homenagem póstuma à filha, que sempre celebrou suas raízes em Niterói.
A programação do lançamento também contou com dois importantes debates. Às 14h, a mesa “Cenas que ficam” discutiu a memória do audiovisual brasileiro. Em seguida, às 16h, a mesa “Desafios do mercado e a força criativa do audiovisual” reuniu especialistas para tratar das perspectivas do setor. O público aproveitou um coffee break entre os encontros.
À noite, o documentário Arthur, o Gigante emocionou a plateia ao retratar a trajetória do lendário baixista Arthur Maia. O filme foi elogiado pelo público presente e pelos profissionais do setor. Em seguida, o pianista e produtor Jonathan Ferr envolveu a audiência com uma apresentação vibrante. O encerramento teve clima de celebração, com coquetel animado pelo DJ MAM, fervendo a pista.
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