O bruxo professor pediu-me que embaralhasse o tarot e tirasse uma carta.
Assim o fiz. Arcano XVIIII, o Sol.
A carta de repente começou a resplandecer como ouro, mal podia abrir os olhos, uma voz retumbante surgiu como se viesse de todos os lugares e de lugar nenhum:
Eu sou o Sol e chego para trazer as boas novas. Cego, mas ilumino. Trago a possibilidade de uma nova vida, da almejada evolução. Venho com austeridade, como pai e filho nascidos de uma mesma mãe. Acendo a luz que varre a escuridão. Interruptor do passado, cabo para o futuro. Assim te presenteio e apresento-me sem necessidade de rodeios ou floreios. Quero que sigas o puro caminho da irradiação do vosso ser, por onde passares cairá um temporal de flores de lótus, fazendo da lama, terra fértil, de onde brotarão frutos que hão de semear um novo tempo de glórias e bonanças para aqueles tocados pela sublime consciência da verdade, criando um novo conceito de liberdade duradoura, pródiga e produtiva.
Vinde.
