Na quadra da escola de samba Salgueiro, na Tijuca, no último sábado (16), pude presenciar um encontro inspirador. Ao convidar a Mocidade Independente de Padre Miguel, em meio à crescente violência na cidade maravilhosa, o presidente Andre Vaz e o vice-presidente Luiz Claudio trocaram gestos de gentileza, revelando às comunidades o verdadeiro significado da paz, mesmo sendo concorrentes. Em tempos difíceis, ambos os líderes mostraram que a convivência harmoniosa é possível.
Enquanto o Salgueiro, em seu samba-enredo, abraça a causa dos povos originários, a Mocidade destaca a fruta nativa do Brasil, o caju. Ambos os sambas são preciosos, prometendo um espetáculo repleto de brasilidade.
Mocidade e Carmen
Marcelo Pires, diretor cultural, compartilhou sua visão sobre o samba da escola, que reflete a atual situação dos indígenas e sua resistência. Em um momento em que se discute o Marco Temporal, a escola assume uma posição firme, sem receios, buscando ser assertiva.
Por sua vez, a Mocidade mergulha no universo do caju, apresentando um impactante elemento cultural com cores vibrantes em suas camisas, evocando a essência de Carmen Miranda e o estilo sonoro do grande Alceu Valença. Um espetáculo maravilhoso se avizinha, e, se depender dessas escolas, o Brasil será cantado como nunca em 2024, na grandiosa Apoteose do samba.