Lembro-me muito bem do dia em que conheci o meu cachorro. Foi exatamente no dia 17 de junho de 2020. Afinal, aquele era um dia muito importante: era aniversário da minha tia Maria. Naquela época, trabalhava como cozinheira no restaurante dela, em Magalhães de Bastos, onde tenho boas memórias.
Estava indo para casa com minha mãe e, logo que entramos na van, me deparei com um cachorro sentado no banco da primeira fileira, atrás do banco do motorista. O bicho estava quieto, olhando para todos os lados. Achei estranho aquele cachorro ali, sentado sozinho — parecia até que já estava acostumado a andar de carro.
De repente, o motorista ligou para uma tia dele, contando que tinha resgatado o cão de um atropelamento quando o animal estava desnorteado na pista. O cachorro não tinha coleira e também não dava para saber se havia sido abandonado. Lembro que a conversa do motorista com a tia foi bem engraçada. Afinal, o telefone dele estava conectado ao bluetooth do carro, então ouvimos tudo. A tia dizia que não queria o cachorro e que toda vez que ele resgatava um, levava para a casa dela — e ela já tinha uns seis! Disse que não queria mais nenhum.
Olhei para minha mãe e falei: “Vou perguntar se ele me dá esse cachorro.” Eu nem estava à procura de adotar um, mas senti uma ligação muito forte. Foi tipo amor à primeira vista, sabe?
O motorista deixou. De vez em quando, ainda pegava a van com aquele motorista para ir ao trabalho, e ele sempre perguntava como o cachorro estava.
No dia em que levei o canino para casa, fiquei pensando em qual nome daria. Cheguei a pedir sugestões no Instagram, pesquisei no Google, mas nada me agradava. Então, parei, olhei e falei: “Seu nome será Toby.”
Toby é um nome relacionado à bondade, doçura e simpatia. Sua tradução literal seria algo como “agradável a Deus” ou “Deus é bom”.
Houve um tempo em que morei sozinha, e éramos só nós dois. Quando me sentia só, olhava para ele e via o quanto aquele cachorro era forte. Ali percebia: não estava sozinha. Sempre conversava com Toby. Sempre foi meu amigo. Como diz minha mãe, sempre fomos muito parecidos: gostamos do silêncio, da calmaria, temos dores e cicatrizes que não contamos a ninguém.
Lembro de um dia em que estava em casa e meu namorado, com muita naturalidade, disse que o Toby tinha morrido. Quando olhei de perto e vi que ele só estava dormindo. Ufa! Que susto. Caímos na gargalhada depois. Mas a verdade é que o Toby sempre foi muito guerreiro. Mesmo já não enxergando quase nada, nunca me deu trabalho — sempre fez suas necessidades no quintal.
Lembro-me de quando morava numa quitinete em Bangu. Durante a madrugada, Toby acordava e fazia xixi no ralo do banheiro. O quanto é inteligente! Podia fazer pela casa inteira, mas não: sabia exatamente onde era o lugar certo.
A saúde dele já está bem fragilizada. Mesmo assim, continua firme. Não tão forte quanto antes, mas ainda de pé. Apesar da idade avançada e dos desafios físicos, continua vivo e ativo.
Toby não é qualquer cachorro. Ele é forte, companheiro, leal, amigo. Na verdade, nenhum cachorro ou animal é “qualquer”.
Ultimamente, venho me aproximando do veganismo e desenvolvendo mais amor pelos animais — um olhar atento, com mais afeto.
Sem falar que a culinária vegana é recheada de várias opções. Dá para comer bem e de forma saudável, sem se beneficiar do sofrimento animal. Existe um mito antigo de que uma dieta vegana não seria suficiente para quem busca hipertrofia muscular. Mas a ciência já deixou claro: sim, é totalmente possível ganhar e manter massa muscular com uma alimentação 100% vegetal — desde que bem planejada e com suplementação adequada (como a vitamina B12, por exemplo).
Eu, por exemplo, faço musculação e CrossFit e sigo uma dieta vegana orientada por nutricionista, adaptada às minhas necessidades.
Sinto-me bem com essa alimentação e não sinto falta de carnes.
Algumas sementes que fazem a diferença na dieta:
- Sementes de chia: ricas em ômega-3, fibras, proteínas e minerais como cálcio e magnésio — fundamentais para a saúde muscular e óssea.
- Leite de linhaça: uma excelente alternativa vegetal, fonte de ômega-3 e antioxidantes. Ajuda a reduzir inflamações e contribui para a recuperação muscular.
- Sementes de girassol: cheias de vitamina E, selênio e proteínas. Ótimas para lanches ou para enriquecer saladas e bowls.
- Sementes de abóbora: ricas em ferro, zinco, magnésio e proteínas. Um verdadeiro superalimento para quem treina!
Com variedade, equilíbrio e informação, é possível conquistar resultados nos treinos sem abrir mão da ética e da compaixão pelos animais.
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