No dia 11 de janeiro, na Rock Experience, na Lapa (RJ), acontece a sétima edição do Alternativo Rock Club. O line-up traz cinco bandas do cenário rock da cidade maravilhosa. Pois é a cena alternativa mostrando sua força e abrindo espaços para a cultura e novos sons.
A princípio, a casa abrirá às 19h, e o primeiro show é do grupo Outros Caras. Indubitavelmente, é uma galera que nos diz que “É preciso ter Fé”, canção onde Flávio Braga (baixo e voz) declama sobre racismo, a partir de seu âmago e experiências pessoais. Ainda cantam “Luto e Luta”, quando fornecem versos voltados para reflexão e clamam pela ajuda – que nunca abandona – de São Benedito. Na base, os irmãos Danilo Juliani (bateria e backing vocal) e Felipe Juliani (guitarra e voz).
É para fritar
Sem ser cozido, o Trio Frito dará continuidade com suas guitarras viajantes e “Algumas ideias de Roquenroll”, misturando rock e praia, com uma cara de The Doors e um toque de Blitz. Inclusive, a canção “Garro”, lembra um rock das antigas, lá dos anos 60, dando aquela vontade de dançar um twist na pista imitando o John Travolta em “Pulp Fiction”. Contudo, provável que depois queira ficar embalado de pés descalços, com muita gana de estar vivo, sob a proteção do anjo da guarda.
Hadezi ou Dez na Monophonia
A apresentação do Hadezi com seu rock melódico que pergunta “Onde Erramos” e nos dedica seu som dá seguimento a essa noite. No estilo Pop Rock, seu primeiro álbum de estúdio, ‘Plano B’, foi lançado em abril de 2018 com 8 faixas.
Posteriormente, a banda Dois ou Dez vem que vem com o carisma e a energia de Marcos Zind nos vocais, Orlando Sireno no baixo, Gui Nery com percussão e vocais e Felipe Bonis na guitarra. Todo tramado no marcante rock brasileiro dos anos 80, eles acabaram de lançar o single “Fim da Linha”, num suingue que critica os falsos profetas e louva o encontro com os próprios sonhos e o que importa. Dando aquele auxílio para o “Acaso”, nunca é tarde para curtir esse som.
Por fim, para fechar a noite, a polifonia do Monophonia, uma banda de rock carioca que conta com singles como “Não Solta” e “Outro Lado”. Aliás, eles dizem buscar harmonia entre o caos e a euforia. Entretanto, seria possível? Só conferindo para saber. Em suma, a cena independente do rock se une, fortalecendo e estimulando o cenário cultural da cidade do Rio de Janeiro, que vem sofrendo com o fechamento de casas do ramo. O público, a cidade e o rock agradecem a iniciativa.
Sobre o festival Alternativo Rock Club
Em síntese, o Alternativo Rock Club é um festival independente realizado no Rio de Janeiro que surgiu a partir da falta de oportunidades para bandas independentes apresentarem seus trabalhos. A primeira edição aconteceu em setembro de 2017 com as bandas Jerry Matarazzo, Hawaii Carioca e Dois ou Dez. Foi realizado no bairro da Tijuca com apoio de divulgação na Rádio Transamerica RJ, juntamente com Guto Goffi (baterista Barão Vermelho) como padrinho, além de Marcus Menna (vocalista LS Jack) e Fabio Brasil (baterista Detonautas).
Da mesma forma, a segunda edição se manteve no bairro da Tijuca e ocorreu em novembro de 2017 homenageando o mês da consciência negra. O line-up foi formado pela banda Gente, Taís Feijão e banda Dizaê. Posteriormente, a terceira edição aconteceu em 2018 com as bandas Outubro 69, Radioativa e Dois ou Dez. A quarta edição do festival rolou em Vila Isabel com casa lotada e apresentações das bandas Pardais, Dois ou Dez e Monophonia.
Logo, mudou para a Lapa, para a casa Rock Experience. A quinta edição veio com cinco atrações, incluindo a cantora Fê Pizutti (Warner Music) que abriu o festival para as bandas Troá, Magno, Dois ou Dez e Monophonia. A 6ª edição do Alternativo Rock Club teve pela primeira vez uma banda de fora do Rio de Janeiro: Ellefante, de Brasília. Seguida por Magno, Venuz, Dois ou Dez e a banda Fuze, atual vencedora do Festival João Rock.
Serviço: