Conecte-se conosco

Entrevistas

João Mantuano | “Eu tenho medo do Bolsonaro. De ignorantes que me acham vagabundo.”

Publicado

em

João Mantuano do Porangareté.

João Mantuano é músico, intérprete, com grande inspiração em Sérgio Sampaio, Raul Seixas, Luiz Melodia e Jards Macalé. Nessa entrevista que cedeu para o Vivente Andante no estúdio da Pato Rouco Records, conta sobre sua amizade com Chico Chico e as bandas com as quais trabalha. Ainda por cima fala sobre como a arte funciona para ele. Comentou até sobre alguns dos medos que possui, como de algumas pessoas, as quais considera ignorantes, que no mundo atual ainda veem os músicos como vagabundos.

Aliás, João é filho do casal de bailarinos Paulo Mantuano e Márcia Feijó. Ou seja, as artes lhe rondam desde o nascimento. Paulo fez parte da Intrépida Trupe, formada na década de 1980 por artistas originários da Escola Nacional de Circo. Enquanto Márcia, após integrar companhias como o Grupo Corpo, atualmente é vice-diretora da Faculdade de Dança Angel Vianna, no Rio de Janeiro.

Financiamento coletivo para “Televisão”

Além disso, João Mantuano tocou sua nova canção “Televisão”, a qual passa por um processo de financiamento coletivo para produção do videoclipe, seu primeiro. Para saber com ajudar, clique aqui: https://benfeitoria.com/joaomantuano. A música faz parte do novo álbum “Por Onde Anda o Tempo”, onde João viaja pelo princípio das artes e da música.

Uma das bandas da qual faz parte, a 13.7 mistura ritmos diversos como samba e blues com rock e MPB, às vezes lembrando foxtrot ou jazz cigano. João Mantuano faz parte do selo musical Porangareté. Ah, e no dia 30/01/2020 tem o show de lançamento do “Por Onde Anda o Tempo” no Centro de Música Carioca Artur da Távola, na Tijuca (RJ).

Apresentação e roteiro: Alvaro Tallarico /// Edição: Rico Moraes /// Música de abertura e fechamento: 2 na praça – Da Praça /// Siga @viventeandante nas redes sociais ///

Tem mais, olha só:
Chris Fuscaldo, jornalista | “No fim das contas, tudo é ficção”
André Tenório facilita a filosofia Falando em Português
Negra Jaque | “Rap é mão preta de interferência na sociedade”

Cinema

Mais Pesado é o Céu: um road movie impressionante de Petrus Cariry

Publicado

em

Mais Pesado que o céu de Petrus Cariry

Na noite da última sexta-feira, 29 de setembro, fomos convidados para a abertura da “Mostra Petrus Cariry: imagem, tempo e poesia” com o filme “Mais Pesado é o Céu”, na CAIXA Cultural Rio de Janeiro, localizada na Rua do Passeio, 38, no Centro da cidade maravilhosa. Foi também a reabertura do espaço de cinema da CAIXA Cultural, fechado desde 2019.

Os presentes, entre eles, Chico Buarque, Walter Lima Júnior, Silvia Buarque e Mônica Monteiro, Vice-Presidente de Logística, Operações e Segurança da Caixa Econômica, puderam ver o inédito, e mais recente longa-metragem de Petrus Cariry, o qual recebeu quatro prêmios no Festival de Gramado deste ano. O filme estrelado por Matheus Nachtergaele e Ana Luiza Rios, em grandes atuações, narra a história de Antônio e Teres. Eles acolhem uma criança abandonada e embarcam em uma jornada pelas estradas cearenses. Enquanto isso, compartilham um passado ligado às memórias de uma cidade submersa no fundo de uma represa.

Crítica de “Mais Pesado é o Céu”

Fiquei extasiado com a beleza da cinematografia do longa. Diversas cenas parecem pinturas e o céu é uma personagem presente quase o tempo todo, mas não de forma necessariamente positiva, apesar da beleza. Há muitas cenas onde o diretor usa divisões claras para simbolizar o distanciamento entre os protagonistas e a misoginia é um tema bem abordado, sem discursos, mas a partir dos acontecimentos e comportamentos dos homens do filme.

Há muitas simbologias religiosas, e nomes que podem remeter a isso, mas não fala sobre fé. O rádio traz recados de uma emissora evangélica, há imagens aqui e acolá, mas a realidade seca e cruel é mais presente do que o sonho e a esperança.

Tem um ar de sobrevivência, fazer o que for preciso, e traça um retrato do Brasil profundo, das estradas, da dureza da vida. Em vários momentos do longa, sorri, enquanto em outros me emocionei, mas também me perturbei. Sim, há momentos perturbadores e um final incisivo. Fiquei sentado até o fim dos créditos, buscando a digestão das cenas finais. Saí ainda pensativo e atordodado. É como deve ser o cinema, e como deve ser um bom road movie, uma experiência que permite viajar, refletir – e sentir.

Inclusive, entrevistamos o diretor, ouve aí:

A Mostra “Petrus Cariry: imagem, tempo e poesia”

A exposição tem início no sábado, 30 de setembro, e termina em 06 de outubro. Durante esse período, serão exibidos todos os sete longas-metragens do diretor cearense, acompanhados por quatro masterclasses. A entrada é gratuita, mas está sujeita à capacidade da sala, e as senhas serão distribuídas uma hora antes de cada sessão. Este evento marca a reabertura do cinema nesse espaço.

Petrus Cariry se destacou na cena cinematográfica brasileira das duas primeiras décadas do século XXI, sendo elogiado por seu rigor técnico e estético, bem como por uma linguagem autoral que destaca os cenários do Nordeste brasileiro.

A programação da Mostra começa no sábado, 30 de setembro, com a masterclass sobre direção cinematográfica ministrada por Petrus Cariry às 14h, seguida pela exibição dos filmes “O Grão” às 16h e “Mãe e Filha” às 18h. No domingo, 1 de outubro, haverá outra masterclass com Cariry, desta vez sobre direção de fotografia para cinema, às 14h, seguida pela exibição do filme “O Barco” às 16h.

Sequência

Na terça-feira, dia 3, a Mostra exibirá três filmes em sequência: “A Jangada de Welles” às 14h, “Clarisse ou Alguma Coisa Sobre Nós Dois” às 16h, e “A Praia do Fim do Mundo” às 18h. Na quarta-feira, dia 4, haverá uma masterclass sobre produção cinematográfica com a produtora Bárbara Cariry às 14h, seguida pela reexibição dos filmes “A Praia do Fim do Mundo” às 16h e “Clarisse ou Alguma Coisa Sobre Nós Dois” às 18h.

No penúltimo dia da Mostra, na quinta-feira, dia 5, a atriz Silvia Buarque ministrará uma masterclass sobre atuação no cinema e teatro às 14h, seguida pela reexibição dos filmes “O Barco” às 16h e “O Grão” às 18h. No último dia, sexta-feira, dia 6, “A Jangada de Welles” será reexibido às 14h, seguido por “Mãe e Filha” às 16h. Para encerrar a Mostra, “Mais Pesado é o Céu,” o sétimo longa-metragem de Cariry, será exibido às 18h.

Mais Pesado - Petrus Cariry
divulgação / Primeiro Plano

Petrus Cariry nasceu em Fortaleza, no Ceará, em 1977. Ele tem uma longa trajetória no mundo do cinema e uma relação profunda com os sets de filmagem, influenciado desde a infância pelo trabalho de seu pai, Rosemberg Cariry. Além de dirigir, ele também assume a direção de fotografia, roteiro e montagem de suas produções, muitas vezes colaborando com pessoas como Firmino Holanda e Bárbara Cariry.

Por fim, leia mais:

Canal Brasil tem 18 indicações no Festival do Rio 2023

Pérola | Um filme emocionante sobre mães

Série ‘Vizinhos’ estreia no Canal Brasil

Continue lendo
Anúncio
Anúncio

Cultura

Crítica

Séries

Literatura

Música

Anúncio

Tendências