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Os Bambas | Art Popular relembra clássicos do samba

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Capa do álbum "Os Bambas"

Na última quarta-feira, 2 de dezembro, chegou às plataformas digitais “Os Bambas”, novo álbum de releituras do grupo Art Popular. O musical foi pensado originalmente por Leandro Lehart, vocalista do grupo. Nesta obra de ficção todos os integrantes interpretam personagens do samba e revisitam 25 clássicos nacionais. Ao todo, foram oito meses de ensaio e a gravação aconteceu no auditório do Ibirapuera, em São Paulo, em agosto de 2019. 

Entre as obras relembradas pelo grupo estão: João Gilberto, Trio Mocotó, Agepê, Jair Rodrigues, Baden Powell, Demônios da Garoa, Jorge Ben, Olodum, Banda Raça Negra, entre outros. Todo o repertório, incluindo clássicos como “Canto de Amor”, “Canto de Ossanha”, “Aquarela Brasileira”, “Tristeza”, “Tiro ao Álvaro”, “Cheia de Mania” e “Moro Onde Não Mora Ninguém”, são tocados no ritmo consagrado pelo grupo Originais do Samba. Eles trazem instrumentos antigos como surdo, agogô e cuíca, mas também inclui o acompanhamento de bateria, piano e baixo acústico.

Cena do musical "Os Bambas"
Foto: Divulgação

“Os Bambas” chega com novidades

Para o grupo cuja familiaridade com os palcos existia apenas no campo musical, foi um desafio interpreta personagens e atuar para uma vasta plateia. Todos dizem ter encarado o desafio e se divertido muito participando, foi uma maneira de sair da zona de conforto e se reinventar depois de tantos anos juntos. “Pra mim ‘Os Bambas’ é um presente, eu sempre quis atuar em alguma coisa. ‘Os Bambas’ não é só um musical, o Art Popular também tá fazendo dramaturgia. Isso se resume a uma grande felicidade, estou muito feliz”, disse Evandro Soares. 

Os fãs do grupo também poderão aguardar as surpresas que surgirão em breve. Os integrantes adiantaram algumas novidades durante uma conversa aberta à imprensa e convidados. É possível que haja uma série de Vinil, CD e DVD do musical “Os Bambas” para colecionadores. Além disso, o Art Popular já prometeu duas grandes lives ao seu público, sendo uma prevista para o Natal e outra no Carnaval. Afinal de contas, carnaval sem samba não é uma característica do maior espetáculo da terra, né? 

Essa inclusão no mundo digital tem sido um dos pilares do grupo que percebeu a importância de estar inserido não só para a divulgação do trabalho, mas também com o intuito de manter uma próximidade com os seus fãs. O start surgiu quando notaram que o nome “Art Popular” possui mais de seis milhões de buscas no Google e isso fez com que o grupo mudasse o olhar para as redes e outros meios da Internet. 

Leci Brandão e Anderson Leonardo participam do álbum

Participam do novo álbum a sambista Leci Brandão, cantando “Zé do Caroço”, e Anderson Leonardo, integrante do grupo Molejo. Leci é a madrinha do grupo e todos possuem grande carinho pela compositora. A canção, inclusive, foi regravada pela primeira vez justamente pelo Art Popular.

“O Anderson é um irmão de muitos anos e tem uma cultura muito vasta no samba. Tem um vídeo dele na Internet que me chamou muita atenção onde ele está bem pequenininho com o Cacique de Ramos cantando Roberto Carlos. Pensei: “O Anderson tem que está com a gente”. E a Leci, me veio à mente o número dela cantando “Zé do Caroço”, ela diz que foi o número mais importante que gravou. Compôs no trânsito e compôs do jeito que a gente fez em “Os Bambas”. Na semana em que a gente gravou com a Leci Brandão no auditório do Ibirapuera ela tinha perdido a mãe e cancelou todos os shows porque estava sem condições emocionais, mas resolveu estar com a gente para fazer uma homenagem para a mãe. Foi um momento antológico”, conta Leandro. 

40 anos sem Cartola

Há 40 anos perdemos um grande nome do samba, Agenor de Oliveira, popularmente conhecido como Cartola. Perguntei ao grupo a relação deles com um dos maiores sambistas cariocas e Leandro Learht respondeu saudoso:

“As rosas não falam iria estar no nosso repertório, mas a gente resolveu deixar pra outra oportunidade porque o Cartola é um compositor que ao mesmo tempo nasceu no morro da Mangueira e fundou a Estação Primeira de Mangueira, ele é um compositor muito refinado. Quem quer entender de música brasileira e quer conhecer grandes destaques da música  brasileira tem que ouvir Cartola. Existe uma gravação muito importante da Beth Carvalho de “As Rosas Não Falam”, “O Mundo é Um Moinho” também é uma música muito especial pra gente e tem várias músicas legais do cartola. Nós queremos saudá-lo, que é uma das grandes referências. Como compositor, ele é um dos grandes ídolos a serem estudados”, concluiu. 

Durante a conversa, o grupo deixou aberta a possibilidade de uma nova versão do álbum “Os Bambas”, ou seja, de repente os fãs que já estão curtindo o musical nas plataformas digitais poderão escutar a continuidade desse musical em breve. Aliás, há também grandes chances de acontecer o espetáculo presencial em 2021. O Art Popular está estudando para que tudo possa ser feito dentro dos protocolos de saúde necessários para a prevenção do Covid-19.

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ONGs de proteção animal | Conheça e veja como colaborar

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ONGs de proteção animal puderam divulgar seu trabalho, conscientizar o público e se aproximar de voluntários durante a VegFest 2022, realizada pela Sociedade Vegetariana Brasileira, em São Paulo, no início do mês. Foi uma oportunidade de apresentar seu trabalho, conscientizar, conquistar novos voluntários e vender produtos, o que ajuda na manutenção desses espaços que resgatam e cuidam de diversas espécies. Confere nesta matéria as várias formas de colaborar com a causa.

Fundadores de organizações também marcaram presença no IX Congresso Vegetariano Brasileiro, integrado à feira, como palestrantes falando sobre a realidade e dificuldades encontradas no trabalho de resgate e proteção de diversas espécies. “O trabalho é árduo. Não temos tempo de nos render à nossa própria dor, porque temos que salvar vidas”, contextualizou Patricia Favano, do Santuário Vale da Rainha.

Simultaneamente, foi realizado o lançamento do primeiro livro do Santuário Rancho dos Gnomos, fundado em 1991 pelo casal Silvia Pompeu e Marcos Pompeu. “Clã dos Ursos” conta a história desses animais resgatados e sua nova rotina no santuário. “Estar aqui é uma oportunidade de conscientizar e também de mostrar o quanto é possível e maravilhoso o veganismo, pois a mudança só é possível pelo conhecimento”, concluiu Silvia.

Da mesma forma, esteve representado na VegFest foi o Santuário Animal Sente, que mantém sob tutela cerca de 300 animais de diversas espécies, provenientes de situações de maus-tratos, abandono e exploração. “A gente precisa de apoio sempre e estar aqui nos dá mais visibilidade, o que ajuda para que a gente tenha mais apoio e possa melhorar a qualidade de vida dos animais que mantemos”, comentou Diego Naropa, vice-presidente e chefe de cuidados do santuário.

Veja mais informações sobre os Santuários

Santuário Vale da Rainha – Fundado em 2010 pelo casal Patricia e Vitor, na zona rural de Camanducaia, MG, abriga mais de 100 mestres animais entre bois, porcos, cavalos, jumentos, cabras, ovelhas, cães e gatos resgatados de maus-tratos. Para manter a alimentação, tratamentos, instalações e manejo dos animais, o santuário faz parcerias, promove vivências, aulas de yoga e meditação, comercializa produtos e livros autorais e recebe doações.

Santuário Rancho dos Gnomos – Fundado em 1991, em Cotia, SP, resgata e abriga animais exóticos, silvestres e domésticos, vítimas de crimes e maus-tratos, oriundos de circos, tráfico, rinhas, indústria da pele, desmatamento, queimada e abandono. Promove campanhas de conscientização ambiental e do veganismo. Para colaborar, há opções de voluntariado, doações e compra de produtos. O santuário não é aberto à visitação.

Santuário Animal Sente – Localizado em Cotia, SP, abriga cerca de 300 animais de diversas espécies e portes. Promove experiências e vivências para a conscientização sobre o veganismo e a proteção das espécies. Mantém suas atividades com doações, vendas de produtos de arte feitos por Nana Indigo (presidente) e Diego Naropa (vice-presidente) e com renda obtida no restaurante Lovegan Bistrô, em São Paulo.

Outras organizações presentes na VegFest

Ampara Animal – OSCIP sem fins lucrativos, fundada em 2010, que ajuda abrigos e protetores independentes. Conta com mais de 450 integrantes, protegendo e amparando mais de 100 mil animais por ano, com doação de ração, medicamentos e vacinas, castração e campanhas de doação. Interessados em ajudar podem fazer doação de valores financeiros, fornecer lar temporário ou adotar um animal.

Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal – A entidade começou a ser estruturada em 1998, para proteger animais, sem distinção de espécie em todo o país. Organiza ações e campanhas e mantém presença no Congresso Nacional, Assembleias Legislativas para influenciar o desenvolvimento de políticas públicas em favor dos animais. Possui a maior rede de organizações afiliadas, sendo 140 espalhadas pelo Brasil. Para se cadastrar como voluntário ou doador acesse o site.

Mercy For Animals – A MFA trabalha para proteger animais explorados para consumo. Atua com investigações secretas, em políticas corporativas em empresas alimentícias, está presente em fóruns sociais e tribunais de justiça, promove campanhas, capacita voluntários e busca o engajamento público. Para participar como doador, membro ou voluntário acesse: Seja voluntário(a) com a Mercy For Animals – Mercy For Animals.

ONG ARA – Amor e Respeito Animal – Foi fundada em 2011 e atua com resgate e cuidado com animais exóticos e de grande porte. É a organização responsável por mais de 1000 búfalas resgatadas em novembro de 2021, no caso conhecido como as Búfalas de Brotas, considerado o maior caso de abandono e maus tratos do Brasil. Para doações e voluntariado acesse o site.

Sinergia Animal – Organização Internacional com atuação sudeste asiático e América Latina, trabalha pelo fim das piores prática na pecuária industrial e pela diminuição de consumo de produtos de origem animal. Desde 2018 segue sendo reconhecida como uma das ONGs de proteção animal mais eficazes do mundo pela instituição Animal Charity Evaluators (ACE). É membro da Open Wing Alliance para criar uma frente unificada para liberar as galinhas poedeiras das gaiolas. Pelo site é possível fazer doações e se cadastrar para ações de ativismo (presencial ou online).

Sea Sheperd – É uma organização sem fins lucrativos, fundada em 1977, para defender, conservar e proteger a vida marinha e ecossistemas marinhos. Promove ações diretas para investigar, documentar e agir contra atividades ilegais nos oceanos. Pelo site e possível conhecer as campanhas da Sea Sheperd, tornar-se voluntário, patrono, doador ou embaixador.

*Foto de capa: site do Santuário Vale da Rainha

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