A 14ª edição da ArtRio, realizada na Marina da Glória, no Rio de Janeiro, foi um verdadeiro mosaico da diversidade cultural brasileira, recebendo um público de 60 mil pessoas entre os dias 25 e 29 de setembro. Este ano, o evento se destacou pelo novo pavilhão, que ofereceu mais espaço para galerias e uma agenda enriquecida de Conversas e Encontros.
Com a participação de 160 empresas e cerca de 90 expositores, a feira também recebeu 150 colecionadores e curadores de países como Estados Unidos, Panamá, Suíça, Espanha e França. Brenda Valansi, presidente da ArtRio, destacou a importância do evento ao refletir a miscigenação da cultura brasileira.
“Era possível ver refletida nas obras a diversidade da nossa trajetória e a importância de valorizar essa pluralidade”, afirmou Valansi.
Entre os destaques da feira, o Pérez Art Museum Miami adquiriu quatro obras de artistas brasileiros, fortalecendo seu compromisso em apresentar vozes diversas e enriquecer seus diálogos culturais. A ArtRio 2024 também premiou cinco artistas com o Prêmio FOCO ArtRio, focando no estímulo ao aprendizado e desenvolvimento da carreira artística.
O novo projeto arquitetônico permitiu uma ocupação inovadora do espaço, incluindo o Jardim das Esculturas, que se tornou um ponto de atração adicional. Além disso, a ArtRio integrou ações sustentáveis, como a reciclagem de materiais da feira, captação de energia solar e projetos de educação e inclusão social.
Com um impacto econômico estimado em R$ 120 milhões para a cidade do Rio de Janeiro, a ArtRio 2024 reafirmou seu papel como um dos principais eventos do calendário artístico brasileiro, promovendo não apenas a arte, mas também o diálogo, a inclusão e a responsabilidade social. Essa edição se tornou um marco, ressaltando a importância da diversidade e da pluralidade na arte brasileira contemporânea.
MAM e ArtRio
Nos corredores ainda conversei com Yole Mendonça. Ela é jornalista e gestora cultural, mestre em Bens Culturais e Projetos Sociais pelo Cpdoc/FGV, com MBAs em Marketing pela Coppead-UFRJ e Executivo pela FGV. Também é professora do MBA em Gestão e Produção Cultural da ABGC e dirigiu o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) no Rio, onde também foi responsável pela abertura da sede em São Paulo em 2001. Yole acaba de assumir a direção do Museu de Arte Moderna (MAM), que esteve presente na ArtRio com seus curtas de animação. O local será um dos palcos da Cúpula do G20, nos dias 18 e 19 de novembro. O museu está fechado para reformas desde maio e reabre após o evento. Ela afirmou que o MAM voltará a ter protagonismo entre a cultura carioca e internacional, com novos projetos e inovações.
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