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Cultura

Cantora Daíra: Amar e Mudar as Coisas e o sorriso de Belchior

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Daíra canta Belchior

Com uma bela dose de “Alucinação”, começa o álbum da cantora Daíra, do selo Porangareté. Ela não está interessada em teorias ou fantasias, e resolve cantar com emoção, trazendo uma interpretação diferenciada para os clássicos do Belchior. Quando declama “A terra toda é uma ilha”, dá uns arrepios gostosos e lembra um fado, a música típica portuguesa. É a canção “Princesa do Meu Lugar”. Certamente, uma releitura que cai com maestria no vibrante cantar da Daíra. Às vezes, tem um jeito de country também.

Inclusive, destaque para o clipe dessa última, filmado por Floriza Rios, trazendo todo um estilo de jornada, viagem – e homenagem. Com bonitas imagens, aquele jeito de mochilão, sabe? Também parece documentário e enaltece o protagonismo feminino. Vemos os rostos de várias mulheres distintas. A cantora parece já conhecer seu lugar. E é na MPB. “Paralelas” passou pela tangente sem me segurar muito, porém, em seguida, “Coração Selvagem”, me trouxe pressa de viver e continuar escutando Daíra, me chamando de meu bem, convidando para correr perigo. A vontade era aceitar, e aceitei. A interpretação dá vontade de pegar a mão da cantora e sair cantando por aí. O final em que ela vai subindo de tom, e descendo, subindo, brincando… Meu bem, é uma beleza.

O Cajueiro anda Aflorando

Enquanto escrevo essa resenha, vou escutando o álbum, já pela segunda vez. Melodicamente é uma maravilha, indubitavelmente bem gravado, produção musical e arranjos de Rodrigo Garcia e com Daíra em boa forma vocal. “Apenas um Rapaz Latino-Americano” é uma das minhas músicas preferidas desde criança. Difícil superar a original do Belchior, contudo, Daíra não procura superar nada, somente oferecer sua alma em forma de voz para nos dizer que tudo é divino e maravilhoso. “Jornal Blues” traz um estilo teatral que acrescenta bastante. Essa geração de músicos tem a força do amar, para mudar as coisas. Não é redundância, e nunca será. As mensagens de Belchior, sua incrível poesia, mantém vivo o sonho dos abraços e beijos sinceros. O som, a fúria, de um artista marcante e único que tanta falta nos faz reaparece nessa iniciativa.

A própria Daíra, em toda sua simpatia, após ver minha coluna no BLAHZINGA sobre o selo Porangareté, me enviou o álbum para que eu escutasse. Afinal, o que posso dizer para ela e para cada leitor é que Belchior, onde quer que esteja, sorri. Assim como nós que escutamos.

Afinal, veja o clipe de “Princesa do Meu Lugar”:

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Cultura

Ação Social pela Música chega a São Gonçalo e atenderá a comunidade do Jardim Catarina

Concerto de inauguração do Núcleo de Ensino – São Gonçalo com a
Camerata Jovem do Rio de Janeiro
acontece em 30 de março

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jardim catarina

Haverá um concerto gratuito com a Camerata Jovem do Rio de Janeiro, dia 30 de abril, às 17h

A Ação Social pela Música do Brasil (ASMB), projeto que há 25 anos promove a inclusão social de crianças e jovens de comunidades em situação de vulnerabilidade por meio do ensino de música clássica, acaba de chegar à comunidade do Jardim Catarina, em São Gonçalo.

A princípio, no dia 30 de março de 2023, o projeto oficializará a implantação do novo núcleo de aprendizado no território, em um concerto inaugural gratuito com a Camerata Jovem do Rio de Janeiro, a partir das 17h, na Associação dos Moradores e Amigos do Jardim Catarina.

As aulas começam na primeira semana de abril, atendendo a 110 alunos já inscritos com classes de instrumentos de corda como violino, viola, violoncelo e contrabaixo; além de flauta doce e musicalização. Posteriormente, os alunos vão compor uma nova orquestra de cordas. A ação é patrocinada pela Águas do Rio, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Esforço coletivo no Jardim Catarina

“Em termos de inclusão musical, nunca houve nenhuma ação como esta em São Gonçalo, portanto é um momento muito especial e estamos com grandes expectativas. Temos certeza de que o projeto se tornará modelo e que vai trazer muitos benefícios aos moradores e aos jovens da região. Quando a sociedade civil, as ONGs e as empresas cidadãs se unem, isso se traduz em justiça social”, conclui Fiorella.

Por fim, a criação do novo núcleo de ensino é o resultado de um esforço coletivo que uniu a ONG, lideranças locais, a Associação dos Moradores e Amigos do Jardim Catarina e a Águas do Rio. Este será o 7º núcleo de aprendizado da ASMB no Rio de Janeiro.

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