A ação Coletivona lança no Museu da Maré dia 18 de setembro às 18h a 3ª edição do CINE COLETIVONA, seu braço no audiovisual. Na noite de estreia serão exibidos 10 filmes de mulheres artistas mareenses desenvolvidos a partir do tema “O que as mulheres que te constituem sonhavam em 1988?”.
Em seguida, acontece uma roda de bate-papo que conta, além de uma intérprete de libras, com as realizadoras dos filmes, as integrantes do Coletivona, com a jornalista e diretora Andrea Cals, curadora do evento, e Claudia Rose, coordenadora do Museu da Maré que é a curadora convidada.
O projeto apresenta ações gratuitas de criação de Memórias da Maré com protagonismo feminino a partir de atravessamentos com datas fundantes na História do Brasil, com o foco no ano de 1988, quando temos o cruzamento de dois acontecimentos essenciais – a promulgação da 7ª Constituição Brasileira e a oficialização da Maré como região administrativa da cidade do Rio de Janeiro.
Constituição
Além disso, no mesmo dia, antes da exibição dos microfilmes, está a leitura do texto inédito “CONSTITUIÇÃO” e a apresentação do espetáculo “ROSE”.
“O evento propõe uma ocupação no Museu com a Constituição do Brasil, a Maré e as memórias de mulheres do território como protagonistas. Elaboramos o Cine Coletivona a partir do eixo central da Coletivona, que se constitui em processo permanente de busca de modos de convivência em arte com o desejo de gerar saúde coletiva em rede a partir da convivência no chão mareense”, ressalta Natasha Corbelino, da Corbelino Cultural, idealizadora do projeto.
A proposta é que a Maré atravesse e inunde a prática de pessoas moradoras das zonas sul e norte. Afinal, mulheres são pontes de interação nas ações do projeto desde o começo e aqui seguem como protagonistas. Logicamente homens que queiram ocupar lugares de escuta e parceria são muito bem recebidos.
“Desejamos fomentar e circular um acervo de fatos que narram o território inserido na história do país com protagonismo feminino para falar do bicentenário da Independência: uma Constituição Nacional e o processo da constituição legal do próprio bairro de moradia. Como será que as mulheres da Maré querem contar este capítulo da História da Independência do Brasil a partir de suas travessias?”, reflete Natasha.