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Crítica | Armageddon Time

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crítica armageddon time

A ideia do novo filme do cineasta James Gray, Armageddon Time é boa. Uma história de amadurecimento de uma família, em especial, o jovem Paul (Michael Banks Repeta), um autorretrato do diretor James Gray.

Tudo se passa na Nova York dos anos 1980, durante as eleições que levaram Ronald Reagan à presidência dos Estados Unidos. Então, conhecemos a família Graff, a qual vive no Queens. Paul, a mãe Esther (Anne Hathaway), seu pai Irving (Jeremy Strong), seu irmão mais velho Ted (Ryan Sell) e seu avô Aaron (Anthony Hopkins)  precisam lidar com as mudanças ao redor. Em específico, o racismo e a desigualdade social são temas bastante abordados.

Paul é um menino sonhador e muito ligado a seu avô, que faz amizade com Johnny (Jaylin Webb), um garoto negro sem perspectivas. A fotografia favorece o retorno ao passado e aos anos 80, lembrando sépia, e é uma das virtudes da película. O elenco estelar não deixa a desejar. Anthony Hopkins, Anne Hathaway e Jeremy Strong fazem bem seus respectivos papeis, porém, no geral, o filme não emociona como deveria e não cativa ou prende o espectador.

Belo

Armageddon Time é bonito, e, novamente, as atuações são boas. Contudo, fui esperando algo que emocionasse, como Ad Astra me emocionou. Não foi o caso. O diretor tenta falar do racismo estrutural, mas falta profundidade em sua abordagem, que só resvala nos assuntos.

Entretanto, há bons momentos e diálogos relevantes, como o de Irving com Paul após a detenção do menino, que retratam bem a sociedade desigual da época, e fazem um paralelo com o que vivemos agora. Armageddon Time é um filme valoroso em muitos aspectos, mas deixa um ar de que poderia ser melhor.

Afinal, com distribuição da Universal Pictures, o filme estreia neste 10 de novembro nos cinemas brasileiros.

Enfim, veja o trailer:

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Cinema

Crítica: Transo

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capa de Transo, silhueta de uma pessoa com prótese

Ao assistir ao documentário “TRANSO”, refleti sobre a peça de teatro “Meu Corpo Está Aqui“, Fica evidente a poderosa narrativa que ambos compartilham sobre a invisibilidade das pessoas com deficiência na sociedade. A forma como essas obras abordam as experiências íntimas e pessoais desses indivíduos é impactante e provocativa.

O documentário mergulha calorosamente na vida sexual dos atores. Dessa forma, quebra tabus e preconceitos ao mostrar que a deficiência não é um obstáculo para a vivência plena da sexualidade.

O documentário, assim como a peça de teatro, é um veículo para desafiar percepções e estimular conversas importantes sobre inclusão.

Impacto Social

Em um mundo que frequentemente marginaliza e exclui as pessoas com deficiência, é importante dar voz a esses indivíduos e celebrar sua capacidade de amar, se relacionar e sentir prazer.

Além de abordar as experiências individuais, o documentário também nos traz reflexões sobre a construção social da sexualidade e como as pessoas com deficiência são constantemente erotizadas ou dessexualizadas pelo olhar alheio.

Nas histórias compartilhadas fica evidente que existem diferentes formas de vivenciar o sexo e os relacionamentos, e que cada pessoa tem suas próprias necessidades, desejos e limitações. É importante lembrar que a diversidade também se faz presente nesse aspecto fundamental da humanidade.

Afeto

Ao enfatizar o afeto e o auto prazer, “Transo” nos leva a repensar conceitos tradicionais de sexualidade e a entender que o prazer não é exclusivo do sexo genital, mas sim uma vasta gama de sensações e experiências. Essa ampliação de perspectiva nos ajuda a enxergar além dos estereótipos estabelecidos e a celebrar a pluralidade da sexualidade humana.

O longa conta com a participação de Ana Maria Noberto, Adrieli de Alcântara, Daniel Massafera, Edvaldo Carmo de Santos, Fernando Campos, Jonas Lucena da Silva, Kollinn Benvenutti, Marcelo Vindicatto, Mona Rikumbi, Nayara Rodrigues da Silva, Nilda Martins, Siana Leão Guajajara.

Cineasta e pesquisador

Como uma pessoa sem deficiência, Messer conta que sua abordagem em relação ao tema é completamente observacional:

“O primeiro passo foi estudar o assunto e escutar os participantes antes mesmo de iniciar a gravação. No geral, percebi que muitas pessoas com as quais conversei estavam ansiosas para debater o tema”

A saber, o projeto de “Transo” começou quando o diretor produziu, em 2018, um curta sobre Mona Rikumbi, a primeira mulher negra a atuar no Theatro Municipal de São Paulo. Durante o processo deste filme, eles se tornaram amigos, e Mona, um dia, relatou da dificuldade de se encontrar motéis acessíveis na cidade.

Por fim, o o documentário está no Canal Futura e Globoplay.

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