Os filmes da Marvel mantém um padrão, uma fórmula. Nos últimos tempos alguns desceram abaixo do nível básico de entretenimento. Capitão América: Admirável Mundo Novo resgata alguma boas ideias de O Incrível Hulk, de 2008, e consegue entregar diversão. Sem inovar, sem impressionar, enrolando bastante.
Sim, enrolando. O que esperamos o filme inteiro para acontecer ocorre somente no final. Quando a esperada batalha clímax acontece é até possível se mexer um pouco na cadeira.
Cena pós-créditos? Tem, só uma, a qual, inclusive, ignorei. Saí antes. Por que? Simplesmente porque eu tinha a certeza de que seria totalmente inútil e não acrescentaria em nada como a maioria dessas cenas tem feito… Pelo que me disseram, acertei!
Anthony Mackie, o Capitão, é uma das melhores coisas do filme, um bom herói, determinado, cheio de personalidade.

Ele não decepciona. O advento do adamantium cria expectativas para vermos Wolverine e os X-men, mas não há nenhuma indicação ou referência. Os diálogos no geral seguem os clichês tradicionais. A direção de Julius Onah é instável, irregular, sem nenhuma inovação.
Em verdade, o filme todo é marcado pela inconsistência. Algumas cenas de luta são boas para os padrões da Marvel, os efeitos visuais e cenários são ok. O roteiro, assinado por cinco escritores, é bem confuso e evita qualquer abordagem política relevante, enfraquecendo o impacto do mistério e do vilão principal, que carece de profundidade e consistência.
Reitero que Anthony Mackie se destaca com carisma, empatia e força ao papel. Sua interpretação explora a humanidade de Sam Wilson, um herói sem superpoderes, mas com determinação inabalável. Apesar disso, o arco do personagem é raso, limitado a exonerar um amigo preso. As cenas de ação focadas em combates corpo a corpo são o ponto alto, contrastando com os momentos mais fantasiosos.
O filme também se concentra em elementos do universo do Hulk, como a transformação de “Thunderbolt” Ross em Hulk Vermelho, o que o faz parecer mais uma sequência de O Incrível Hulk do que um capítulo da franquia Capitão América.
Embora existam promessas para futuros projetos da Marvel, não tem nada de novo, muito menos admirável em Capitão América: Admirável Mundo Novo. É a fórmula Marvel não conseguindo se renovar. São tantos anos com tantas histórias mais interessantes a serem abordadas e seguimos com um festival de clichês interminável.
Uma pena. Ou seja, Capitão América: Admirável Mundo Novo é o velho Universo Cinematogrático Marvel, contudo, não de forma positiva. Não é aquele que empolga e emociona. É aquele cansativo e mais do mesmo. Sinto falta de sentir ansiedade e empolgação para ver um filme da Marvel. Talvez por isso estejam desesperados trazendo de volta os símbolos da época áurea. Achávamos por aqui que seria um grande erro, mas parece cada vez mais ser a única tábua de salvação deles… A falta de criatividade impera.
Siga-nos e confira outras dicas em @viventeandante e no nosso canal de whatsapp !
Capitão América: Admirável Mundo Novo estreia em 13 de fevereiro nos cinemas.