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CinemaCrítica

Crítica | ‘Coisas do amor’ valoriza o teatro independente

Por
Livia Brazil
Última Atualização 17 de agosto de 2023
6 Min Leitura
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Tópicos
Linhas narrativas que se entrelaçamTeatro e audiovisualFicha TécnicaPor fim, leia mais:

Uma notícia ruim para muito que lerão essa crítica: Coisas do amor estreia, por enquanto, somente nos cinemas de São Paulo, Jundiaí, Curitiba e Porto Alegre. Porém, se interessar, melhor ficar de olho porque vai que, em breve, estreia nas outras cidades também? Dito isso, vamos para a história.

O longa alemão de 99 minutos é uma comédia levemente romântica. Digo levemente porque, apesar de ter um relacionamento amoroso no enredo, fala mais sobre estar perdido e buscar uma maneira de se encontrar do que de outra coisa. Sobre deixar o passado para trás e focar no futuro. Marvin Bosch é uma estrela de cinema prestes a estrear mais um filme. Como parte do lançamento, o ator dá uma entrevista para uma jornalista de tabloide, que explora uma parte de sua vida que ele não quer mais lembrar. Depois disso, ele foge e acaba entrando em um pequeno teatro. O teatro é dirigido por Frieda e um grupo feminista independente LGBTQIAP+ e, infelizmente, está à beira da falência. A partir de então, as vidas de Marvin e Frieda se cruzam. Eles podem aprender muito um com o outro, mas será que vão conseguir?

Bateu a curiosidade? Pois assista o trailer de Coisas do amor para matá-la um pouquinho.

Linhas narrativas que se entrelaçam

Num cenário bastante colorido, que remete aos anos 70, principalmente no teatro, o espectador segue duas histórias. A primeira e principal é a história de Marvin, esse ator complexo e cheio de mistérios e dúvidas, que é visto pelo público e pelos tabloides como uma peça feita para entretê-los. Já a segunda história é de Freida e desse grupo teatral tão diverso. Muito mais preocupados com a qualidade da arte do que com o lucro que terão a partir dela, eles veem a razão de suas vidas – e o lugar onde podem ser e se expressar livremente – prestes a acabar. E poderiam fazer de tudo para que isso não acontecesse.

Confesso que gostaria que essa parte do filme fosse explorada mais. A impressão que dá é que quiseram colocar muita complexidade nas duas histórias, o que é um fator muito positivo. Houve, contudo, por causa do tempo de filme, talvez, pouco tempo para desenvolvê-las. O que acaba tornando seus desfechos muito rápidos e simples. As duas linhas narrativas são muito interessantes, então mereciam conclusões mais elaboradas, com mais tempo de tela. Outra personagem que merecia mais tempo de tela é Freida. O foco do longa é Marvin, é sabido, mas Freida (e também seu grupo) é uma personagem tão encantadora e incomum que ficamos com sede de saber mais ainda sobre ela. Quem sabe em um spin-off?

Teatro e audiovisual

Apesar de ser um filme que fala muito sobre o audiovisual, já que o protagonista é uma estrela de cinema, percebe-se que houve um empenho em valorizar os grupos de teatro independentes. Mais ainda os que falam sobre temas que ainda são tabus ou são vistos como controversos pelo público, como feminismo, menstruação ou identidade de gênero. A forma como a diretora escolheu abordar esses assuntos, de uma maneira engraçada e criativa, é, sem dúvida, o ponto alto do filme. Impossível não abrir um sorriso na dança coreografada das pessoas vestidas de absorvente interno. Hilário! Por causa do grupo teatral também foi possível, como citado acima, brincar muito com os aspectos visuais do filme. Nota 10 pra equipe de arte e figurino.

Agora, uma curiosidade: algumas atrizes presentes no filme, como Linda Pöppel, Anna Thalbach e Maren Kroyman, são oriundas do teatro independente. Segundo a diretora, Anicka Decker, há muito talentos “escondidos” no teatro independente da Alemanha.

“Gosto do fato de poderem transitar entre os dois mundos, do teatro e do cinema. Os teatros independentes lutam para encontrar o seu público, mas os que o conseguem têm uma atmosfera especial. Espero que possamos apoiá-los na Alemanha da melhor maneira possível, pois é muito importante. Sem cultura, um país não vale nada. E na cena do teatro independente, ela está presente em sua forma mais pura.”, falou a diretora.

Coisas do amor estreia nesta quinta-feira, dia 17 de agosto, exclusivamente nos cinemas brasileiros.

Ficha Técnica

COISAS DO AMOR

Alemanha | 2022 | 99 min. | Comédia Romântica

Título Original: Love Thing | Liebesdings

Direção e roteiro: Anika Decker

Elenco: Marco Albrecht, Peri Baumeister, Lucie Heinze, Alexandra Maria Lara, Elyas M’Barek, Anton Weil

Distribuição: A2 Filmes

Por fim, leia mais:

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Tags:Cinemacinema alemãocinema europeucomédiacomédia romântica
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Escritora, autora dos livros Queria tanto, Coisas não ditas e O semitom das coisas, amante de cinema e de gatos (cachorros também, e também ratos, e todos os animais, na verdade), viciada em café.
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