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DESERTO, direção Luiz Felipe Reis, com Renato Livera, foto de Renato Mangolin
CríticaCulturaEspetáculos

Crítica: Entre no “Deserto” poético de Roberto Bolaño e Luiz Felipe Reis

Por
Alvaro Tallarico
Última Atualização 7 de junho de 2024
4 Min Leitura
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Renato Livera em foto de Renato Mangolin
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Todos temos nossos desertos. Uma metáfora tradicional, desde os tempos da bíblia. “Então Jesus foi levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo Diabo” está em Mateus 4:1. “O deserto é também o lugar do essencial”, já disse Papa Francisco. O novo espetáculo “Deserto”, dirigido por Luiz Felipe Reis e encenado pela Cia. Polifônica, com atuação ótima de Renato Livera, traz uma dramaturgia original que foca nas reflexões do poeta e escritor chileno Roberto Bolaño.

Vi numa quinta-feira (06) de outono carioca, que mais parecia um dia de verão europeu. O espetáculo parece começar de forma morna, mas é somente o início da montanha russa pela qual leva o espectador. Para os esotéricos, dia de portal (06/06). A peça é um portal, seja o dia que for, pois nos faz adentrar na obra e na filosofia de vida de um poeta latino-americano, faz com que olhemos para o abismo da maldade, que nos olha de volta. Contudo, ao mesmo tempo, faz com que naveguemos pela beleza da poesia, e do poeta, da visão que faz esse ser tão diferente, num outro plano dimensional.

Desenhos no abismo

A forma como “Deserto” está desenhado, misturando literatura, poesia, música e dança, juntamente com um belo trabalho de iluminação de Alessandro Boschini e vídeo de Julio Parente, conduz com encanto pela jornada do protagonista. Tudo é costurado com eficiência pela direção e dramaturgia original de Luiz Felipe Reis.

Por outro lado, se não fosse pela atuação tão entregue de Renato Livera, os efeitos no público não seriam os mesmos. Ele vai da palestra simples até a raiva catártica, por arroubos revolucionários, indignações com o pior da humanidade, e faz poesia através da expressividade corporal delineada pela luz e muitas vezes num amálgama com o fundo visual.

“Deserto” me enganou algumas vezes. Parecia que terminaria, mas continuava. O discurso inflamado do protagonista em dado momento é incisivo, principalmente para quem acredita na poesia e vive o cotidiano. E para quem não crê, é um tapa na cara.

Ao meu lado no espetáculo estava meu amigo Saulo Machado, o qual, ao sair, resumiu sua opinião de forma criativa. Disse que a obra era “3K”: catártico, caótico e carismático. Uma boa síntese.

Afinal, a estreia nacional aconteceu no dia 2 de maio e “Deserto” segue em cartaz no Teatro do Futuros – Arte e Tecnologia (antigo Oi Futuro), localizado no Flamengo, Rio de Janeiro, com temporada até 23 de junho.

Serviço

Local: Futuros – Arte e Tecnologia

Rua Dois de Dezembro, 63, Flamengo, Rio de Janeiro (próximo ao Metrô Largo do Machado)

Informações/tel.: (21) 3131-3060

Temporada: 02 de maio a 23 de junho de 2024, quinta à domingo, às 20h

Ingressos: R$ 60,00 (Inteira) | R$ 30,00 (Meia)

Lotação: 63 lugares, sendo 1 espaço para PCR, 1 assento para pessoa obesa e 1 assento reservado para acompanhante de PCD.

Duração aproximada: 80 minutos

Classificação indicativa: 16 anos

Por fim, leia:

‘O Fim do Teatro’ realiza temporada no Teatro Glauce Rocha
Fernando Anitelli, cantor de O Teatro Mágico, anuncia projeto ‘Histórias Para Cantar’
‘Um Rio Dentro de Mim’ reestreia no Rio de Janeiro

Tags:critica desertodeserto oi futuropeça desertorenato livera
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Jornalista especializado em Jornalismo Cultural pela UERJ.
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