Conecte-se conosco

Cinema

Crítica | ‘Avatar’ abre o caminho da água

Publicado

em

Avatar 2

Avatar (2009), de James Cameron, volta aos cinemas como um termômetro de expectativa para o segundo filme, e, claro, mostrar para quem não pôde ver na telona em 3D o porquê de sua importância. A proposta aparentemente deu certo, o longa foi a maior bilheteria mundial desse final de semana arrecadando US$ 30,5 milhões em ingressos. Mas será que esse sucesso se reverte para a continuação?

A evolução do 3D

O filme tem como seu maior chamariz os efeitos especiais e a imersão proporcionada pelo 3D nativo. Desde então o recurso tem sido usado à exaustão, e na maioria das vezes não sendo satisfatório. Isso nos afasta daquele encantamento que o filme de 2009 trouxe, aliado a isso tem o fato de que o 3D só funciona em toda sua potência em salas específicas como as com tecnologia IMAX. Contudo, mesmo vendo o filme nas condições ideais o impacto se perdeu um pouco.

Ainda temos o extraordinário mundo de Pandora e as poderosas máquinas humanas que juntos dão um espetáculo visual. As plantas e a atmosfera do planeta são exaltadas em uma fotografia muito bem elaborada. A anatomia dos animais e dos Na’vi são muito críveis, mesmo com algumas texturas datadas. Tudo isso dá o toque especial de Avatar, conhecer um mundo completamente novo, quando bem concebido, sempre vai encantar o público. Porém, apesar de criativo em seu conceito, o primeiro filme tem uma história muito básica e sem surpresas.

O homem branco salvador

Ao olhar para a história de Avatar ela não é nada inovadora e sujeita a críticas. Os Na’vi e sua relação com a natureza são a melhor coisa do filme e os humanos estão ali para estragar com tudo, em todos os sentidos. Os terráqueos são os grandes vilões invasores, querem explorar os minérios do planeta e para isso se infiltram entre os nativos para aprender sobre eles e expulsá-los de suas terras. Nada que a humanidade já não tenha feito incontáveis vezes.

Mas também é um militar e uma cientista brancos e americanos que vão salvar os “selvagens”. Esse é o ponto que enfraquece toda a ideia do filme, principalmente nos dias de hoje. Fica aquela sensação de incompatibilidade que tira muito da imersão e pode afastar da franquia. Sam Worthington, que faz o protagonista Jake Sully, atrapalha mais ainda com sua falta de carisma.

O futuro

Avatar: O Caminho da Água tem potencial para deixar esses problemas de roteiro para trás. Jake Sully e Neytiri terão três filhos biológicos e um jovem humano adotado, uma aventura com adolescentes pode trazer um frescor a trama de Na’vis contra humanos. O foco na tribo das águas também ajuda a explorar ainda mais Pandora. Somente o retorno de alguns personagens que morreram no primeiro filme que deixa algum receio.

Quanto ao 3D, pelos minutos exibidos do novo filme durante o relançamento do primeiro, não parece que teremos uma grande evolução. Pelo menos não quanto a coisas saindo da tela, é claro que na questão de profundidade do cenário isso pode ser diferente, mas não foi perceptível. Porém a qualidade das texturas dos elementos em CG certamente evoluiu muito e teremos um filme ainda mais bonito nas telas em dezembro. Que James Cameron nos surpreenda novamente.

Enfim, confira o teaser trailer de Avatar: O Caminho da Água:

Ademais, veja mais:

Crítica | ‘Um Dia Para Sempre’ é comédia romântica tipo ‘Feitiço do Tempo’

Um Pequeno Grande Plano | Crítica

Crítica | ‘Guia Romântico Para Lugares Perdidos’ tem poesia e catarse

Estudante de Comunicação Social com foco em Cinema. Além dos filmes, amo quadrinhos e vídeo games, sempre atrás de boas histórias.

Cinema

‘A Filha do Rei do Pântano’ tem fotografia eficiente em um suspense que começa bem

Daisy Ridley estrela

Publicado

em

crítica A Filha do Rei do Pântano da Diamond Films

“A Filha do Rei do Pântano” (The Marsh King’s Daughter), dirigido por Neil Burger e estrelado por Daisy Ridley (da última trilogia Star Wars) e Ben Mendelsohn, chega aos cinemas com grandes expectativas, especialmente devido ao seu elenco e à adaptação do best-seller homônimo de Karen Dionne. O filme começa prometendo oferecer uma experiência envolvente e sombria, mas, infelizmente, não consegue cumprir todas as suas promessas.

A princípio, o início, com a infância de Helena e sua relação com o pai é uma das primeiras coisas que se destacam em “A Filha do Rei do Pântano”. Cheguei a lembrar um pouco do bom “Um Lugar Bem Longe Daqui“, por ter essa questão familiar e uma jovem menina na natureza. Ambos são baseados em livros de sucesso. Contudo, enquanto “Um Lugar Bem Longe Daqui” oferece um roteiro bem amarrado que prende até o fim, com boas viradas, “A Filha do Rei do Pântano” vai se perdendo aos poucos, com alguns furos sem explicação como o que aconteceu com o trabalho da protagonista e os cúmplices do Rei do Pântano.

Aliás, veja o trailer de “A Filha do Rei do Pântano” em seguida, e continue lendo:

Entretanto, a fotografia de Alwin H. Küchler é uma virtude. As cenas noturnas são especialmente cativantes, capturando a atmosfera sombria e opressiva do pântano de forma impressionante. A paleta de cores utilizada ressalta a sensação de isolamento e perigo que permeia a trama, proporcionando um cenário visualmente impactante que contribui muito para o clima do filme. A cena onde Helena flutura num lago, e só vemos seu rosto, é linda. Assim como aquela que abre a película.

No entanto, apesar da beleza da cinematografia, as falhas e furos do roteiro prejudicam a narrativa. A premissa de uma mulher que precisa enfrentar seu passado sombrio para proteger sua filha é clássica, mas a execução deixa a desejar em vários momentos. A falta de desenvolvimento de certos personagens e subtramas deixa o espectador com perguntas não respondidas e cria um vazio na história que poderia ter sido melhor explorado.

Outro ponto que deixa a desejar é o final previsível. Desde o início, o destino de Helena (Daisy Ridley) parece traçado de forma óbvia, o que tira um pouco do impacto emocional que o filme poderia ter alcançado. A ausência de reviravoltas surpreendentes ou momentos verdadeiramente chocantes contribui para que a trama se torne previsível e, em última análise, menos satisfatória.

Daisy Ridley entrega uma atuação convincente como Helena, mas nada genial. Ben Mendelsohn está bem como o sinistro Rei do Pântano, principalmente no começo do filme. Além disso, a fofa Joey Carson como Marigold Pelletier cativa.

Em resumo, “A Filha do Rei do Pântano” é um filme que brilha em sua cinematografia, mas que peca em seu roteiro e na falta de surpresas em sua narrativa. Para os fãs do gênero suspense, pode valer a pena conferir pela atmosfera e a boa primeira metade, mas é importante se preparar para algumas decepções ao longo do caminho. O começo é bom, mas o final deixa um gosto amargo.

Por fim, o suspense de Neil Burger estrelado por Daisy Ridley e Ben Mendelsohn estreia nos cinemas em 28 de setembro.

Por fim, leia mais:

Ângela | Crime retratado em podcast vira filme

Premiado em Gramado, ‘Tia Virgínia’, com Vera Holtz, ganha novo trailer e data de estreia

Nosso Sonho | História de Claudinho e Buchecha vira bom filme nacional

Continue lendo
Anúncio
Anúncio

Cultura

Crítica

Séries

Literatura

Música

Anúncio

Tendências