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CinemaCrítica

Crítica: Elio é uma jornada sobre família e solidão

Por
André Quental Sanchez
Última Atualização 16 de junho de 2025
6 Min Leitura
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Dirigido por Domee Shi e Madeline Sharafian, Elio segue à risca o manual da Pixar, emocionando, porém, sem inovar narrativamente, mantendo sua mensagem no raso

Com seu primeiro longa metragem, Toy Story (1995, John Lasseter), a Pixar Animation Studios construiu um caminho para animações subsequentes, tanto em questão técnica quanto em questão de narrativa, ousando focar em histórias inovadoras e que alteravam os pontos de vista que estávamos acostumados, seja por meio de brinquedos, monstros ou até mesmo carros, surgiram diversos sucessos, marcando gerações, emocionando pessoas e trazendo personagens icônicos à vida. Parte deste sucesso é explicado no livro Criatividade S.A (2014, Edwin Catmull).

Escrito pelo co-fundador da Pixar, Criatividade S.A mostra os segredos por trás de grandes sucessos do estúdio como Toy Story, Monstros S.A (2001, Pete Docter) e Procurando Nemo (2003, Andrew Stanton), além de contar segredos e explorar a questão do marketing criativo, dando dicas inclusive sobre gerenciamento de empresas, demonstrando, assim, como alguns mandamentos básicos, incluindo um dos mais importantes do livro: abraçar os riscos.

Em resumo, Edwin Catmull explica que para alcançar o sucesso, é necessário tomar riscos e experimentar, mesmo que cometa erros em seu caminho, podendo a partir deles, desenvolver soluções e projetos ainda maiores. Elio não é este caso, não ousando nem no quesito técnico, se mantendo preso em uma estética 3d que ainda se assemelha muito à Toy Story, enquanto outros estúdios de animação como a DreamWorks Animation tentam se desvincular cada vez mais, como é o caso de Os Caras Malvados (2022, Pierre Perifel), e nem ousando em quesito narrativo.

Confira abaixo o trailer de Elio e continue lendo a crítica

O desenvolvimento de Elio foi marcado por turbulências, desde um anúncio na D23 de 2022, a produção passou por diversas mudanças, incluindo mudanças de dublador, America Ferrera sendo substituída por Zoe Saldana, a saída de Adrian Molina, diretor de Viva: A Vida é Uma Festa (2017, Adrian Molina), do cargo de direção, e até mesmo uma mudança temática em sua história, afinal, em seu primeiro teaser lançado em 2023, seu tom aparentava ser bem mais sombrio, e modesta a parte, bem mais interessante, do que o resultado colorido que obtivemos como resultado.

Elio

Cena de Elio- Divulgação Walt Disney Animation Studios

O tom mais maduro, sóbrio e filosófico de seu primeiro material, deu lugar a uma jornada colorida e que já vimos muitas vezes, o que já demonstra problemas internos, e uma falta de confiança no conteúdo original, assim, ao invés de correr riscos, a produção optou por fazer uma jornada colorida, com personagens que vão cativar as crianças, uma jornada entre tia e sobrinho que é o coração do filme, menções e homenagens a filmes sobre alienígenas, emocionando, porém, errando a marca que poderia ter atingido.

A questão de Elio, uma criança hiperativa com baixa auto estima, fazendo amizade com um alienígena criança, que também tem problemas familiares, aparenta ser vazio, por que é. Já vimos esta interação diversas vezes, e até mesmo entre o jovem e o alienígena, não existe conflito, algo ausente em grande parte da produção.

Vamos desconsiderar o uso exagerado de cores, a questão do filme não apresentar um clímax bem definido, o seu tom ir do cômico ao trágico sem tempo para absorção do público, o fato que o roteiro é recheado de truques baratos que as recompensas podem ser vistas de longe, e simbolismos óbvios demais para serem tratados no momento, como a abertura da armadura de carapaça, com o intuito de acolher aquele que ama.

Elio funciona emocionalmente? Sim, porém, um universo de distância da organicidade de Up: Altas Aventuras (2009, Pete Docter) ou da cena de Jessie em Toy Story 2 (1999, John Lasseter), se distanciando até mesmo de um diálogo tão potente quanto o do terceiro ato de Universidade Monstros (2013, Dan Scanlon). Ao seu final, Elio emociona por conta de seu contexto e temática de família e solidão, emocionando o seu público, afinal, o conforto de saber que não estamos sozinhos é algo que todos necessitamos, porém, ao passar de uma semana, um mês, talvez um ano, ele será esquecido por se recusar a cometer erros, e tentar algo novo.

Elio

Imagem de divulgação de Elio- Divulgação Walt Disney Animation Studios

A busca por inovação e criatividade, e o eventual fracasso, é sempre o que leva à melhoras, é o que cria produções que soltam ecos na eternidade, como Toy Story ou Monstros S.A, enquanto uma saída genérica e esquecível, dentro de um padrão de animação exaustivo, nos leva a tentativas divertidas como Elio, que são esquecidas em pouco tempo.

Elio é uma produção Pixar Animation Studios e estreia nos cinemas nacionais no dia 19 de Junho.

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Tags:animaçãoCinemaCrítica EliodisneyDisney Pixar ElioEliolançamento pixarnovo filme pixarpixar
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