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Crítica

Cidade dos Mortos | Série russa explora a psique humana em cenário apocalíptico

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série Cidade dos Mortos

Por acaso, zapeando na Netflix me deparei com essa série nova, Cidade dos Mortos. Não sabia nada sobre, mas o nome me chamou atenção. Depois de ver FLU (filme coreano sobre uma epidemia), esse tema de pós apocalíptico com pandemia que infelizmente se faz presente no nosso cotidiano hoje se torna cada vez mais realista.

Começamos a acompanhar a história de Sergei (Kirill Karo) com suas “duas famílias”, sua ex-mulher, seu filho, sua atual esposa e o enteado. O filho é pequeno e seu enteado tem Síndrome de Asperger. Cidade dos Mortos veio a calhar com uma trama atual e que consegue mostrar como o macro influencia no ambiente de cada indivíduo. Além disso, como isso pode nos afetar mentalmente e como usar válvulas de escape pode ser perigoso. Todos os personagens principais têm seus dramas pessoais e familiares, são densos e bem trabalhados, incluindo os que surgem após alguns episódios. A série explora a psique humana ao seu máximo, desde mostrar o subconsciente e como algumas coisas simplesmente não conseguem mudar, até a parte que estão em adrenalina e tomam atitudes totalmente inconsequentes.  

Ângulos incomuns

A câmera tem uns planos diferenciados, com rotações e ângulos a princípio incomuns. Aliás, isso pode até incomodar algumas pessoas. Particularmente, achei um toque bem interessante, diálogos são bem trabalhados e, em especial, uma cena final no segundo episódio foi muito marcante, e as ligações de passado/futuro dos personagens foram importantíssimas para que a trama tomasse a densidade que tomou. 

A série russa me surpreendeu muito positivamente por fugir de clichês e não ficar em um padrão “The Walking Dead”. Enfim, para alguém que nunca viu nada de lá, acho que é uma boa série de abertura para o audiovisual russo. Inclusive, acho que tem tudo para ser um sucesso aqui no Brasil. Recomendo fortemente se curte temática apocalíptica!

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Cinema

Crítica | Transformers: O Despertar das Feras

Sétimo da franquia é mais do mesmo, mas superior a outros

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transformers o despertar das feras

O início de Transformers O Despertar das Feras (Transformers: Rise of the Beasts) é frenético, com uma boa batalha. Em seguida, conhecemos os protagonistas humanos, que são mais cativantes do que de outros filmes. O rapaz latino Noah Diaz (Anthony Ramos) e seu irmão (Dean Scott Vazquez), o qual serve mais como uma metáfora para o espectador. E a divertida Dominique Fishback, como Elena Wallace.

Nessa primeira parte do filme há algumas boas críticas, como o fato de Elena ser uma estagiária e saber muito mais que sua chefe, porém, sem levar nenhum crédito por isso. Enquanto Noah tem dificuldades de arrumar um emprego. Há aqui uma relevante abordagem sobre periferia (Brooklyn) ao vermos alguns dos desafios da familia de Noah, o que o leva a tomar decisões errôneas. A princípio, é um bom destaque essa caracterização dos personagens, em especial, favorece o fato da história se passar em 1994.

Dessa vez, o diretor é Steven Caple Jr., o qual não tem a mesma capacidade de Michael Bay para explosões loucas e sequências de ação. Steven faz sua primeira participação nesse que é o sétimo filme dos robôs gigantes. Ele era fã de Transformers quando criança e procura mostrar os Maximals (Transformers no estilo animal) de uma maneira autêntica.

Aliás, veja um vídeo de bastidores e siga lendo:

O público alvo do longa é o infanto-juvenil, que pode se empolgar com algumas cenas. Contudo, no geral, o roteiro é um ponto fraco. O Transformer com mais destaque aqui é Mirage, que fornece os instantes mais engraçados da história e faz boa dupla com Noah.

Além disso, as cenas no Peru e a mescla de cultura Inca com os robôs alienígenas é válida, com alguma criatividade e algumas sequências tipo Indiana Jones. Há muitas cenas em Machu Picchu e na região peruana que são belíssimas e utilizam bem aquele cenário maravilhoso. Vemos, por exemplo, o famoso festival Inti Raymi em Cusco, antiga capital do Império Inca, o qual o longa usa com alguma inteligência. Pessoalmente, essas partes me trouxeram lembranças pelo fato de que já mochilei por lá (veja abaixo), então aqui o filme ganhou em em relevância pra mim.

O longa se baseia na temporada Beast Wars da animação e traz o vilão Unicron, um Terrorcon capaz de destruir planetas inteiros. Na cabine de imprensa, vimos a versão dublada, a qual ajuda a inserir no contexto dos anos 90 com gírias da época.

Por fim, dentre os filmes dessa franquia que pude ver, esse sétimo está entre os melhores, apesar de ser somente regular, e conta com momentos divertidos. Além disso, a cena pós-crédito (só há uma) promete um crossover com muita nostalgia, Transformers: O Despertar das Feras chega aos cinemas de todo o país na próxima quinta-feira, 8 de junho.

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