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Crítica Malu
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Crítica: ‘Malu’ navega entre o humor e a tragédia com show de Yara de Novaes

Por
Alvaro Tallarico
Última Atualização 11 de outubro de 2024
4 Min Leitura
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“Malu” é um filme que, à primeira vista, parece caminhar sobre os trilhos conhecidos de dramas familiares. Contudo, logo se revela um jogo magistral entre a leveza do humor e o peso da tragédia. Dirigido e escrito por Pedro Freire, o longa nos lança numa montanha-russa emocional, onde cada curva traz uma nova camada de complexidade. A protagonista, vivida de maneira primorosa por Yara de Novaes, carrega o peso de traumas pessoais e coletivos. A mulher de meia-idade com um passado glorioso tenta, com desespero quase palpável, encontrar uma versão de si mesma que possa finalmente abraçar.

O filme ecoa nas feridas da sociedade e o reflexo dessas cicatrizes na vida íntima de Malu. A relação entre as três gerações de mulheres — ela, sua mãe conservadora (Juliana Carneiro da Cunha) e sua filha adulta (Carol Duarte) — forma o coração da narrativa. A cada interação, o espectador mergulha nas dores, frustrações e nas faíscas de amor entre elas. São encontros e desencontros repletos de tensão e ternura, que alternam entre risos e silêncios desconfortáveis.

A força de Malu

A força de “Malu” reside na sua capacidade de brincar com as emoções do público. Em um momento, nos pegamos sorrindo diante de uma cena simples de afeto, para logo em seguida sermos arremessados em um abismo de reflexões sombrias sobre identidade, culpa e a carga emocional que perdura por gerações. O filme não tem medo de mexer nas feridas, e é justamente essa coragem que o torna impactante.

O roteiro de Freire permite que as nuances femininas, os traumas e até questões sociais do Brasil apareçam com sensibilidade, sem didatismo. As atuações são o motor dessa jornada emocional: Yara de Novaes nos entrega uma personagem cheia de camadas, enquanto Juliana Carneiro da Cunha encarna a figura da mãe cheia de contradições. Carol Duarte, por sua vez, é um contraponto perfeito, com uma atuação sensível e madura, herdando cicatrizes e traços de personalidade de suas antecessoras. O elenco ainda conta com Átila Bee, que tem momentos de brilho poético.

Aliás, confira o trailer de “Malu” em seguida e continue lendo:

A direção de arte de Elsa Romero e a fotografia de Mauro Pinheiro Jr. capturam a beleza e a melancolia do cotidiano de Malu. Há vários instantes que fazem o espectador prender a respiração, especialmente em seu final agudo, que encerra a história com um golpe certeiro e deixa marcas profundas.

“Malu” não é apenas uma história de uma mulher em crise. É uma película que através do retrato íntimo de suas personagens, toca em temas dolorosamente brasileiros – e universais. Um filme que transcende o rótulo de drama e se afirma como uma experiência que mistura o amargo e o doce com uma precisão rara.

Por fim, fiquei um tempo sentado enquanto subiam os créditos com a sensação de ter sido abalado, de forma bonita e brutal, pela força dessa história.

Por fim, veja:

Crítica | ‘Serra das Almas’ traz ação e emoção ao Festival do Rio

Crítica: ‘Quando Vira a Esquina’ é um retrato feminino da mítica Vila Mimosa; confira entrevista exclusiva com a diretora e roteirista Chris Alcazar

Tags:carol duartecritica malufestival do riomaluYara Novaes
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Jornalista especializado em Jornalismo Cultural pela UERJ.
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