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PICASSO - UM REBELDE EM PARIS
Cinema e StreamingCrítica

Crítica: ‘Picasso-Um Rebelde em Paris’ é mergulho intenso na vida do artista

Por
André Quental Sanchez
Última Atualização 12 de setembro de 2025
5 Min Leitura
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Pablo Picasso em 1971-Picasso Um Rebelde em Paris- Divulgação Autoral Filmes
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Dirigido por Simona Risa, Picasso-Um Rebelde em Paris aposta na poesia e na exposição para retratar o artista espanhol, mas se perde na ambição de abarcar toda a sua complexidade

No campo do documentário, existem diversas estratégias para captar a atenção do público. Bill Nichols, em Introdução ao Documentário, define seis modalidades principais: poética, expositiva, observativa, participativa, reflexiva e performática. Picasso: Um Rebelde em Paris se insere majoritariamente nas modalidades poética e expositiva, ao construir uma narrativa que mescla análise histórica e uma camada subjetiva de interpretação. A narração da atriz iraniana Mina Kavani reforça esse viés: seu relato estabelece um paralelo entre a condição de estrangeiro vivida por Picasso em Paris e a própria experiência dela como imigrante, marcada pelas dificuldades políticas do Irã e por uma militância forçada diante das circunstâncias.

Outro recurso simbólico do documentário é a relação com o circo, paixão de Picasso desde a infância. O arquétipo do Arlequim, figura recorrente em sua obra, surge como fio condutor que intercala imagens de época, análises sobre a tradição circense e registros contemporâneos de espetáculos. A ideia é conectar o passado do pintor à atualidade, mas a execução acaba fragmentada: o espetáculo visual impressiona, embora pareça desconectado da narrativa central, ocupando um espaço que poderia ter sido usado para organizar melhor o fluxo da história ou explorar aspectos menos conhecidos da vida do artista.

Picasso: Um Rebelde em Paris

Pablo Picasso-Picasso Um Rebelde em Paris- Divulgação Autoral Filmes

Ao longo de seus 92 minuto, que parecem mais extensos por conta da densidade de informações, o documentário se propõe a acompanhar a trajetória de Picasso desde antes de sua chegada à França. No entanto, o excesso de conteúdos dispersos compromete a coesão: em certos momentos a produção aborda sua pintura e seus museus, logo depois suas relações amorosas e os abusos cometidos, sendo enxergado diversas vezes como um abusador, em seguida retorna a obras emblemáticas como Guernica e Les Demoiselles d’Avignon, para então enfatizar a importância de seus vínculos homossexuais sem aprofundar nenhum deles. Esse acúmulo pode fascinar estudantes e estudiosos das artes, mas tende a cansar o espectador médio, que encontra dificuldade em acompanhar a linha narrativa.

Ainda que traga experiências técnicas interessantes, como closes reveladores e análises visuais de quadros que ampliam nossa compreensão de suas camadas simbólicas, como o significado psicológico do Minotauro, presença constante em diversas de suas obras, Picasso: Um Rebelde em Paris parece se perder na própria ambição de querer abarcar “tudo” sobre a vida do pintor. Ao tentar ser o mais completo possível, discutindo tanto sua vida pública quanto privada, além das origens e importância do Museu Picasso, lança tantas informações sem uma estrutura clara que aposta na capacidade do público de juntar as peças, o que resulta numa experiência mais confusa que esclarecedora. Ao final, restam algumas imagens fortes, mas o conteúdo discursivo tende a se embaralhar e se confundir.

Picasso: Um Rebelde em Paris

Cena de Picasso: Um Rebelde Em Paris- Divulgação Autoral Filmes

Distribuído pela Autoral Filmes, Picasso: Um Rebelde em Paris estreia nos cinemas nacionais no dia 11 de setembro, como parte do Circuito Arte no Cinema, ciclo de documentários sobre arte selecionados nos prestigiados mercados do Festival de Cannes e da Berlinale 2025.

O projeto já exibiu em junho Andy Warhol – Um Sonho Americano (2025, ?ubomír Slivka) e trará ainda Maldito Modigliani (2025, Didi Gnocchi), em 13 de novembro, e Munch – Amor, Fantasmas e Vampiras (2025, Michele Mally), em 4 de dezembro. As cidades em que o filme entra em cartaz poderão ser conferidas no perfil oficial da distribuidora, @autoral_filmes.

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Tags:Autoral FIlmesCinemacríticaCrítica Picasso: Um Rebelde em ParisPicassoPicasso: Um Rebelde em Paris
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