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Quarteto Fantástico
Cinema e StreamingCrítica

Crítica: Quarteto Fantástico Primeiros Passos diverte e relembra bons tempos do MCU

Por
André Quental Sanchez
Última Atualização 23 de julho de 2025
9 Min Leitura
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Dirigido por Matt Shakman, Quarteto Fantástico: Primeiros Passos não é estupendo, porém, surpreende visualmente e demonstra a força de uma narrativa enxuta

A primeira família da Marvel não apresenta uma boa reputação em adaptações cinematográficas, desde o obscuro O Quarteto Fantástico (1994, Oley Sassone), passando pelo nostálgico Quarteto Fantástico (2005, Tim Story), até finalizar com o tenebroso Quarteto Fantástico (2015, Josh Tank), parecia que nunca teríamos um filme realmente bom destes super-heróis tão marcantes.

Quando a Disney comprou a Fox, e foi anunciado mais uma adaptação do grupo, desta vez como parte do MCU, as esperanças foram levantadas; quando foi anunciado um elenco que incluía Pedro Pascal, Vanessa Kirby, Jonathan Quinn, e Ebon Moss-Bachrach, as expectativas aumentaram ainda mais; quando Doutor Destino foi anunciado como o grande vilão dos dois próximos filmes dos Vingadores, foi a confirmação de quão importante este filme seria para a Marvel como um todo, e apesar de não ser tão profundo quanto Thunderbolts* (2025, Jake Schreier), ou uma surpresa como Guardiões da Galáxia (2014, James Gunn), ele ainda apresenta destaques por si só.

Quarteto Fantástico: Primeiros Passos coloca os heróis na posição de ídolos de Nova York, com direito à cartoons, e mercadorias com seus nomes, estando estáveis dentro desta posição, porém, quando uma misteriosa Arauta anuncia a condenação da Terra, o quarteto deve defender o planeta de Galactus, o devorador de mundos, antes que seja tarde demais.

Quarteto Fantástico

Julia Garner em cena de Quarteto Fantástico: Primeiros Passos- Divulgação Empire Magazine

A premissa básica de um filme de super herói está lançada, inclusive de modo semelhante ao retratado em Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado (2007, Tim Story), porém, por conta do “cuidado MCU”, o filme opta por algumas decisões que tornam a produção menos grandiosa, relembrando os filmes da fase 1 do MCU por conta de seu núcleo diminuto e foco na construção de uma coesa narrativa.

Matt Shakman foi um acerto, afinal, se existe algo que ele consegue trabalhar bem, sejam as funcionais, quanto as disfuncionais, como mostrado em alguns dos melhores episódios de It’s Always Sunny In Philadelphia (2005, Rob McElhenny), é família, que em sua essência é a grande força de Quarteto Fantástico: Primeiros Passos, da forma como deveria ser desde o começo.

A produção não se inicia com uma gigantesca cena de ação, ou um espetáculo visual, ela se inicia com uma alegre Sue Storm, anunciando para seu marido que está grávida. Em seguida, de modo rápido e extremamente anos 60, somos rapidamente apresentados a alguns dos maiores momentos do grupo. Se analisarmos a obra em questão de cenas de ação e de luta, vemos que, com exceção do terceiro ato, elas se encontram bem enxutas, em certos momentos, o filme apresenta estar sempre em um ritmo de espera e tensão passiva, no caso, a chegada de Galactus, um acerto para a produção por conta de seu retrato de como um ser divino e mitológico.

Três coisas mantém a agilidade do filme: a grandiosa trilha de Michael Giacchino; o rápido roteiro que intercala comédia com momentos de maior drama, principalmente vindos de Sue Storm, o verdadeiro coração de Quarteto Fantástico: Primeiros Passos; e por fim, a sábia escolha de Shakman na criação de espetáculos visuais, principalmente nas cenas de espaço que relembram 2001- Uma Odisseia no Espaço (Stanley Kubrick, 1968), ou em outros momentos que a Mise-en-scène faz os olhos do público brilhar.

Esteticamente, Quarteto Fantástico: Primeiros Passos é um dos filmes mais bonitos do MCU, unindo cor, fotografia, arte, direção e som, na construção de uma atmosfera que mescla o futurismo com os anos 60, construindo um ambiente que acolhe com conforto esta família, a ponto de não precisar de apresentações além de um programa de auditório e pequenas cenas isoladas que mostram as características principais de cada um.

Quarteto Fantástico

Pedro Pascal e Vanessa Kirby em cena de Quarteto Fantástico: Primeiros Passos- Divulgação Empire Magazine

O Coisa é um romântico incurável, amaldiçoado com uma pele de rocha, porém, com um coração de príncipe, como percebido por Vampira em Quarteto Fantástico vs. X-Men (1986, Chris Claremont), sendo mostrado por meio de uma rápida interação com uma professora, porém, que jamais é explorado como algo mais, o mesmo podendo ser dito por Reed Richards e seu trato como homem mais inteligente do mundo.

Por conta de ser desprezado pela família em diversos momentos, Johnny Storm brilha com seu humor e em suas interações com Shalla-Bal, a arauta de Galactus, demonstrando habilidades muito maiores do que somente pegar fogo, e podendo ser considerado, por conta de seu arco, o verdadeiro protagonista da produção, juntamente com uma grandiosa Sue Storm.

Vanessa Kirby carrega o filme nas costas em diversos momentos, apesar de ser responsável por alguns discursos piegas demais, sua Sue Storm é a força que unifica tudo no lema de família, principalmente ao considerarmos a presença de Franklin Richards, e tudo o que esta mãe, uma posição rara dentro de filmes de super-heróis, faz para proteger o seu bebê.

As forças antagônicas da produção, Shalla-Bal como uma dúbia Arauta, e o deus Galactus, apresentam força e são mais marcantes do que muitos outros vilões do lore do MCU, porém, é uma pena que a Marvel ainda insiste em introduzir personagens tão ricos, para matá-los no mesmo filme, impedindo um senso de progressão como ocorreu com Loki.

Com foco em seus personagens, e menos em em mirabolantes cenas de ação, como foi o caso do fraco Capitão América: Admirável Mundo Novo (2025, Julius Onah), a produção se torna mais íntima do que seus irmãos mais velhos do MCU, permitindo que o espectador se divirta do começo ao fim, se maravilhando pelo espetáculo “pão e circo” que apesar de alguns tropeços, a Marvel sempre soube fazer bem.

Por fim, acredito que deve-se ressaltar a questão de efeitos especiais. Se no caso do Coisa, e no Fantasticarro, não se encontram reclamações, em alguns pequenos momentos, principalmente em cenas do bebê Franklin Richards, os efeitos pecam a ponto de relembrar a pequena criatura das trevas presente em A Saga Crepúsculo: Amanhecer – Parte 2 (Bill Condon, 2012).

Em resumo, Quarteto Fantástico: Primeiros Passos se prende no simples, estabelecendo um sólido sucesso para um MCU que necessita ganhar novamente a confiança do público, sendo um filme leve, bem construído e emocionante em seu trato humano da família, incluindo cenas que deixam o espectador com uma sensação de saciado, sem piruetas mirabolantes, que provavelmente surgirá nas consequências da primeira cena pós crédito da produção, que mostra pela primeira vez, alguns dos símbolos do grande “Lobo Mau” do futuro do MCU, porém, por ora só nos basta aguardar, e torcer para a Marvel ter aprendido com seus erros.

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Tags:Crítica Quarteto Fantástico Primeiros PassosDestaque no ViventeEbon Moss-BachrachJonathan Quinnmarvelmcupedro pascalquarteto fantásticoquarteto fantástico primeiros passosVanessa Kirby
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