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Crítica | Spirit: O Indomável

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Crítica Spirit O Indomável

Spirit O Indomável (Spirit Untamed) traz o belíssimo e carismático cavalo selvagem da DreamWorks para os cinemas novamente. Ele faz amizade com a menina Lucky, que é tão estabanada quanto impetuosa e destemida. A dublagem brasileira mostra sua eficiência tradicional, trazendo a história para mais perto do público brasileiro.

O roteiro é extremamente simples, mas o filme acaba trazendo a questão da sororidade em seu subtexto, ao mostrar o divertido grupo de três amigas que se conecta e vive grandes aventuras para ajudar um bando de cavalos selvagens. Além disso, a DreamWorks mantém seu reconhecido padrão de qualidade e aqui impressiona especialmente com os cenários maravilhosos. Ver esse longa-metragem no cinema tem como atrativo esse transporte para aquele mundo entre montanhas, campos verdes, e a localidade fictícia de Miradero. Uma viagem por um velho oeste lúdico.

A princípio, Lucky volta para a terra de sua mãe após dez anos e precisa se reconectar com seu pai. Porém, o personagem mais engraçado é o esperto menino tosado e seu burro Senhor Cenoura. Aliás, faz falta que ele tenha mais cenas, pois fica a vontade de ter outras gargalhadas.

Cavalgando

Pessoalmente, cavalguei poucas vezes em minha vida. Contudo, lembro de uma vez inesquecível em que estava cavalgando e uma chuva surgiu do nada. O cavalo correu como nunca para voltar para seu estábulo e proteger-se. Foi uma das maiores emoções que senti, com muita adrenalina e uma sensação de liberdade única. Naquela rápida corrida me veio uma mescla de medo e confiança no animal que gentilmente me carregava. Dessa forma, foi possível que compreendesse melhor o elo das meninas com seus cavalos, companheiros de jornadas.

O filme que tem direção de Elaine Bogan (“Caçadores de Trolls: Contos de Arcadia”, da Netflix e DreamWorks Animation Television) é rápido e isso não permite que o aprofundamento tão instantâneo das relações seja mais crível, mas é eficiente na sua proposta de ser uma aventura para toda a família. Por outro lado, não há grandes lições para as desobediências e inconsequências que ocorrem. O que importa é a aventura e um final feliz. Por fim, os créditos tem o atrativo de seguirem um estilo de histórias em quadrinhos.

Spirit: O Indomável é o próximo capítulo da franquia da DreamWorks Animation, que começou com o filme indicado ao Oscar®, Spirit: O Corcel Indomável, e inclui uma série de TV ganhadora do Emmy. Tem produção de Karen Foster (co-produtora de “Como Treinar o Seu Dragão). O codiretor do filme é Ennio Torresan (chefe de arte de “O Pequeno Chefinho”), e a trilha sonora é da compositora Amie Doherty (“Undone”, da Amazon, e “Marooned”, da DreamWorks Animation).

Enfim, o trailer:

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Jornalista Cultural. Um ser vivente nesse mundo cheio de mundos. Um realista esperançoso e divulgador da cultura como elemento de elevação na evolução.

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Cinema

Crítica | ‘Meu Vizinho Adolf’ uma dramédia impactante

‘Meu Vizinho Adolf’ aborda as consequências do nazismo em uma dramédia tocante.

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Após a Segunda Guerra Mundial muitos nazistas se refugiaram na América do Sul, algo que já foi abordado das mais diversas formas no cinema. Meu Vizinho Adolf, traz o tema novamente agora colocando um suposto Hitler como vizinho de um judeu que sofreu com o Holocausto. Um tema delicado que o diretor Leon Prudovsky consegue tratar bem e com um tom de humor mais discreto.

Mr. Polsky (David Hayman) perdeu toda sua amada família e decidiu viver isolado em uma velha casa na Argentina. Sua paz termina quando Mr. Herzog (Udo Kier), um alemão irritadiço, se muda para a casa ao lado. A aparência e o comportamento dele fazem com que Polsky desconfie que seja Adolf Hitler disfarçado.

Um clima triste mas que ainda nos faz rir

O personagem de Hayman passou anos evitando contato humano, sequer aprendeu espanhol, ele carrega uma dor que aperta o coração desde o início. Ainda, assim ele é um velho teimoso e também ranzinza do tipo que nos faz rir. Ao colocar na cabeça que seu vizinho é o próprio Führer, ele tenta alertar as autoridades sem sucesso.

Com isso Polsky começa a estudar a figura funesta para poder provar sua teoria. Todas as brigas e tentativas de invasão e espionagem são divertidas, não é aquele humor de fazer gargalhar e provavelmente não era essa a intenção do diretor. Conforme o filme avança, ambos vão criando uma amizade que obviamente é extremamente incômoda para Polsky. Mas ele começa a achar que estava errado até encontrar provas um pouco mais substanciais.

Um filme simples mas bem feito

Meu Vizinho Adolf não é um longa que exige cenários grandiosos, é tudo muito simples, são poucas locações. O foco são as atuações de David Hayman e Udo Kier que consegue cativar. Ambos os personagens carregam um passado cruel e toda a dor que eles sentem é revivida com força no final. A comédia fica um pouco de lado para falar de algo sério de forma acertada. Ao final temos um bom filme que consegue mostrar a crueldade do nazismo sem ter que colocar nenhuma cena pesada demais.

Estreando hoje nos cinemas brasileiros, Meu Vizinho Adolf é uma boa opção para quem quer fugir dos pipocões. Fique com o trailer:

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